- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 39,084
- Gostos Recebidos
- 481

O director geral de Saúde, Francisco George, considerou hoje em declarações à Lusa que o aumento do preço do tabaco é reconhecido como «uma das medidas mais eficazes» para reduzir a prevalência do tabagismo.
«Leva o fumador a equacionar a decisão e a vontade de abandonar o tabaco, uma decisão, aliás, que tem reflexos imediatos também ao nível do rendimento familiar», sustentou.
Francisco George falava à Lusa a propósito da sua eleição como Personalidade do Ano 2010, pela Fundação Portuguesa do Pulmão.
«Penso que se trata-se de uma distinção que se refere, sobretudo, aos resultados obtidos pelos primeiros três anos de desenvolvimento da lei do tabaco, que foram retratados num relatório já publicado», considerou.
Segundo o director geral de Saúde, «esses resultados revelam que a limitação da liberdade individual imposta a fumadores em espaços fechados foi compensada pelos resultados positivos em termos de ganhos que os cidadãos portugueses alcançaram».
«Vejo esta distinção como diluída no trabalho dos especialistas da Direcção Geral de Saúde e não propriamente a nível pessoal», acrescentou, apontando também «as conquistas alcançadas ao longo dos últimos anos na área das doenças crónicas, no que respeita à asma, à doença pulmonar obstrutiva crónica, bem como em relação à tuberculose. As metas definidas foram alcançadas», disse.
A Fundação Portuguesa do Pulmão refere a propósito que estas doenças são «a segunda causa de internamento por doença no nosso país, responsáveis por cerca de 40 óbitos diários».
«Calcula-se que mais de 30 por cento da população portuguesa sofra destas patologias, que se traduzem na perda anual de quatro milhões de dias de trabalho ou escolaridade», sustentou.
De acordo com a Fundação, «estas doenças respiratórias irão ainda tornar-se, muito brevemente, na terceira causa de morte no Mundo, devido ao consumo de tabaco, à poluição atmosférica e às próprias condições socioeconómicas».
A cerimónia de entrega do galardão decorre às 19h de quinta-feira, Dia Mundial da Saúde, no Círculo Universitário do Porto.
Lusa/SOL