Ativista das Pussy Riot detida em Moscovo

[kokas]

A ativista das Pussy Riot (esq.) colocou fotografias no Facebook juntamente com a artista performativa com quem foi detida, já vestidas de uniforme prisional.

Tolokonnikova e uma artista performativa encenaram um protesto contra as condições nas prisões de mulheres na Rússia.
Uma das ativistas do grupo punk Pussy Riot, Nadezhda Tolokonnikova, foi detida esta sexta-feira em Moscovo, durante um protesto contra as condições nas prisões de mulheres do país. Após algumas horas, Tolokonnikova e a ativista com quem se manifestava foram libertadas.






As duas ativistas estava a costurar a bandeira russa em público, numa praça da capital, perto do Kremlin. Tolokonnikova e a artista performativa Ekaterina Nenasheva, que também foi detida, vestiam uniformes prisionais e, ao costurar a bandeira, procuravam demonstrar a dificuldade que sentem as mulheres que, após terem estado na prisão, tentam voltar a adaptar-se à vida em liberdade.


A artista performativa Nenasheva estava já há 18 dias na rua com o uniforme prisional vestido, a tentar alertar para a mesma questão. Tolokonnikova soube da sua performance e decidiu juntar-se a ela, de acordo com o que contou à revista Newsweek ao telefone. "Decidimos apresentar a nossa imagem do país", disse a membro do grupo Pussy Riot. "Duas raparigas vestidas de uniforme prisional a coser uma bandeira".
O protesto durou pouco tempo, de acordo com Tolokonnikova, que explicou que as duas foram quase imediatamente abordadas por agentes da polícia que lhes pediram para parar. Quando as duas se recusaram, foram detidas e levadas para uma esquadra da polícia, tendo sido libertadas horas depois sem serem acusadas.
Nadezhda Tolonnikova já passou 21 meses numa prisão russa após um protesto em fevereiro de 2012, em que o grupo Pussy Riot invadiu uma catedral ortodoxa russa para cantar uma música contra o então presidente Vladimir Putin.



dn