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Anita e a visita de estudo

edu_fmc

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Fev 29, 2008
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São 7 horas da manhã.

O Sol ainda não se levantou.

Hoje a Anita está muito contente pois vai fazer uma visita de estudo com a sua turma.

Com um lenço na mão, tenta desembaciar o vidro do autocarro que os vai transportar.

Por que é que o Paulo ainda não chegou?

- Não ouviu o despertador tocar, como sempre… “É uma pena ele perder esta visita”, pensa a Anita. O motor começa a trabalhar. Está na hora da partida! - Esperem por mim! Esperem por mim!

Que alívio! É o Paulo! Chega mesmo a tempo… mas completamente esbaforido.

Dentro do autocarro reina a desordem. Todos riem e falam… à excepção do Paulo!

- Oh! Olha! - diz a Sílvia.

- Ele está com muito má cara. - Não me sinto bem - geme o Paulo. - Sempre que ando de carro enjoo. A Anita acalma-o:

- Não te preocupes, estamos quase a chegar.

Uma guia espera-os e deseja-lhes as boas vindas.

- Bom dia, meninos. O meu nome é Eduarda. Vamos passar um dia maravilhoso. Imaginem que somos exploradores. Vamos partir à descoberta das aves do Mundo inteiro. Chuu! É preciso falar baixinho para não as assustar. O Paulo já se sente muito melhor.

Começam por visitar uma quinta em miniatura, e atrasam-se um pouco a brincar com os animais. Mas é preciso continuar a visita.

- Aqui temos os papagaios! Estes que vêem aqui gostam muito de descansar encostados uns aos outros.

A Eduarda explica que eles pertencem à família dos Psitacídeos, e têm todos um bico muito forte. Parece uma autêntica pinça

que lhes permite descascar os alimentos.

- Reparem nesta arara. O bico ajuda-a a agarrar-se aos ramos.

A Anita vai tomando notas.

- Como é que se escreve Psitacídeos?

- Psitací e depois um d um e um o e um s. Leva ainda um acento agudo no segundo i - explica o Paulo que leu o nome no painel informativo.

Depois os meninos entram num

enorme viveiro de aves… mais alto que o topo das árvores.

A Anita e o Paulo encontram-se frente a frente com umas aves imponentes: os grous-de-coroa-negra.

Muito simpáticos, eles inclinam-se e abanam

a crista começara cumprimentar as crianças.

Mais à frente, um grupo de aves chama a atenção dos meninos.

- Parece uma árvore de Natal!

- São os íbis-escarlate - explica a Eduarda. -Vivem na América do Sul, mas pertencem ao mesmo grupo das cegonhas e das garças. E estes colhereiros! Reconhecem-se facilmente pelo seu bico em forma de colher.

De repente, começa a chover torrencialmente! - Depressa, vamos abrigar-nos! O Paulo descobre um guarda-chuva.

Mas que ave mais engraçada! Parece zangada. Faz uns barulhos estranhos e uns estalidos com o bico - parece que quer dizer alguma coisa. A Anita fica um pouco impaciente:

Diz-lhe para não se mexer enquanto tento desenhá-la.

A alguns passos dali, duas aves, os bico-de-tamanco, observam

a cena com ar trocista…

- Gostava que me tirasses uma fotografia com estas aves tão

engraçadas. É para pôr no meu álbum

de fotografias - explica o Paulo.

- Espera aí, estou a tentar fazer

um grande plano desta… como é que

esta ave se chama?

No painel informativo podia-se ler:

“A garça-bico-de-colher é uma ave da América Central. Vive à beira dos rios, dos lagos e dos pântanos. Alimenta-se de peixes e de insectos.” - Atenção! Parece zangada… - Olhem! Ela pensa que somos jornalistas!

Saem do viveiro pelo local das aves da

região tropical. Aqui o calor é grande!

Os tucanos soltam uns gritos agudos, mas é, sobretudo, o bico do calau que mais impressiona a Anita.

Perto da água passeiam-se com as suas grandes patas, todo o tipo de aves pernaltas.

Agora mudamos de cenário: aqui a vegetação é escassa. Tudo é árido, parece que estamos no deserto quente!

Com o bico, as aves sugam a água dos cactos e das plantas suculentas. É lá que vive o cuco-californiano. Nos Estados Unidos é conhecido por “corredor-das-estradas”. Tem um ar sempre muito atarefado e anda muito depressa…

Parece dizer:

- Bom dia! Estou com pressa! Boa noite!

Agora todos se lançam para um campo de jogos cuja atracção principal é uma pirâmide gigante. Parece uma enorme teia de aranha. O primeiro a chegar ao cimo é o vencedor.

Mal começou a trepar pelas cordas, o Paulo deixa cair os óculos.

- Espera, não é grave - diz a Anita - vidro da lente não está partido. Consigo colocá-la de novo.

- Óptimo! - exclama o Paulo. - Agora até vejo melhor que antes.

Depois de um óptimo piquenique, cada um ocupa uma secretária na oficina de trabalhos manuais.

A Eduarda distribui barro pelos meninos.

-O que vais fazer?

- Um ninho com ovos - responde o António. - É mais fácil.

A Anita tenta fazer um marabu mas o animal parece ter um ar embirrento e desajeitado. A coruja do Paulo é muito bonita, com o focinho em forma de coração. Dá mesmo a sensação que vai levantar voo.

Agora temos como cenário umas ruínas medievais. É aqui que vivem as águias, as corujas e os abutres. Uma coruja levanta voo do cimo de uma torre. Talvez seja aquela que o Paulo fez com o barro… Sem fazer barulho, ela plana por cima dos espectadores. Depois, num bater de asas poisa na mão do tratador. Este coloca-a delicadamente na cabeça da Sílvia…

Com o bico, os pelicanos apanham os peixes. A Anita aproveita para fotografar a cena.

O tempo passou muito depressa. O Sol já está prestes a pôr-se. Começa a escurecer.

Alguns alunos partem em direcção à saída para apanhar o autocarro que já lá está à espera deles.

A Anita está preocupada. Depois do lago com os pelicanos nunca mais voltou a ver o Paulo.

Decide então voltar atrás e procurá-lo. Mais à frente a professora junta os meninos.

Toda a gente parece bastante cansada. As crianças são chamadas uma por uma. Falta o Paulo. Onde é que ele terá ficado? Quem foi o último a vê-lo? A professora interroga os últimos a chegar. - E a Anita?

- Ela foi à procura do Paulo.

A Eduarda consulta o mapa.

-Vamos lá ver por onde é que ele pode andar. Perto do viveiro das aves? Na floresta tropical?

- O Paulo deve ter ficado ao pé do lago - diz a professora depois

de dar uma olhadela pelo horizonte.

Mas eis que o jardineiro aparece a fazer muitos sinais. No carrinho de mão traz uma ave bem esquisita. Os meninos aproximam-se…

- Mas é o Paulo! - grita a Anita que se juntou ao grupo.

O Paulo lá sai do carrinho ainda com alguma água nas botas. No regresso ele conta a sua aventura a quem o quer ouvir.

Escorreguei porque tentei apanhar uma pena de flamingo muito bonita. Ela estava mesmo à borda de água…

Felizmente, o jardineiro andava por ali!

Como recordação deste dia inesquecível, a professora tirou uma fotografia do Paulo dentro do carrinho de mão.

Fica prometido! A fotografia será colocada na parede da sala de aula!
 
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