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Notícias Agricultores italianos elogiam 'marcha atrás' na retirada de pesticidas

Roter.Teufel

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Agricultores italianos elogiam 'marcha atrás' na retirada de pesticidas

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Um dos líderes dos protestos afirma que "Bruxelas foi de encontro às propostas feitas".

Um dos líderes dos protestos dos agricultores italianos, Danilo Calvani, saudou o anúncio da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de retirar a proposta de redução do uso de pesticidas na agricultura.

Para o líder do Comité CRA dos "Agricultores Traídos", "este é um importante início" e uma "primeira proposta parcialmente positiva" ouvida ultimamente.

Acrescentando que Bruxelas foi de encontro às propostas feitas, Calvani sublinhou, porém, que o protesto é para continuar: "queremos ações e exigimos o fim de todos os pactos com países que não pertencem à União Europeia e que nos estão a matar".

O ministro dos Transportes italiano, Matteo Salvini, saudou a decisão de Bruxelas, afirmando que os agricultores conseguiram obrigar "a Europa a recuar na loucura imposta pelas multinacionais e pela esquerda".

A presidente da Comissão Europeia anunciou esta terça-feira que vai retirar a proposta que visa reduzir para metade o uso de pesticidas na agricultura até 2030, parte central da legislação ambiental europeia e que cai após protestos dos agricultores.

"A Comissão Europeia propôs a DUS [Diretiva Utilização Sustentável dos Pesticidas] com o objetivo meritório de reduzir os riscos dos produtos fitofarmacêuticos químicos, mas a proposta tornou-se um símbolo de polarização [pois] foi rejeitada pelo Parlamento Europeu e também no Conselho já não se registam progressos, pelo que vou propor ao colégio que retire esta proposta", anunciou Ursula von der Leyen, na sessão plenária do Parlamento Europeu, a decorrer em Estrasburgo.

Ursula von der Leyen recordou que enquanto a cimeira europeia extraordinária decorria em Bruxelas, na semana passada, "os agricultores de toda a Europa saíram à rua". "Muitos deles sentem-se empurrados para um canto, [mas] os agricultores são os primeiros a sentir os efeitos das alterações climáticas", assinalou ainda.

Em novembro passado, o Parlamento Europeu rejeitou, com os votos da direita, legislação destinada a reduzir para metade o uso de pesticidas na UE, o que foi contestado por ambientalistas europeus.

Peça central do Pacto Ecológico Europeu, o projeto legislativo, proposto pela Comissão em junho de 2022, visava reduzir para metade a utilização e os riscos dos produtos fitofarmacêuticos químicos em toda a UE até 2030 (em comparação com o período 2015-2017).

Admitindo ser "necessário mais diálogo e uma abordagem diferente", a presidente da Comissão Europeia defendeu "uma nova proposta muito mais amadurecida com a participação das partes interessadas".

"Os próximos meses não serão fáceis, mas penso que temos agora uma grande oportunidade. É evidente para todos nesta assembleia que o nosso setor agroalimentar - a começar pelas explorações agrícolas - necessita de uma perspetiva a longo prazo e de uma vontade de nos ouvirmos uns aos outros e de procurarmos soluções comuns, [pelo que] temos de evitar o jogo da culpa e encontrar soluções para os problemas em conjunto", adiantou Ursula von der Leyen.

A responsável anunciou ainda um relatório, que será apresentado no final do verão, com base em discussões sobre o setor agroalimentar, que servirá de base para a "futura política agrícola" da UE.

Em vários países da UE, incluindo Portugal, os agricultores têm organizado protestos, com bloqueios de vias, para exigir melhores condições.

A Comissão Europeia vai preparar uma proposta para a redução de encargos administrativos dos agricultores, que será debatida pelos 27 Estados-membros a 26 de fevereiro.

Correio da Manhã
 
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