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Aveiro: médico e hospital processados após morte de doente

kokas

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A mãe de uma mulher de 38 anos que morreu depois de uma operação mal sucedida num hospital privado em Aveiro, decidiu processar o médico e a unidade hospitalar, exigindo uma indemnização de mais de 500 mil euros.

A ação interposta pela mãe da doente contra a Cliria, uma unidade do Grupo Espírito Santo Saúde, e o médico de cirurgia geral que realizou a operação começará a ser julgada no próximo mês de julho, no Juízo de Grande Instância Cível de Aveiro.

O caso, conta a Lusa, remonta a julho de 2007, quando a mulher foi submetida a uma intervenção cirúrgica para retirar a vesícula.

A família da doente alega que, durante a operação, ocorreu uma hemorragia «abundante», que terá sido provocada por várias lesões, incluindo «uma laceração profunda» do fígado.

A equipa médica tentou sem sucesso controlar a hemorragia, acabando por transferir a doente para o Hospital de Santo António no Porto, onde esteve internada mais de um mês, tendo sido submetida a seis intervenções cirúrgicas, incluindo um transplante hepático.

A mulher, que ficou com uma incapacidade permanente de 70%, veio a morrer em 2009, em resultado de uma insuficiência hepática aguda.

A relação de causa efeito entre o acidente cirúrgico e a morte da doente é sustentada num parecer médico-legal que conclui que apesar de haver dois anos a separar os dois acontecimentos existe «um claro nexo de causalidade» entre ambos.

O perito do Instituto Nacional de Medicina Legal que assinou o documento diz ainda que a ocorrência das referidas lesões numa cirurgia simples e de baixo risco de complicações denota «uma impreparação técnica e uma má abordagem para o problema que se pretendia tratar».

A família da paciente acusa o médico e o hospital de serem responsáveis pela sua morte, porque «não retiraram a vesícula biliar de acordo com os procedimentos normais», afirmando que se trata de «um caso de dolo eventual ou uma negligência consciente grosseira».

O médico que realizou a operação defende-se, dizendo que agiu de acordo com a «legis artis» e que fez tudo para reverter o quadro clínico que lhe surgiu «de forma súbita e inesperada».

Na contestação, o clínico garante ainda que as lesões «não resultaram de qualquer interação ou agressão» levada a cabo por si.

A Cliria, por seu lado, lamenta o infortúnio que a doente passou, sustentando que não pode aceitar ser responsabilizada por algo que não lhe é imputável.

A unidade hospitalar considera ainda que o direito de indemnização dos danos patrimoniais e não patrimoniais alegados pela autora já prescreveram assim como o direito à indemnização por dano de morte.



tvi24
 

kokas

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Lamentávelmente também tenho más experiencias deste hospital, quando não conseguem resolver os problemas atiram os doentes para os hospitais públicos, os mesmos que segundo eles não prestam, mas no fundo é lá que conseguem salvar as pessoas que neste hospital já estariam condenadas.
 
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