Matapitosboss
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A separação de um icebergue do tamanho de Luxemburgo pode afectar os padrões de circulação oceânica e ser o precursor de mudanças futuras decorrentes do aquecimento global, dizem cientistas de uma missão no continente gelado.
Em Fevereiro um icebergue de 2.500 quilómetros quadrados separou-se de uma língua gigante de gelo flutuante do glaciar Mertz, depois de colidir com um icebergue ainda maior. A língua de gelo que se projectava no Oceano Sul vinha a agir como uma barragem, impedindo o gelo marítimo de chegar a uma secção de água permanentemente aberta a oeste.
Mas agora, com a língua de gelo separada devido à colisão, cientistas temem que isso possa desencadear mudanças numa parte importante dos padrões de circulação oceânica global que deslocam calor pelo globo através das muitas correntes marítimas superficiais e profundas.
A área em volta da língua de gelo, reduzida a metade pela colisão, e a oeste dela são um dos poucos lugares em volta da Antárctida onde água salgada densa se forma e afunda para as profundezas do oceano, disse esta segunda-feira o líder da missão científica, Steve Rintoul.
Essa água densa de fundo, como é chamada, é um dos elementos chaves da circulação global de água marítima, que inclui a corrente que leva águas quentes do Atlântico para a Europa ocidental.
Mas Rentoul disse que há o risco de que a área agora seja menos eficiente na produção da água de fundo que alimenta as correntes oceânicas profundas, que influem sobre os padrões climáticos globais.
«Este é um dos poucos lugares em volta da Antárctida onde a superfície do mar se adensa o suficiente para afundar até às profundezas», disse Rintoul, falando desde o navio Aurora Australis, perto do glaciar a 2.500 quilómetros a sul de Hobart, capital do Estado australiano da Tasmânia.
«Se a área for menos eficaz na formação de água menos densa, a salinidade será menor do que era no passado.»
Rintoul lidera uma equipa internacional de quase 40 cientistas que estudam os impactos da perda da língua glaciar, além de mudanças nas temperaturas, na salinidade e na acidez oceânicas.
Os oceanos agem como um travão nas alterações climáticas, porque absorvem grandes quantidades de calor e dióxido de carbono, o principal gás com efeito de estufa, da atmosfera. Mas, quanto mais CO2 os oceanos absorvem, mais ácidos se tornam. Com isso, animais como lesmas marinhas têm maior dificuldade em produzir o seu revestimento.
In' Diário Digital
Em Fevereiro um icebergue de 2.500 quilómetros quadrados separou-se de uma língua gigante de gelo flutuante do glaciar Mertz, depois de colidir com um icebergue ainda maior. A língua de gelo que se projectava no Oceano Sul vinha a agir como uma barragem, impedindo o gelo marítimo de chegar a uma secção de água permanentemente aberta a oeste.
Mas agora, com a língua de gelo separada devido à colisão, cientistas temem que isso possa desencadear mudanças numa parte importante dos padrões de circulação oceânica global que deslocam calor pelo globo através das muitas correntes marítimas superficiais e profundas.
A área em volta da língua de gelo, reduzida a metade pela colisão, e a oeste dela são um dos poucos lugares em volta da Antárctida onde água salgada densa se forma e afunda para as profundezas do oceano, disse esta segunda-feira o líder da missão científica, Steve Rintoul.
Essa água densa de fundo, como é chamada, é um dos elementos chaves da circulação global de água marítima, que inclui a corrente que leva águas quentes do Atlântico para a Europa ocidental.
Mas Rentoul disse que há o risco de que a área agora seja menos eficiente na produção da água de fundo que alimenta as correntes oceânicas profundas, que influem sobre os padrões climáticos globais.
«Este é um dos poucos lugares em volta da Antárctida onde a superfície do mar se adensa o suficiente para afundar até às profundezas», disse Rintoul, falando desde o navio Aurora Australis, perto do glaciar a 2.500 quilómetros a sul de Hobart, capital do Estado australiano da Tasmânia.
«Se a área for menos eficaz na formação de água menos densa, a salinidade será menor do que era no passado.»
Rintoul lidera uma equipa internacional de quase 40 cientistas que estudam os impactos da perda da língua glaciar, além de mudanças nas temperaturas, na salinidade e na acidez oceânicas.
Os oceanos agem como um travão nas alterações climáticas, porque absorvem grandes quantidades de calor e dióxido de carbono, o principal gás com efeito de estufa, da atmosfera. Mas, quanto mais CO2 os oceanos absorvem, mais ácidos se tornam. Com isso, animais como lesmas marinhas têm maior dificuldade em produzir o seu revestimento.
In' Diário Digital