billshcot
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Uma exposição de arte chilena com cães mortos recolhidos das estradas vem provocando polémica no país de hábitos conservadores, especialmente em torno do uso de verbas do governo para promover o evento.
O pintor e escultor responsável pela mostra, Antonio Becerra, vasculhou as ruas da capital colhendo cerca de uma dúzia de corpos de cães atingidos por carros.
Em seguida, embalsamou os corpos mutilados e pintou sobre eles, inserindo pinos e cravos de metal em sua carne conservada.
Políticos e pessoas que gostam de animais reagiram com ultraje à exposição "Óleos sobre Cães", possibilitada por uma verba de 7.800 dólares doada pelo governo.
Becerra defendeu seu trabalho, dizendo que é uma reflexão sobre a violência e a crueldade da sociedade.
"Não quero representar o cão. O que eu faço é um misto de matança, escultura e enfermagem, já que encontrei cães jogados na estrada que estavam apenas semimortos, e eu tive que ajudá-los", contou o artista à Reuters na segunda-feira.
Para se preparar para a exibição, Becerra estudou taxiodermia, frequentemente utilizada em museus para conservar animais a serem expostos.
Um dos cães na exposição traz uma pintura a óleo do papa João Paulo 2.º e um crucifixo em seu lombo. Outro tem sua pelagem branca recoberta de borboletas azuis e laranjas pintadas. Um cachorrinho marrom traz uma fileira de cravos metálicos afiados inseridos ao longo de sua espinha.
Além disso, os ferimentos e as deformações provocados pelo fato de os cachorros terem sido atingidos por carros também estão claramente visíveis.
A exposição provocou ultraje entre grupos de defesa dos direitos dos animais e alguns políticos, que criticaram o governo chileno por financiar o projeto.
"Mesmo que os animais não sejam seres racionais, eles merecem um mínimo de respeito. Seus corpos mortos não deveriam ser sujeitos a qualquer intervenção, por artística que seja", disse o diretor do grupo ambientalista Greenpeace no Chile.
Os legisladores no Chile, o país mais conservador da América Latina, onde o aborto e o divórcio ainda são ilegais, ficaram preocupados com as implicações morais do trabalho de Becerra.
O governo promove as artes por meio de doações anuais a artistas, o fundo Fondart.
Já no passado o Fondart foi criticado por ter financiado um retrato a óleo de Simon Bolívar, herói na América Latina que liderou a luta pela independência da Espanha no século 19, vestindo lingerie feminina.
Um ano mais tarde, a fundação patrocinou a construção no centro de Santiago de uma casa transparente de vidro, dentro da qual uma jovem viveu e conduziu toda sua rotina diária, inclusive tomar banho, sob os olhares dos transeuntes.
O pintor e escultor responsável pela mostra, Antonio Becerra, vasculhou as ruas da capital colhendo cerca de uma dúzia de corpos de cães atingidos por carros.
Em seguida, embalsamou os corpos mutilados e pintou sobre eles, inserindo pinos e cravos de metal em sua carne conservada.
Políticos e pessoas que gostam de animais reagiram com ultraje à exposição "Óleos sobre Cães", possibilitada por uma verba de 7.800 dólares doada pelo governo.
Becerra defendeu seu trabalho, dizendo que é uma reflexão sobre a violência e a crueldade da sociedade.
"Não quero representar o cão. O que eu faço é um misto de matança, escultura e enfermagem, já que encontrei cães jogados na estrada que estavam apenas semimortos, e eu tive que ajudá-los", contou o artista à Reuters na segunda-feira.
Para se preparar para a exibição, Becerra estudou taxiodermia, frequentemente utilizada em museus para conservar animais a serem expostos.
Um dos cães na exposição traz uma pintura a óleo do papa João Paulo 2.º e um crucifixo em seu lombo. Outro tem sua pelagem branca recoberta de borboletas azuis e laranjas pintadas. Um cachorrinho marrom traz uma fileira de cravos metálicos afiados inseridos ao longo de sua espinha.
Além disso, os ferimentos e as deformações provocados pelo fato de os cachorros terem sido atingidos por carros também estão claramente visíveis.
A exposição provocou ultraje entre grupos de defesa dos direitos dos animais e alguns políticos, que criticaram o governo chileno por financiar o projeto.
"Mesmo que os animais não sejam seres racionais, eles merecem um mínimo de respeito. Seus corpos mortos não deveriam ser sujeitos a qualquer intervenção, por artística que seja", disse o diretor do grupo ambientalista Greenpeace no Chile.
Os legisladores no Chile, o país mais conservador da América Latina, onde o aborto e o divórcio ainda são ilegais, ficaram preocupados com as implicações morais do trabalho de Becerra.
O governo promove as artes por meio de doações anuais a artistas, o fundo Fondart.
Já no passado o Fondart foi criticado por ter financiado um retrato a óleo de Simon Bolívar, herói na América Latina que liderou a luta pela independência da Espanha no século 19, vestindo lingerie feminina.
Um ano mais tarde, a fundação patrocinou a construção no centro de Santiago de uma casa transparente de vidro, dentro da qual uma jovem viveu e conduziu toda sua rotina diária, inclusive tomar banho, sob os olhares dos transeuntes.