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Assassino profissional procurado pela Interpol vivia no Brasil com a família e trabalhava como marceneiro
Cidadão assassinado a tiro em Santos estava muito longe de ser quem dizia que era.
Uma investigação da Polícia Civil (Judiciária) da cidade brasileira de Santos, no litoral do estado de São Paulo, que bem poderia servir de roteiro para um filme, permitiu descobrir que um cidadão estrangeiro assassinado a tiro ao chegar a casa no passado dia 5 estava muito longe de ser quem dizia que era. Identificando-se como o cidadão da Eslovénia Dejan Kovan, um marceneiro de 43 anos que vivia uma rotina tranquila com a mulher e o filho de quatro anos, ambos brasileiros, o homem na verdade era um assassino contratado procurado em toda a Europa e cujo nome verdadeiro constava na chamada "Difusão Vermelha" da Interpol, a lista com os criminosos mais procurados.
O suposto marceneiro esloveno, que tinha um passaporte da Eslovénia com o nome falso, era na verdade o cidadão da Sérvia Darko Geisler. Ele era acusado pela polícia sérvia de ser um assassino profissional ligado a uma das mais poderosas organizações criminosas daquele país do leste europeu, e seria o responsável por matar criminosos rivais, membros da organização caídos em desgraça e outras vítimas que o grupo mafioso decidisse eliminar.
De acordo com o que a Polícia Civil de São Paulo conseguiu apurar, Darko fugiu para o Brasil depois de ter executado um dos homens de confiança do chefe de uma organização mafiosa da Sérvia rival da dele, e ter sido por isso condenado à morte pela quadrilha a que a sua vítima pertencia. Também foram encontrados registos policiais contra Darko noutro país do leste da Europa, Montenegro, por uso ilegal de armas de calibre proibido e por armazenar explosivos, que usava nas suas ações criminosas.
O crime de que o próprio Darko foi vítima aconteceu dia 5 passado, ao anoitecer, quando ele voltava de um passeio de bicicleta pela orla de Santos com o filho de quatro anos, protegido numa cadeirinha de segurança, e a esposa. Ao parar a bicicleta junto ao edifício de três andares onde morava, na Rua São José, no bairro Embaré, um outro homem, também numa bicicleta, aproximou-se de repente e disparou seis vezes à queima-roupa contra o sérvio.
Vizinhos chamaram uma ambulância, mas Darko morreu no caminho para o hospital ao sofrer uma paragem cardíaca, enquanto o filho, que caiu com ele da bicicleta, sofreu pequenos arranhões.
Inicialmente, parecia mais um homicídio de um cidadão pacato numa grande cidade brasileira, mas a investigação começou a mudar esse cenário. Ao informar a Embaixada da Eslovénia da morte de Dejan Kovan, o nome que estava no passaporte, os agentes foram informados de que o verdadeiro Dejan estava vivo e de que o documento que a vítima usava tinha sido extraviado ou roubado em 2017 e já tinha sido cancelado.
Após essa informação, a polícia brasileira fez uma exaustiva investigação na internet usando a foto do homem morto e as suas características físicas e descobriu a sua verdadeira identidade e o que ele fazia. Tal como os agentes, os vizinhos também ficaram espantados ao saber que Darko era um assassino profissional, procurado pela Interpol, pois ele sempre fora educado e gentil com a vizinhança e parecia realmente um pacato chefe de família.
A esposa brasileira de Darko não deu grande contribuição para a investigação, mas não é acusada de nada. Segundo ela, o casal estava junto há pouco mais de quatro anos e ela não sabia nada sobre o passado do marido nem lhe perguntou, pois, avançou, o que ele tinha feito ou não antes de a conhecer não lhe dizia respeito.
Correio da Manhã

Cidadão assassinado a tiro em Santos estava muito longe de ser quem dizia que era.
Uma investigação da Polícia Civil (Judiciária) da cidade brasileira de Santos, no litoral do estado de São Paulo, que bem poderia servir de roteiro para um filme, permitiu descobrir que um cidadão estrangeiro assassinado a tiro ao chegar a casa no passado dia 5 estava muito longe de ser quem dizia que era. Identificando-se como o cidadão da Eslovénia Dejan Kovan, um marceneiro de 43 anos que vivia uma rotina tranquila com a mulher e o filho de quatro anos, ambos brasileiros, o homem na verdade era um assassino contratado procurado em toda a Europa e cujo nome verdadeiro constava na chamada "Difusão Vermelha" da Interpol, a lista com os criminosos mais procurados.
O suposto marceneiro esloveno, que tinha um passaporte da Eslovénia com o nome falso, era na verdade o cidadão da Sérvia Darko Geisler. Ele era acusado pela polícia sérvia de ser um assassino profissional ligado a uma das mais poderosas organizações criminosas daquele país do leste europeu, e seria o responsável por matar criminosos rivais, membros da organização caídos em desgraça e outras vítimas que o grupo mafioso decidisse eliminar.
De acordo com o que a Polícia Civil de São Paulo conseguiu apurar, Darko fugiu para o Brasil depois de ter executado um dos homens de confiança do chefe de uma organização mafiosa da Sérvia rival da dele, e ter sido por isso condenado à morte pela quadrilha a que a sua vítima pertencia. Também foram encontrados registos policiais contra Darko noutro país do leste da Europa, Montenegro, por uso ilegal de armas de calibre proibido e por armazenar explosivos, que usava nas suas ações criminosas.
O crime de que o próprio Darko foi vítima aconteceu dia 5 passado, ao anoitecer, quando ele voltava de um passeio de bicicleta pela orla de Santos com o filho de quatro anos, protegido numa cadeirinha de segurança, e a esposa. Ao parar a bicicleta junto ao edifício de três andares onde morava, na Rua São José, no bairro Embaré, um outro homem, também numa bicicleta, aproximou-se de repente e disparou seis vezes à queima-roupa contra o sérvio.
Vizinhos chamaram uma ambulância, mas Darko morreu no caminho para o hospital ao sofrer uma paragem cardíaca, enquanto o filho, que caiu com ele da bicicleta, sofreu pequenos arranhões.
Inicialmente, parecia mais um homicídio de um cidadão pacato numa grande cidade brasileira, mas a investigação começou a mudar esse cenário. Ao informar a Embaixada da Eslovénia da morte de Dejan Kovan, o nome que estava no passaporte, os agentes foram informados de que o verdadeiro Dejan estava vivo e de que o documento que a vítima usava tinha sido extraviado ou roubado em 2017 e já tinha sido cancelado.
Após essa informação, a polícia brasileira fez uma exaustiva investigação na internet usando a foto do homem morto e as suas características físicas e descobriu a sua verdadeira identidade e o que ele fazia. Tal como os agentes, os vizinhos também ficaram espantados ao saber que Darko era um assassino profissional, procurado pela Interpol, pois ele sempre fora educado e gentil com a vizinhança e parecia realmente um pacato chefe de família.
A esposa brasileira de Darko não deu grande contribuição para a investigação, mas não é acusada de nada. Segundo ela, o casal estava junto há pouco mais de quatro anos e ela não sabia nada sobre o passado do marido nem lhe perguntou, pois, avançou, o que ele tinha feito ou não antes de a conhecer não lhe dizia respeito.
Correio da Manhã