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Pacientes devem manter diário para identificar hábitos que desencadeiam a dor
A denominação comum de enxaqueca para as dores de cabeça é uma generalização desse tipo de dor. Segundo a neurologista Célia Roesler, quase 93% da população já teve alguma cefaléia episódica, aquela que é causada por dormir mal ou beber demais, por exemplo. A enxaqueca, no entanto, é um tipo específico de dor, um dos mais de 300 que existem.
Para poder fazer o diagnóstico correto da doença, Célia afirma que é preciso consultar um especialista, pois ele poderá avaliar os sintomas que acompanham a dor e definir o melhor tipo de tratamento. A médica explica que a dor de cabeça pode não ser primária, ou seja, pode não ser a doença em si, mas sim um sintoma de outra condição, como meningite ou até tumores. Por isso é muito importante prestar atenção a todos os indícios que o corpo dá.
Célia sugere que, se não há causas óbvias como uma bebedeira, é bom procurar um médico quando a pessoa precisa tomar analgésicos de duas a três vezes por semana. “Neste casos, é preciso iniciar um tratamento”, diz.
Características da enxaqueca
A neurologista explica que, no caso da enxaqueca, existe um conjunto muito específico de sintomas que acompanham a dor. A crise deste tipo de cefaléia costuma durar de quatro a 72 horas e o paciente pode ter náuseas, vomitar, sentir intolerância a luz, barulhos, cheiros ou movimentos.
A causa da enxaqueca é uma disfunção química, passada hereditariamente. E ela pode ou não se manifestar. Ou seja, quem carrega o gene que determina esta doença não necessariamente vai apresentá-la. “Ela fica em estado latente, e pode aparecer de acordo os eventos que a pessoa passa”, diz.
Início da crise
A médica explica que as substâncias que detonam uma crise de dor variam muito de pessoa para pessoa, mas existem alguns alimentos que costumam ser proibidos para os enxaquecosos (veja lista abaixo).
E não tem jeito, cada pessoa vai ter de descobrir o que lhe faz mal experimentando. Segundo Célia, os pacientes que estão no tratamento recebem um diário, onde devem anotar todos os seus passos durante o dia. “Nele, o paciente detalha o que acontece antes e durante a crise, assim é possível identificar o que desencadeia a dor”, explica.
A mudança de hábitos de vida é fundamental no tratamento da enxaqueca. Célia explica que o paciente que tem esta doença não pode fugir de sua rotina, pois corre o risco de ter uma crise.
Vários fatores podem desencadear uma enxaqueca. Privação ou excesso de sono, privação de alimentos ou trabalhar em excesso são alguns dos motivos ambientais que geram a dor. No entanto, o enxaquecoso deve mesmo é controlar seus nervos. “O estresse emocional é o pior de todos os gatilhos”, diz Célia.
Por isso é muito importante o paciente adotar hábitos de vida saudáveis. Célia recomenda praticar atividades físicas mais leves, como caminhadas ou alongamentos. Técnicas de relaxamento ou ioga também são indicadas.
Alimentos que costumam desencadear crises de enxaqueca:
Chocolates
Queijos amarelos
Embutidos
Molhos vermelhos
Gorduras e frituras
Frutas cítricas
Pepino, melancia, pimentão
Adoçantes
Temperos prontos com glutamato monossódico
Álcool – principalmente do vinho tinto
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