Desde há meia dúzia de anos muito se falou e se escreveu sobre as “armas de destruição maciça” para, nomeadamente explicar e justificar a chacina que se ia executar no Iraque, como efectivamente aconteceu.
Desde o início, declarei e escrevi que essa espúria guerra servia outros interesses e teria efeitos desastrosos em todos os sentidos. Foi por isso que, inclusive, participei nas duas manifestações de protesto e indignação que ocorreram em Lisboa (Chiado / Rossio e Praça Marquês de Pombal / Rossio) antes do genocídio perpetrado contra o povo iraquiano e os soldados americanos a pretexto de argumentos todos eles falaciosos e falsos. Tivemos 78% do povo português absoluta razão.
Hoje, passados 5 anos de barbárie, alguns trompetistas da guerra – entre políticos, jornalistas e outros comentadores ou “peritos” encartados que apoiaram ou justificaram a mortandade e o saque planeados – sustentados em “provas” e premissas falsas e fabricadas – já tentaram lançar as cortinas de fumo habituais, tendo como única preocupação escamotear e branquear a sua iníqua estória e os arquivos da História. Ainda não ouvi nenhum desses irresponsáveis (conscientes ou inconscientes) dizer sem rodeios “ Enganei-me” ou “Enganaram-me “ e pedirem simplesmente “perdão pelo massacre de mais de 300.000 iraquianos e 4.000 soldados norte-americanos”.
Todos os responsáveis directos e seus apoiantes serão devidamente julgados pela História da Humanidade e dos Direitos Humanos. O nosso Mundo chegou a tal ponto que, confesso, não me espantaria nada que um dia destes recebessem, já agora em conjunto, o Prémio Nobel da Paz! Seria só mais um sinal dos tempos em que a ganância e a imoralidade, mesmo de alguns que se vangloriam de ir todos os dias à missa, já não conhecem sequer o significado das palavras vergonha e remorso! Até dizem em entrevistas que dormem como “bebés” e com o sono dos justos!
Infelizmente, até hoje, eu nunca vi esses arautos da guerra falarem e inquietarem-se com as Verdadeiras Armas de Destruição Maciça que se enraizaram e florescem nas nossas nações, continuando a provocar milhões de mortos com efeitos, a curto e médio prazo, ainda mais devastadores!
Estou a falar muito claramente (em português entendível!), das aberrações da Fome e Miséria no Mundo; da Divida dos povos desesperados dos países em vias de desenvolvimento espoliados (= roubados!) pelos seus governos e pelos assassinos económicos a soldo dos países ricos e dos seus organismos globais; do Comércio Injusto entre “Norte” e “Sul” sustentado por barreiras alfandegarias e outros dumpings que desfiguram e desarticulam qualquer competitividade ética; da Violação da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional com o apoio dado, mais uma vez por alguns incautos, à “independência “ do Kosovo que servirá de detonador e rastilho a muitos conflitos; da falta de capacidade e vontade politicas globais para lutar frontal e decisivamente contra as alterações climáticas e as suas tremendas e apocalípticas consequências para todos nós; da ausência de verdadeiras estratégias de desenvolvimento a Sul do Sahara, única forma de pôr cobro ao tsunami migratório que começou e que rapidamente tomará proporções dantescas que poderão pôr em perigo as nossas já débeis democracias ocidentais; da apologia, por alguns alucinados, da cultura do ódio e do confronto de civilizações e religiões que compromete gravemente o nosso futuro colectivo; do Comércio descontrolado e desregulado das armas por quem, no Conselho de Segurança das Nações (des)Unidas, primeiro devia zelar pela Paz; do aumento alarmante do preço dos cereais que irá despoletar a breve prazo conflitos sociais tremendos, levando povos já famintos ao desespero total; e, para finalizar, da ausência a nível global de uma politica de valores centrada na valorização do Ser Humano, de todos os Seres Humanos que deveriam ser respeitados como Património Mundial da Humanidade, o que efectivamente são, e não como meras cobaias de laboratório, simples produtos descartáveis ou desprezíveis baratas como algumas bestas e chacais insistem em os querer tratar menosprezando-os, ignorando-os, triturando-os ou espezinhando-os!
Se estas verdadeiras Armas de Destruição Maciça fossem combatidas com tenacidade e persistência, criar-se-iam pontes de dialogo e de entendimento e, então sim: haveria Luz no fundo do túnel onde entramos precipitadamente, enganados pelo canto dos tubarões dissimulados de sereias! Tal como Ulisses, temos de sair dessa letal letargia e rumar para novos horizontes!
Estou convicto de que a nova Cidadania Global Solidária emergente permitirá controlar essas verdadeiras armas de destruição maciça, bem presentes entre nós (ao invés daquelas que foram forjadas à medida de interesses ocultos e nefastos) e contribuirá decisivamente, e sem retorno, espero, para o surgimento do novo paradigma humano que precisamos e que necessariamente terá que se alicerçar no amor e na fraternidade.
Vamos conseguir. Contra ventos e marés, é nesse sentido que na AMI todos remamos. Estou certo de que todos vós, mulheres e homens de bem, também.
Bem hajam por isso!
Fernando de La Vieter Ribeiro Nobre – Presidente e Fundador da Fundação AMI.
SUBSCREVO INTEIRAMENTE
Desde o início, declarei e escrevi que essa espúria guerra servia outros interesses e teria efeitos desastrosos em todos os sentidos. Foi por isso que, inclusive, participei nas duas manifestações de protesto e indignação que ocorreram em Lisboa (Chiado / Rossio e Praça Marquês de Pombal / Rossio) antes do genocídio perpetrado contra o povo iraquiano e os soldados americanos a pretexto de argumentos todos eles falaciosos e falsos. Tivemos 78% do povo português absoluta razão.
Hoje, passados 5 anos de barbárie, alguns trompetistas da guerra – entre políticos, jornalistas e outros comentadores ou “peritos” encartados que apoiaram ou justificaram a mortandade e o saque planeados – sustentados em “provas” e premissas falsas e fabricadas – já tentaram lançar as cortinas de fumo habituais, tendo como única preocupação escamotear e branquear a sua iníqua estória e os arquivos da História. Ainda não ouvi nenhum desses irresponsáveis (conscientes ou inconscientes) dizer sem rodeios “ Enganei-me” ou “Enganaram-me “ e pedirem simplesmente “perdão pelo massacre de mais de 300.000 iraquianos e 4.000 soldados norte-americanos”.
Todos os responsáveis directos e seus apoiantes serão devidamente julgados pela História da Humanidade e dos Direitos Humanos. O nosso Mundo chegou a tal ponto que, confesso, não me espantaria nada que um dia destes recebessem, já agora em conjunto, o Prémio Nobel da Paz! Seria só mais um sinal dos tempos em que a ganância e a imoralidade, mesmo de alguns que se vangloriam de ir todos os dias à missa, já não conhecem sequer o significado das palavras vergonha e remorso! Até dizem em entrevistas que dormem como “bebés” e com o sono dos justos!
Infelizmente, até hoje, eu nunca vi esses arautos da guerra falarem e inquietarem-se com as Verdadeiras Armas de Destruição Maciça que se enraizaram e florescem nas nossas nações, continuando a provocar milhões de mortos com efeitos, a curto e médio prazo, ainda mais devastadores!
Estou a falar muito claramente (em português entendível!), das aberrações da Fome e Miséria no Mundo; da Divida dos povos desesperados dos países em vias de desenvolvimento espoliados (= roubados!) pelos seus governos e pelos assassinos económicos a soldo dos países ricos e dos seus organismos globais; do Comércio Injusto entre “Norte” e “Sul” sustentado por barreiras alfandegarias e outros dumpings que desfiguram e desarticulam qualquer competitividade ética; da Violação da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional com o apoio dado, mais uma vez por alguns incautos, à “independência “ do Kosovo que servirá de detonador e rastilho a muitos conflitos; da falta de capacidade e vontade politicas globais para lutar frontal e decisivamente contra as alterações climáticas e as suas tremendas e apocalípticas consequências para todos nós; da ausência de verdadeiras estratégias de desenvolvimento a Sul do Sahara, única forma de pôr cobro ao tsunami migratório que começou e que rapidamente tomará proporções dantescas que poderão pôr em perigo as nossas já débeis democracias ocidentais; da apologia, por alguns alucinados, da cultura do ódio e do confronto de civilizações e religiões que compromete gravemente o nosso futuro colectivo; do Comércio descontrolado e desregulado das armas por quem, no Conselho de Segurança das Nações (des)Unidas, primeiro devia zelar pela Paz; do aumento alarmante do preço dos cereais que irá despoletar a breve prazo conflitos sociais tremendos, levando povos já famintos ao desespero total; e, para finalizar, da ausência a nível global de uma politica de valores centrada na valorização do Ser Humano, de todos os Seres Humanos que deveriam ser respeitados como Património Mundial da Humanidade, o que efectivamente são, e não como meras cobaias de laboratório, simples produtos descartáveis ou desprezíveis baratas como algumas bestas e chacais insistem em os querer tratar menosprezando-os, ignorando-os, triturando-os ou espezinhando-os!
Se estas verdadeiras Armas de Destruição Maciça fossem combatidas com tenacidade e persistência, criar-se-iam pontes de dialogo e de entendimento e, então sim: haveria Luz no fundo do túnel onde entramos precipitadamente, enganados pelo canto dos tubarões dissimulados de sereias! Tal como Ulisses, temos de sair dessa letal letargia e rumar para novos horizontes!
Estou convicto de que a nova Cidadania Global Solidária emergente permitirá controlar essas verdadeiras armas de destruição maciça, bem presentes entre nós (ao invés daquelas que foram forjadas à medida de interesses ocultos e nefastos) e contribuirá decisivamente, e sem retorno, espero, para o surgimento do novo paradigma humano que precisamos e que necessariamente terá que se alicerçar no amor e na fraternidade.
Vamos conseguir. Contra ventos e marés, é nesse sentido que na AMI todos remamos. Estou certo de que todos vós, mulheres e homens de bem, também.
Bem hajam por isso!
Fernando de La Vieter Ribeiro Nobre – Presidente e Fundador da Fundação AMI.
SUBSCREVO INTEIRAMENTE