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Foto © Daniel Garcia/AFP
Cientistas argentinos da Universidade de Louisville, nos EUA, anunciaram a descoberta dos mais antigos fósseis de um mamífero da América do Sul. Trata-se de um animal pertencente à espécie Dryolestoidea, uma espécie extinta cujos membros se aproximam dos marsupiais dos nossos dias.
A descoberta, publicada na revista Nature, reveste-se de especial importância dado que a história da ramificação dos mamíferos continua a ter muitas lacunas. Assim, o achado proporciona mais informações acerca de um período pouco explorado na pré-história do continente – o período Cretáceo.
Guillermo Rougier, um dos paleontólogos da equipa, explicou que os investigadores puderam desde logo perceber esta importância devido “à idade das rochas” e ao facto de terem encontrado crânios. Até ao momento, tudo o que se sabia acerca desses mamíferos tinha sido conhecido por meio da análise de dentes ou fragmentos de ossos.
A equipa afirma que o animal em questão – que recebeu o nome de Cronopio dentiacutus - mediria entre 10 e 15 centímetros de comprimento e se alimentava de insetos. Com uma aparência próxima à do famoso esquilo do filme de animação “Idade do Gelo”, a espécie viveu na época dos dinossauros, há mais de 100 milhões de anos.
O paleontólogo destacou, porém, o tamanho das presas do animal. Em declarações à BBC, Rougier confessou que a equipa não tem ideia do porquê de este precisar de caninos tão grandes. “Os molares são o tipo de dentes necessários para os insectívoros, mas os caninos foram uma enorme surpresa”, admitiu.
Além dos crânios, a equipa encontrou também algumas mandíbulas fossilizadas no mesmo local, uma área remota da Patagónia, parte da província de Rio Negro, na Argentina. A remoção dos fósseis das rochas, encontrados em 2006, levou vários anos e só agora os resultados foram dados a conhecer.
Até à extinção dos dinossauros, que ocorreu há cerca de 65 milhões de anos, o número de fósseis de mamíferos encontrados é apenas um décimo dos que foram desenterrados e dizem respeito a períodos mais recentes.
Clique aqui para aceder à notícia da descoberta na página da Universidade de Louisville.
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