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Bairrada e Douro juntam-se numa garrafa de espumante

florindo

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Dois produtores de vinhos, um da Bairrada e outro do Douro, decidiram juntar uvas de “pinot noir” que produzem nas respectivas regiões e produzir um espumante, que será apresentado sexta-feira no restaurante D.O.P. no Porto.

A ideia foi do produtor da Bairrada. Celso Pereira, o enólogo do Douro, confirma: "O Carlos lembrou-se, desafiou-me e eu aceitei". Diz Carlos Campolargo, o enólogo da Bairrada, que resultou do facto de ser "um amante de pinot" e de considerar Celso Pereira - que assina os espumantes "Vértice" - como "uma das pessoas que mais sabem de espumante em Portugal".

Tanta cumplicidade acabou por ser celebrada no próprio rótulo do novo espumante. CCCP é como se chama. "E não quer dizer União das Repúblicas Socialistas Soviéticas", esclarece Carlos Campolargo. "Pensámos colocar no rótulo o foguetão de Gagarin, depois pensámos numa estrela, no fim acabámos por decidir-nos pela imagem de um brinco minhoto em filigrana", brinca Celso Pereira.

O primeiro espumante a sair para o mercado foi feito com uvas “pinot noir” da Bairrada e do Douro, em partes iguais, da colheita de 2007. A vinificação foi separada e o processo de espumantização foi concluído nas Caves Transmontanas, em Alijó, a "casa" de Celso Pereira. Foram feitos até agora, sempre da mesma forma, espumantes de três colheitas, 2007, 2008 e 2009, com produções em torno das 6.500 garrafas. "E em 2010 voltará a ser feito", anuncia Carlos Campolargo.

O perfil do espumante CCCP é ao gosto dos dois parceiros: bruto, com acidez elevada, feito a partir de uvas vindimadas muito cedo, expressamente para a elaboração de espumantes, com grau de álcool potencial muito baixo e gastronómico."Não gostamos nada de açúcar nos espumantes, em minha casa não faço espumantes senão brutos. Interessa-nos o vinho por detrás do espumante", diz Carlos Campolargo.

Quanto ao método, explica ainda o produtor bairradino, parece simples: "Ele trata de fazer o vinho base dele e eu o meu. Quando chega à altura de fazer o lote, aí temos de discutir um bocado". E discutem muito? "CCCP não quer dizer União das Repúblicas Socialistas Soviéticas", repete Carlos Campolargo.

JN
 
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