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Assaltaram ourives mas largaram cofre

florindo

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Três encapuzados, munidos com uma caçadeira, assaltaram, ontem, um ourives e a mulher à porta de casa, na Maia. Levaram-lhes a carrinha, que largaram num descampado, sem conseguirem abrir o cofre, onde estavam mais de 200 mil euros em ouro.

Jorge Miranda e a mulher estavam a chegar a casa, na Rua Central de Cidadelha, em Santa Maria de Avioso, cerca das 18 horas, quando foram surpreendidos pelo grupo. Tinham estado a vender na feira de Custóias, como fazem todos os sábados, e traziam a carrinha cheia de peças em ouro, num valor superior a 200 mil euros, segundo o comerciante.

Mal Jorge Miranda chegou perto da garagem foi atacado pelos três homens. "Dispararam um tiro para o meu vidro e disseram-se para sair, senão matavam-me. Depois atiraram a minha mulher ao chão", contou, ao JN, ainda abalado. O ourives tentou partir a chave na ignição para não lhe levarem a carrinha, de marca Peugeot, mas levou uma coronhada na mão e não resistiu mais. "Apontaram-me a caçadeira à cabeça e disseram que me iam matar. Vi a morte à minha frente", desabafou.

Os assaltantes fugiram na carrinha, mas acabaram por abandoná-la, pouco depois, numa mata, no Lugar de Mendões, fronteira da Maia com S. Mamede do Coronado, na Trofa. A viatura, equipada com sistema GPS, foi rapidamente localizada por guardas das GNR da Maia. Quando lá chegaram, ouviram barulho e dispararam um tiro para o ar. Mas já não encontraram ninguém. A carrinha tinha as portas abertas e no cofre estavam as marcas de "mais de 20 tiros", contou o ourives.

Cerca das 21.30 horas, o comerciante recebeu a indicação de que o grupo não teria conseguido violar o cofre. "Pelo que sei, parece que não conseguiram levar nada. Nem acredito, tenho a minha vida ali dentro", suspirou.

Pelos contornos do assalto, Jorge Miranda e os familiares acreditam que o grupo programou tudo ao pormenor. "Sabiam a que horas chegavam, de onde vinham e sabiam que traziam o carro com ouro. Provavelmente, só não contavam com um cofre daqueles", concluiu Timóteo Ferreira, cunhado de Jorge. À porta de casa do ourives juntaram-se vários familiares e amigos, ansiosos por saberem se os assaltantes tinham ou não conseguido levar o ouro.

A GNR da Maia registou a ocorrência e difundiu um alerta pelas forças policiais limítrofes para localização do gangue. A investigação do caso passou para a alçada da PJ do Porto e não é de descartar a relação deste a caso a outros assaltos violentos a vendedores de ouro. Segundo o JN apurou, na zona onde foi abandonada a viatura do ourives já têm sido largadas carrinhas de tabaco também roubadas.

Jornal de Notícias
 
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