- Entrou
- Out 5, 2021
- Mensagens
- 16,872
- Gostos Recebidos
- 715
Agricultores italianos elogiam 'marcha atrás' na retirada de pesticidas
Um dos líderes dos protestos afirma que "Bruxelas foi de encontro às propostas feitas".
Um dos líderes dos protestos dos agricultores italianos, Danilo Calvani, saudou o anúncio da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de retirar a proposta de redução do uso de pesticidas na agricultura.
Para o líder do Comité CRA dos "Agricultores Traídos", "este é um importante início" e uma "primeira proposta parcialmente positiva" ouvida ultimamente.
Acrescentando que Bruxelas foi de encontro às propostas feitas, Calvani sublinhou, porém, que o protesto é para continuar: "queremos ações e exigimos o fim de todos os pactos com países que não pertencem à União Europeia e que nos estão a matar".
O ministro dos Transportes italiano, Matteo Salvini, saudou a decisão de Bruxelas, afirmando que os agricultores conseguiram obrigar "a Europa a recuar na loucura imposta pelas multinacionais e pela esquerda".
A presidente da Comissão Europeia anunciou esta terça-feira que vai retirar a proposta que visa reduzir para metade o uso de pesticidas na agricultura até 2030, parte central da legislação ambiental europeia e que cai após protestos dos agricultores.
"A Comissão Europeia propôs a DUS [Diretiva Utilização Sustentável dos Pesticidas] com o objetivo meritório de reduzir os riscos dos produtos fitofarmacêuticos químicos, mas a proposta tornou-se um símbolo de polarização [pois] foi rejeitada pelo Parlamento Europeu e também no Conselho já não se registam progressos, pelo que vou propor ao colégio que retire esta proposta", anunciou Ursula von der Leyen, na sessão plenária do Parlamento Europeu, a decorrer em Estrasburgo.
Ursula von der Leyen recordou que enquanto a cimeira europeia extraordinária decorria em Bruxelas, na semana passada, "os agricultores de toda a Europa saíram à rua". "Muitos deles sentem-se empurrados para um canto, [mas] os agricultores são os primeiros a sentir os efeitos das alterações climáticas", assinalou ainda.
Em novembro passado, o Parlamento Europeu rejeitou, com os votos da direita, legislação destinada a reduzir para metade o uso de pesticidas na UE, o que foi contestado por ambientalistas europeus.
Peça central do Pacto Ecológico Europeu, o projeto legislativo, proposto pela Comissão em junho de 2022, visava reduzir para metade a utilização e os riscos dos produtos fitofarmacêuticos químicos em toda a UE até 2030 (em comparação com o período 2015-2017).
Admitindo ser "necessário mais diálogo e uma abordagem diferente", a presidente da Comissão Europeia defendeu "uma nova proposta muito mais amadurecida com a participação das partes interessadas".
"Os próximos meses não serão fáceis, mas penso que temos agora uma grande oportunidade. É evidente para todos nesta assembleia que o nosso setor agroalimentar - a começar pelas explorações agrícolas - necessita de uma perspetiva a longo prazo e de uma vontade de nos ouvirmos uns aos outros e de procurarmos soluções comuns, [pelo que] temos de evitar o jogo da culpa e encontrar soluções para os problemas em conjunto", adiantou Ursula von der Leyen.
A responsável anunciou ainda um relatório, que será apresentado no final do verão, com base em discussões sobre o setor agroalimentar, que servirá de base para a "futura política agrícola" da UE.
Em vários países da UE, incluindo Portugal, os agricultores têm organizado protestos, com bloqueios de vias, para exigir melhores condições.
A Comissão Europeia vai preparar uma proposta para a redução de encargos administrativos dos agricultores, que será debatida pelos 27 Estados-membros a 26 de fevereiro.
Correio da Manhã
Um dos líderes dos protestos afirma que "Bruxelas foi de encontro às propostas feitas".
Um dos líderes dos protestos dos agricultores italianos, Danilo Calvani, saudou o anúncio da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de retirar a proposta de redução do uso de pesticidas na agricultura.
Para o líder do Comité CRA dos "Agricultores Traídos", "este é um importante início" e uma "primeira proposta parcialmente positiva" ouvida ultimamente.
Acrescentando que Bruxelas foi de encontro às propostas feitas, Calvani sublinhou, porém, que o protesto é para continuar: "queremos ações e exigimos o fim de todos os pactos com países que não pertencem à União Europeia e que nos estão a matar".
O ministro dos Transportes italiano, Matteo Salvini, saudou a decisão de Bruxelas, afirmando que os agricultores conseguiram obrigar "a Europa a recuar na loucura imposta pelas multinacionais e pela esquerda".
A presidente da Comissão Europeia anunciou esta terça-feira que vai retirar a proposta que visa reduzir para metade o uso de pesticidas na agricultura até 2030, parte central da legislação ambiental europeia e que cai após protestos dos agricultores.
"A Comissão Europeia propôs a DUS [Diretiva Utilização Sustentável dos Pesticidas] com o objetivo meritório de reduzir os riscos dos produtos fitofarmacêuticos químicos, mas a proposta tornou-se um símbolo de polarização [pois] foi rejeitada pelo Parlamento Europeu e também no Conselho já não se registam progressos, pelo que vou propor ao colégio que retire esta proposta", anunciou Ursula von der Leyen, na sessão plenária do Parlamento Europeu, a decorrer em Estrasburgo.
Ursula von der Leyen recordou que enquanto a cimeira europeia extraordinária decorria em Bruxelas, na semana passada, "os agricultores de toda a Europa saíram à rua". "Muitos deles sentem-se empurrados para um canto, [mas] os agricultores são os primeiros a sentir os efeitos das alterações climáticas", assinalou ainda.
Em novembro passado, o Parlamento Europeu rejeitou, com os votos da direita, legislação destinada a reduzir para metade o uso de pesticidas na UE, o que foi contestado por ambientalistas europeus.
Peça central do Pacto Ecológico Europeu, o projeto legislativo, proposto pela Comissão em junho de 2022, visava reduzir para metade a utilização e os riscos dos produtos fitofarmacêuticos químicos em toda a UE até 2030 (em comparação com o período 2015-2017).
Admitindo ser "necessário mais diálogo e uma abordagem diferente", a presidente da Comissão Europeia defendeu "uma nova proposta muito mais amadurecida com a participação das partes interessadas".
"Os próximos meses não serão fáceis, mas penso que temos agora uma grande oportunidade. É evidente para todos nesta assembleia que o nosso setor agroalimentar - a começar pelas explorações agrícolas - necessita de uma perspetiva a longo prazo e de uma vontade de nos ouvirmos uns aos outros e de procurarmos soluções comuns, [pelo que] temos de evitar o jogo da culpa e encontrar soluções para os problemas em conjunto", adiantou Ursula von der Leyen.
A responsável anunciou ainda um relatório, que será apresentado no final do verão, com base em discussões sobre o setor agroalimentar, que servirá de base para a "futura política agrícola" da UE.
Em vários países da UE, incluindo Portugal, os agricultores têm organizado protestos, com bloqueios de vias, para exigir melhores condições.
A Comissão Europeia vai preparar uma proposta para a redução de encargos administrativos dos agricultores, que será debatida pelos 27 Estados-membros a 26 de fevereiro.
Correio da Manhã