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Atividade física no doente hipertenso

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Atividade física no doente hipertenso

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Muitos estudos revelam a importância que um programa de exercício físico tráz na redução do desenvolvimento da hipertensão arterial (HTA) e na redução do risco para a população que já desenvolve a doença, auxiliando na redução dos valores. A realização de exercícios regulares e de intensidade moderada (intensidade essa calculada consoante a idade e condição física do praticante mas que deve estar por volta dos 65% a 75 % da frequência cardíaca de reserva) leva a uma redução significativa e duradoura da pressão arterial sistólica (máxima) e diastólica (mínima). O exercício físico regular também permite reduzir a dose de fármacos utilizados no controlo da doença e melhora da qualidade de vida do praticante, claro está associado também a um programa nutricional adequado e rico em vegetais e frutas e pobre em gorduras saturadas, açúcar e principalmente sal.

Segue uma tabela que indica os valores aos quais devemos estar atentos para saber onde se situa a sua pressão arterial e se necessita de algum cuidado extra.

Categoria - Tensão arterial sistólica - Tensão arterial diastólica

Normal - 120-129 mmHg - 80-84 mmHg

Normal – alta - 130-138 mmHg - 85-89 mmHg

Hipertensão grau I - 140-159 mmHg - 90-99 mmHg

Hipertensão grau II - 160 mmHg - 100 mmHg

Os benefícios da atividade física regular para o bem-estar geral (físico e mental) de cada individuo devem-se às atitudes adotadas pelos programas de exercícios físicos.

Há uma grande probabilidade que a menor prevalência de problemas coronários e a maior longevidade das pessoas ativas em relação às sedentárias se devam tanto a efeitos diretos e intrínsecos de atividade física como a outros indiretos.

Relativamente ao tipo de exercício deve-se optar por exercícios aeróbios como marcha, corrida, natação, ciclismo, ténis etc que podem ser contínuas ou intervaladas pois ambas trazem benefícios cardiovasculares a este tipo de pacientes. A melhor condição física é resultado da capacidade funcional dos pulmões, maior eficiência muscular, melhor transporte de oxigénio, devido a uma capacidade aeróbia mais desenvolvida, e diminuição da resistência oposta pelas artérias ao esvaziamento do coração.

A prescrição de atividade física para a população hipertensa deve conter algumas características tais como:

Frequência: todos os dias ou 3- 4 vezes semana
Duração: 20-30 minutos diários ou 45-60 minutos quando 3-4 vezes semana
Intensidade: moderada, de 50 a 80 % da FC máx (frequência cardíaca máxima) segundo a condição física, idade e grau de treino do praticante.
Tipo de exercício: exercício cardiovascular como marcha, corrida, natação, ciclismo etc contínuo ou intervalado, exercícios de fortalecimento muscular que envolvam grandes massas musculares com o peso do corpo ou resistências moderadas.
Cuidados gerais: verificar a pressão arterial diariamente para quem é hipertenso e nunca treinar quando esta estiver mais elevada que 160- 100 mmHg, evitar exercícios acima do nível dos ombros com cargas altas e exercícios resistidos como pranchas (apenas curtos períodos de tempo-alguns segundos)
Running e hipertensão

Quando a hipertensão está controlada, uma atividade física como a corrida por exemplo é recomendada, desde que a pessoa não apresente sinais de lesões em órgão importantes como o coração e os rins.

As corridas regulares e sistemáticas podem reduzir a pressão arterial e proporcionar vários outros benefícios, a diminuição do peso corporal é um deles. Porém, as atividades devem respeitar alguns limites, acredita-se que trabalhos realizados a uma intensidade entre 50% e 70% da frequência cardíaca máxima, com duração de 30 a 50 minutos, e a uma frequência de três a cinco vezes por semana, são capazes de reduzir a pressão arterial em indivíduos hipertensos.

Práticas regulares de atividade aeróbias geram inúmeras adaptações fisiológicas e acarretam benefícios para o hipertenso:

* reduz a tensão arterial em repouso,

* reduz a tensão arterial durante o exercício,

* emagrrecimento,

* elevação do HDL (bom colesterol),

* diminuição do LDL (mau colesterol),

* perda de sal e água através da sudorese,

* diminuição da viscosidade do sangue,

* redução do tônus simpático, com a redução da concentração de adrenalina no sangue e melhora na frequência cardíaca,

* efeito psicológico favorável de “bem estar”,

* estudos mostram que na hipertensão do obeso, o exercício físico reduz a insulina que, por sua vez, reduz a absorção de sal no organismo, diminuindo, tanto o peso, como a hipertensão arterial.

Bibliografia: Professor Alex Batalha Machado da Silva- professor de educação física
 
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