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Alijó: Inspecção-Geral da Saúde envia ao MP caso da morte de homem...
09 de Maio de 2008, 22:17
Lisboa, 09 Mai (Lusa) - A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde participou ao Ministério Público o caso da morte do homem de Alijó, Vila Real, que em Janeiro esteve na origem da divulgação de telefonemas entre os Bombeiros locais e o INEM, noticiou hoje o Sol on-line.
Este inquérito-crime é um dos resultados da investigação feita ao caso pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), ordenada pelo ex-ministro da tutela Correia de Campos e cujas conclusões foram agora entregues à actual titular do cargo, Ana Jorge.
"A IGAS considerou que a morte de António Moreira, de 44 anos, na madrugada de 22 de Janeiro, se deu em circunstâncias suspeitas e enviou o relatório da sua investigação para o Ministério Público (MP) de Vila Real", refere o jornal.
António Moreira faleceu na sua casa em Castedo do Douro, concelho de Alijó, depois de uma queda, em que terá batido com a cabeça e que o terá deixado a sangrar.
A casa da vítima fica a cerca de 60 quilómetros do Hospital de Vila Real e a nove quilómetros da sede do concelho, cujo serviço nocturno do SAP foi encerrado a 27 de Dezembro passado.
A família acusa o INEM sustentando que a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) só chegou à aldeia "duas horas depois do pedido de ajuda", versão que é "veementemente" refutada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Contactada então pela Lusa, fonte do INEM referiu que o pedido de socorro foi feito por volta das "03:40" e que, logo nesse primeiro contacto, a família já avançava que o homem estaria morto.
Na gravação daquela chamada telefónica, a que a Lusa teve acesso, o irmão do falecido afirmava que este já se encontrava morto, que sangrava pela boca e que já não respirava.
O INEM accionou os bombeiros de Favaios, através de uma chamada feita às "03:51" - que demorou perto de oito minutos - ao mesmo tempo que solicitava os serviços da VMER de Vila Real.
Por falta de tripulação dos bombeiros de Favaios, já que o motorista se encontrava de serviço sozinho, o INEM teve que chamar os 'soldados da paz' de Alijó, que também só tinham um elemento na corporação.
O comandante dos bombeiros de Alijó, António Fontinha, referiu que a sua corporação recebeu a chamada às "04:01" e que chegou a Castedo às "04:15".
Este responsável explicou que, apesar de só um funcionário se encontrar na corporação durante a noite, os outros elementos estão ao serviço de chamada e que são accionados em "segundos".
A Lusa contactou o comandante dos bombeiros de Favaios que se limitou a confirmar a hora do contacto efectuado pelo INEM.
António Fontinha realçou as dificuldades de circulação então nas estradas, devido às condições meteorológicas nomeadamente o nevoeiro intenso, as mesmas condições que, segundo o INEM, condicionaram também a chegada da VMER a Castedo.
A viatura de emergência demorou, segundo o INEM, "40 minutos a chegar" e, segundo António Fontinha, "50 minutos" até chegar perto da vítima, tendo apenas confirmado o óbito.
A polémica estalou de imediato, com acusações públicas à actuação do INEM.
Além disso, um deputado do PSD, Fernando Santos Pereira, questionou no parlamento o então ministro da Saúde por causa da divulgação dos telefonemas. Correia de Campos acabou por ordenar a investigação à IGAS, que concluiu recentemente o respectivo relatório.
Segundo o Sol, o documento da IGAS está dividido em duas partes: a primeira analisa a assistência prestada pelo INEM e pelos bombeiros de Alijó, enquanto a segunda diz respeito à divulgação das gravações dos telefonemas.
Em relação à assistência, a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde concluiu que os bombeiros não cumpriram a sua função e manifestaram falhas evidentes na prestação do seu serviço, segundo o jornal on-line.
Quanto à divulgação das conversas telefónicas em causa, a Inspecção-Geral não chegou a nenhuma conclusão, ou seja, não conseguiu identificar o(s) respectivo(s) autor(es), mas considera que a situação evidencia uma violação do sigilo, adianta o Sol.
TQ/PLI. Lusa
09 de Maio de 2008, 22:17
Lisboa, 09 Mai (Lusa) - A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde participou ao Ministério Público o caso da morte do homem de Alijó, Vila Real, que em Janeiro esteve na origem da divulgação de telefonemas entre os Bombeiros locais e o INEM, noticiou hoje o Sol on-line.
Este inquérito-crime é um dos resultados da investigação feita ao caso pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), ordenada pelo ex-ministro da tutela Correia de Campos e cujas conclusões foram agora entregues à actual titular do cargo, Ana Jorge.
"A IGAS considerou que a morte de António Moreira, de 44 anos, na madrugada de 22 de Janeiro, se deu em circunstâncias suspeitas e enviou o relatório da sua investigação para o Ministério Público (MP) de Vila Real", refere o jornal.
António Moreira faleceu na sua casa em Castedo do Douro, concelho de Alijó, depois de uma queda, em que terá batido com a cabeça e que o terá deixado a sangrar.
A casa da vítima fica a cerca de 60 quilómetros do Hospital de Vila Real e a nove quilómetros da sede do concelho, cujo serviço nocturno do SAP foi encerrado a 27 de Dezembro passado.
A família acusa o INEM sustentando que a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) só chegou à aldeia "duas horas depois do pedido de ajuda", versão que é "veementemente" refutada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Contactada então pela Lusa, fonte do INEM referiu que o pedido de socorro foi feito por volta das "03:40" e que, logo nesse primeiro contacto, a família já avançava que o homem estaria morto.
Na gravação daquela chamada telefónica, a que a Lusa teve acesso, o irmão do falecido afirmava que este já se encontrava morto, que sangrava pela boca e que já não respirava.
O INEM accionou os bombeiros de Favaios, através de uma chamada feita às "03:51" - que demorou perto de oito minutos - ao mesmo tempo que solicitava os serviços da VMER de Vila Real.
Por falta de tripulação dos bombeiros de Favaios, já que o motorista se encontrava de serviço sozinho, o INEM teve que chamar os 'soldados da paz' de Alijó, que também só tinham um elemento na corporação.
O comandante dos bombeiros de Alijó, António Fontinha, referiu que a sua corporação recebeu a chamada às "04:01" e que chegou a Castedo às "04:15".
Este responsável explicou que, apesar de só um funcionário se encontrar na corporação durante a noite, os outros elementos estão ao serviço de chamada e que são accionados em "segundos".
A Lusa contactou o comandante dos bombeiros de Favaios que se limitou a confirmar a hora do contacto efectuado pelo INEM.
António Fontinha realçou as dificuldades de circulação então nas estradas, devido às condições meteorológicas nomeadamente o nevoeiro intenso, as mesmas condições que, segundo o INEM, condicionaram também a chegada da VMER a Castedo.
A viatura de emergência demorou, segundo o INEM, "40 minutos a chegar" e, segundo António Fontinha, "50 minutos" até chegar perto da vítima, tendo apenas confirmado o óbito.
A polémica estalou de imediato, com acusações públicas à actuação do INEM.
Além disso, um deputado do PSD, Fernando Santos Pereira, questionou no parlamento o então ministro da Saúde por causa da divulgação dos telefonemas. Correia de Campos acabou por ordenar a investigação à IGAS, que concluiu recentemente o respectivo relatório.
Segundo o Sol, o documento da IGAS está dividido em duas partes: a primeira analisa a assistência prestada pelo INEM e pelos bombeiros de Alijó, enquanto a segunda diz respeito à divulgação das gravações dos telefonemas.
Em relação à assistência, a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde concluiu que os bombeiros não cumpriram a sua função e manifestaram falhas evidentes na prestação do seu serviço, segundo o jornal on-line.
Quanto à divulgação das conversas telefónicas em causa, a Inspecção-Geral não chegou a nenhuma conclusão, ou seja, não conseguiu identificar o(s) respectivo(s) autor(es), mas considera que a situação evidencia uma violação do sigilo, adianta o Sol.
TQ/PLI. Lusa