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É certo que um ovo inteiro fornece 224 miligramas de colesterol. No entanto, uma nutricionista portuguesa, revelou que o consumo de até dois a três ovos por dia pouco altera as taxas de colesterol.
Comummente consumido pelos portugueses nas mais variadíssimas versões - cozido, mexido, estrelado, escalfado... - o ovo é muito rico do ponto de vista nutricional. Porém, durante anos, foi mal-amado. "Passou-se a informação de que seriam os grandes responsáveis pelo aumento do colesterol que, por sua vez, levaria às doenças cardiovasculares", afirma a nutricionista Diana Dinis, através de um vídeo partilhado na rede social Instagram. Hoje, "sabe-se que não é bem assim", acrescenta.
Na verdade, "o risco de colesterol elevado está mais associado ao consumo de gorduras saturadas e trans, sobretudo presentes nas carnes vermelhas, nos enchidos e nos alimentos processados" do que propriamente no ovo. Ainda assim, "devemos ter cautela", defende.
"Para a maioria dos adultos saudáveis, é seguro comer uma dois ovos por dia", indica. Por outro lado, "para quem tem colesterol alto, histórico ou risco de doenças cardiovasculares, o mais prudente é quatro a cinco ovos por semana, no máximo".
A nutricionista explica ainda: "Se comer apenas a clara está a reduzir a ingestão de colesterol, mas também a perder o acesso à maioria das vitaminas e minerais presentes no ovo".
Recorde-se que existem dois tipos de colesterol: o HDL (lipoproteína de alta densidade) e o LDL (lipoproteínas de densidade baixa). O primeiro, também conhecido como 'bom colesterol', é responsável pela eliminação de colesterol em excesso do sangue e do que se encontra depositado nas artérias, transportando de volta para o fígado, onde é eliminado. Já o LDL, o 'mau colesterol', transporta o colesterol do fígado para os tecidos onde este poderá ser utilizado. Quando está em excesso é um fator de risco relevante das doenças cardiovasculares.
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