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Bashar al-Assad luta pela sobrevivencia

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Forças de Damasco lançam contraofensiva em Hama


O Exército sírio lançou hoje uma contraofensiva para fazer recuar os rebeldes que se aproximam de Hama, no centro da Síria, depois de terem tomado a maior parte de Alepo (norte), a segunda cidade do país.

Notícia



Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), "as forças do regime lançaram uma contraofensiva" com apoio aéreo numa operação que começou durante a madrugada.



De acordo com a organização não-governamental com sede em Londres, as tropas governamentais conseguiram fazer recuar os combatentes da coligação rebelde dominada pelo grupo radical islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que tinham chegado à periferia de Hama, a quarta maior cidade da Síria.


A OSDH tem uma vasta rede de colaboradores e informadores na Síria desde o início da guerra civil, em 2011.


De acordo com o observatório, as forças governamentais recuperaram o controlo de duas aldeias vizinhas e conseguiram "fazer recuar o HTS cerca de 10 quilómetros" da cidade de Hama.


Entretanto, a agência noticiosa oficial síria Sana indicou que o Exército estava a prosseguir as operações contra "organizações terroristas" na província de Hama.


A agência oficial acrescentou que "as unidades do Exército estão envolvidas em violentos confrontos" com os rebeldes no nordeste e noroeste da cidade.



Citada pela Sana, uma fonte militar síria tinha indicado na terça-feira que meios militares tinham sido enviados para a cidade do centro da Síria, na estrada que liga Alepo à capital.


Durante a noite, a televisão síria mostrou imagens de Hama onde se viram polícias e soldados em praças desertas.



Segundo o OSDH, os combates também deslocaram "dezenas de famílias" de várias zonas do oeste e do norte da província de Hama.


A perda de Alepo, na semana passada, foi um revés para o regime de Bashar al-Assad.



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Presidente sírio decreta subida de 50% do salário de militares




O presidente sírio, Bashar al-Assad, promulgou hoje um decreto para um aumento salarial de 50% aos soldados de carreira, numa altura em que o exército enfrenta uma ofensiva relâmpago dos rebeldes no norte do país.




Notícia






Segundo a agência oficial síria Sana, que publicou o texto do decreto, a decisão do Presidente sírio não se aplica aos reservistas nem aos soldados reformados.



O anúncio surge no momento em que o exército tenta repelir o avanço em direção à cidade de Hama (centro) de uma coligação de rebeldes liderados por islamitas radicais, que tomaram nos últimos dias a maior parte de Alepo (norte), a segunda cidade da Síria.



Segundo as Nações Un idas, desde o início da guerra civil, em 2011, a moeda nacional perdeu mais de 99% do seu valor e mais de 90% da população da Síria vive abaixo do limiar da pobreza.



"Com um salário de 20 dólares por mês, as tropas estão desmotivadas e desmoralizadas", disse à AFP o analista Fabrice Balanche.
O exército sírio é geralmente composto por voluntários, recrutas e reservistas.



Antes da guerra, o efetivo militar sírio era estimado em cerca de 300.000 homens.



Mas em 2015, os peritos militares ocidentais estimaram que tinha perdido metade dos efetivos devido a mortes e deserções durante o conflito.





O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) anunciou hoje que 16 pessoas foram mortas em combates no leste da Síria, onde as forças do regime reivindicaram terem repelido um ataque de combatentes aliados das forças curdas.



Os confrontos surgem no momento em que uma coligação liderada por extremistas islâmicos lançou uma ofensiva relâmpago no noroeste da Síria, a 27 de novembro, tomando dezenas de cidades e uma grande parte de Alepo.



A província de Deir Ezzor, no extremo leste da Síria, está dividida entre as forças do regime de al-Assad, que detêm a margem ocidental do rio Eufrates, e os combatentes locais integrados nas Forças Democráticas Sírias (FDS, dominadas pelos curdos), que controlam a margem oriental.



Hoje prevaleceu uma "calma relativa" depois de as forças do regime terem repelido um ataque lançado por combatentes aliados às forças curdas, segundo o OSDH.




Os combates, que começaram na terça-feira de manhã, foram acompanhados por ataques aéreos dos Estados Unidos em apoio às forças aliadas das FDS, acrescentou o observatório.



Os confrontos fizeram "16 mortos, incluindo dois civis, onze soldados e combatentes de grupos pró-regime", assim como três combatentes das FDS.




Apoiadas por uma coligação internacional liderada por Washington, as FDS lideram a luta contra os radicais do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria.



Os combates descritos pelo OSDH ocorreram perto da base da Conoco, onde estão estacionadas as tropas norte-americanas.



Esta zona alberga sete aldeias detidas pelas forças governamentais, as únicas que estão sob controlo do regime na margem oriental do Eufrates, segundo o OSDH, organismo como sede em Londres.



Na terça-feira, os Estados Unidos reivindicaram a responsabilidade pelos ataques em Deir Ezzor, sem especificar nem o setor nem o alvo.
As forças norte-americanas destruíram lançadores de foguetes de artilharia, um carro de combate e morteiros.



"Continuamos a examinar quem utilizou estas armas, mas é preciso saber que há grupos pró-iranianos na zona que realizaram ataques no passado", declarou o porta-voz do Departamento da Defesa dos Estados Unidos.



Desencadeado em 2011 pela repressão de manifestações contra o poder, o conflito na Síria envolve atualmente uma multiplicidade de beligerantes, apoiados por várias potências regionais e internacionais, que controlam zonas de influência num país fragmentado.



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Erdogan apela a al-Assad para que encontre "solução política" com urgência


O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, apelou hoje, numa conversa com o secretário-geral da ONU, ao homólogo sírio, Bashar al-Assad, para que encontre "urgentemente" uma "solução política" para a situação na Síria.





Notícia







"O regime sírio tem de se comprometer urgentemente com o seu povo em prol de uma solução política global", afirmou o chefe de Estado turco durante uma conversa telefónica com António Guterres, segundo um comunicado da Presidência turca.




"Erdogan disse que a Turquia estava a trabalhar para reduzir as tensões, proteger os civis e abrir caminho para o processo político, e que iria continuar a fazê-lo", disse a Presidência turca, sublinhando que "o conflito sírio atingiu uma nova fase".



"O maior desejo da Turquia é que a Síria não caia numa maior instabilidade e não sofra mais vítimas civis", acrescentou o comunicado.
A Turquia, que partilha uma longa fronteira com a Síria, acolhe cerca de três milhões de refugiados sírios.



Vários grupos rebeldes e 'jihadistas' lançaram a 27 de novembro uma ofensiva militar de grande escala no noroeste da Síria.



Uma aliança, liderada pela Organização de Libertação do Levante (OLL) - antiga afiliada da Al-Qaida na Síria - e composta também por fações pró-turcas alcançou desde então o controlo das cidades de Idlib, Alepo - a segunda maior cidade síria depois de Damasco - e, hoje, Hama.



Os confrontos são os primeiros desta envergadura há vários anos na Síria, onde as hostilidades tinham globalmente cessado entre os beligerantes apoiados por várias potências regionais e internacionais com interesses divergentes na guerra civil que começou no país em 2011.



Mais de 700 pessoas foram mortas na última semana, incluindo mais de uma centena de civis, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).



Israel também tem realizado repetidos bombardeamentos na Síria. As autoridades israelitas afirmam que os ataques servem para atingir os grupos pró-iranianos que agem a partir do território sírio.



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Hezbollah diz que "estará ao lado" de Damasco para impedir ofensiva rebelde


O secretário-geral do grupo xiita libanês Hezbollah, Naim Qassem, garantiu hoje que o grupo estará ao lado da Síria para "frustrar os objetivos" da ofensiva insurgente lançada a 27 de novembro contra posições do regime do Presidente Bashar al-Assad.




Notícia






"A agressão na Síria é patrocinada pelos Estados Unidos e por Israel. Estes grupos 'takfiri' [extremistas] são instrumentos que estão a utilizar para tentar destruir a Síria. Estaremos ao lado da Síria para pôr termo a esta agressão", declarou o líder do Hezbollah num discurso transmitido pela televisão, sem especificar de que forma.




"Não conseguirão atingir os objetivos [...] E nós, Hezbollah, estaremos, tanto quanto possível, ao lado da Síria para derrotar os objetivos dos rebeldes", frisou.




O Hezbollah, apoiado por Teerão, é um dos principais aliados de al-Assad e participou ao lado do exército sírio e das milícias iranianas nas várias ofensivas lançadas durante os últimos 13 anos de guerra contra as fações da oposição.



A formação armada libanesa desempenhou um papel importante na batalha para dominar Alepo, que decorreu entre 2012 e 2016, levando à destruição da cidade que era o coração do tecido industrial do país.



Mas o envolvimento atual do grupo está em causa devido às perdas que sofreu durante a guerra com Israel no Líbano durante mais de um ano e agora num impasse após as tréguas anunciadas na passada quarta-feira no país.



A coligação de insurrectos, liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham, ou HTS, em árabe), lançou a ofensiva ao lado dos rebeldes apoiados pela Turquia a 27 de novembro (no mesmo dia em que Israel e o Hezbollah assinaram um acordo de cessar-fogo no Líbano) e, desde então, capturou um grande número de cidades, entre elas Alepo e Hama.



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Síria: Líder rebelde apela ao Iraque para se manter afastado do conflito


O líder rebelde sírio, Abu Mohammed al-Julani, cujos combatentes lançaram uma ofensiva contra as forças do Presidente Bashar al-Assad na Síria, apelou hoje ao vizinho Iraque para se manter afastado do conflito.




Notícia






Numa mensagem ao primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Chia al-Soudani, o rebelde sírio pediu-lhe que evitasse que "o Iraque entrasse na nova fornalha que está a acontecer na Síria".




Abu Mohammed al-Julani dirige o grupo radical islamita Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que lidera a coligação de rebeldes na ofensiva contra o poder sírio.



O responsável do HTS apelou ainda a Soudani para "impedir que o Hachd al-Chaabi intervenha no que está a acontecer na Síria", numa referência a uma aliança de antigos grupos paramilitares apoiados pelo Irão e integrados durante vários anos nas forças armadas iraquianas.




"Há muitos receios e ideias -- que alguns políticos iraquianos acreditam -- de que o que está a acontecer na Síria se vai espalhar ao Iraque.



Afirmo firmemente que isto é completamente falso", insistiu numa mensagem de vídeo publicada no canal Telegram dos rebeldes.



O poderoso grupo armado iraquiano pró-Irão Kataeb Hezbollah, que faz parte do Hachd al-Chaabi, apelou na segunda-feira a Bagdade para enviar tropas para a Síria em apoio das forças governamentais.



O Kataeb Hezbollah já combateu na Síria ao lado de forças leais a Assad.



Na segunda-feira, o Iraque indicou ter enviado veículos blindados para reforçar a segurança ao longo da sua fronteira de 600 quilómetros com a Síria.



No sábado, Soudani disse a Assad que a segurança do seu país era essencial para a estabilidade de toda a região.



O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma organização não-governamental sediada no Reino Unido, informou na segunda-feira sobre o envio de cerca de 200 combatentes iraquianos pró-iranianos para a província de Alepo, na Síria, para apoiar as forças governamentais, que perderam o controlo da cidade homónima no domingo.



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Forças extremistas islâmicas aproximam-se da cidade de Homs, sul da Síria


As forças dos grupos extremistas islâmicos na Síria avançaram em direção a Homs e estão hoje a cinco quilómetros da terceira cidade do país, depois de terem tomado o controlo da cidade de Hama, na quinta-feira.





Notícia






As informações sobre as movimentações no terreno foram obtidas pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma organização não-governamental com sede em Londres e que dispõem de uma vasta rede de contactos na Síria.




Nas últimas horas, os rebeldes liderados pelos extremistas islâmicos do Hayat Tahrir al-Sham (HTS) "entraram nas cidades de Rastan e Talbisseh", situadas na província de Homs, na ausência total das forças do regime, acrescentou o OSDH.




De acordo com as mesmas informações, as forças extremistas estão hoje "a cinco quilómetros de Homs".



A mesma organização indicou ainda que a população civil abandonou a cidade de Homs na quinta-feira depois de os extremistas terem capturado a cidade estratégica de Hama, situada nas proximidades, numa ofensiva que representou um duro golpe para o governo de Bashar al-Assad.



Hama, situada a sul de Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, controla a estrada para Homs, cerca de 40 quilómetros a sul, e para a capital Damasco.



O Observatório Sírio dos Direitos Humanos indicou ainda que se registaram ataques aéreos na autoestrada Al-Rastan, na rota Hama-Homs, à medida que as forças islâmicas avançavam.



Na quinta-feira à noite, dezenas de milhares de habitantes de Homs, principalmente membros da comunidade alauita (a que pertence o Presidente sírio), foram vistos a fugir em direção à costa ocidental, segundo o OSDH.



Em 27 de novembro, os rebeldes liderados pelos extremistas islâmicos do Hayat Tahrir al-Sham lançaram uma ofensiva surpresa a partir do reduto em Idlib (noroeste), tomando dezenas de cidades e a maior parte de Alepo (norte) e Hama.



As hostilidades fizeram mais de 800 mortos, segundo a organização não-governamental.



O ministro da Defesa sírio, Ali Abbas, afirmou na quinta-feira que a retirada das tropas governamentais de Hama foi "uma medida tática temporária".




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Forças islâmicas da Síria dizem que objetivo da ofensiva é derrubar Al Assad


O líder das forças islâmicas na Síria declarou hoje que o objetivo da ofensiva relâmpago no país é o derrube do regime do Presidente Bashar al-Assad.





Notícia






"Quando falamos de objetivos, o objetivo da revolução é derrubar este regime. Temos o direito de utilizar todos os meios necessários para atingir este objetivo", declarou Abu Mohammed al-Jolani à CNN.




A entrevista à cadeia de televisão norte-americana vai ser transmitida hoje.



No terreno, as forças dos grupos extremistas islâmicos na Síria avançaram em direção a Homs e estão a cinco quilómetros da terceira cidade do país, depois de terem tomado o controlo da cidade de Hama, na quinta-feira.



As informações sobre as movimentações no terreno foram obtidas pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma organização não-governamental com sede em Londres e que dispõem de uma vasta rede de contactos na Síria.



Nas últimas horas, os rebeldes liderados pelos extremistas islâmicos do Hayat Tahrir al-Sham (HTS) "entraram nas cidades de Rastan e Talbisseh", situadas na província de Homs, na ausência total das forças do regime, acrescentou o OSDH.




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Israel reforça tropas nos Montes Golã devido a ofensiva rebelde


O Exército israelita anunciou hoje um "reforço" do seu destacamento nos Montes Golã devido à grande ofensiva lançada na semana passada por grupos rebeldes e islamitas na Síria, sublinhando que "não permitirá qualquer ameaça" perto da sua fronteira.




Notícia







"Tendo em conta a análise da situação em curso desde ontem (quinta-feira) no Estado-Maior e no Comando do Norte e a evolução dos combates internos na Síria, foi decidido reforçar as forças aéreas e terrestres no setor dos Montes Golã", declarou o Exército israelita em comunicado.




"As Forças de Defesa de Israel (FDI) estão a acompanhar a evolução dos acontecimentos e a preparar-se para todos os cenários, tanto de ataque como de defesa", lê-se na nota, que acrescenta: "Não permitiremos ameaças perto da fronteira de Israel".



No comunicado, o Exército israelita precisa ainda que "as FDI trabalharão para desarticular qualquer ameaça aos cidadãos de Israel", referindo que as suas forças "estão posicionadas na zona fronteiriça e preparadas para vários cenários".



Os Montes Golã são um território que Israel tomou à Síria durante a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973) e que anexou efetivamente em 1981, uma ação não reconhecida pela comunidade internacional.



A ofensiva na Síria, lançada a 27 de novembro a partir da província de Idlib e liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS, em árabe), permitiu aos 'jihadistas' e aos rebeldes chegarem às imediações de Homs, no centro do país, depois de terem tomado Alepo e Hama, perante a retirada das tropas governamentais, apoiadas pela Rússia e pelo Irão.



A ofensiva, que na realidade são duas combinadas -- "Dissuadir a Agressão", lançada pelo HTS, e "Amanhecer da Liberdade", liderada pelos rebeldes sírios - é a primeira em grande escala desde que os Presidentes turco e russo, Recep Tayyip Erdogan e Vladimir Putin, respetivamente, acordaram, em 2020, um cessar-fogo após meses de combates em Idlib.



Esta ofensiva é a primeira em que as forças da oposição conquistam território em Alepo desde 2016, quebrando o impasse de uma guerra civil iniciada em 2011 e que, formalmente, nunca terminou.


O reacendimento do conflito, que já matou mais de 300.000 pessoas e fez sair do país quase seis milhões de refugiados, tem também amplas ramificações na região.




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Jordânia fechou o posto fronteiriço de Jaber devido à ofensiva rebelde


O ministro do interior da Jordânia anunciou hoje o encerramento do posto fronteiriço de Jaber com a Síria, devido às "condições de segurança" no país após a ofensiva contra o governo de Bashar al-Assad, informaram fontes oficiais.





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"De acordo com a decisão, os jordanos e os camiões jordanos serão autorizados a regressar ao território do reino, enquanto o tráfego será proibido para os que partem para o território sírio", disse o ministro Mazin Al-Farrayeh, segundo a agência noticiosa oficial jordana Petra.




A ofensiva dos insurgentes, liderada pelo grupo islamita Organização para a Libertação do Levante (herdeiro do antigo afiliado sírio da Al-Qaeda), começou na semana passada a partir do noroeste da Síria e avança agora em direção à cidade de Homs, no centro do país.



Uma ofensiva lançada quando foi estabelecido um frágil cessar-fogo no Líbano entre Israel e o Hezbollah, um movimento pró-iraniano aliado do presidente sírio, Bashar al-Assad. A guerra no Líbano fez com que centenas de milhares de pessoas fugissem para a Síria.



Desde o início da ofensiva rebelde, a 27 de novembro, cerca de 280 mil sírios foram deslocados na Síria e espera-se que chegue a 1,5 milhões de pessoas deslocadas, de acordo com as Nações Unidas.



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Rússia recomenda a saída aos seus cidadãos perante avanços dos rebeldes


As autoridades russas recomendaram hoje aos seus cidadãos na Síria que abandonem o país, perante o rápido avanço dos grupos rebeldes numa ofensiva lançada na semana passada contra as tropas governamentais.




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"Devido à difícil situação militar e política na Síria, a Embaixada da Rússia em Damasco lembra aos cidadãos russos que vivem na Síria a possibilidade de deixar o país em voos comerciais através de aeroportos operacionais", afirmou a diplomacia russa, num comunicado.



A Rússia - um dos principais aliados da Síria - realizou bombardeamentos nos últimos dias para tentar conter a ofensiva lançada em 27 de novembro a partir de Idlib, embora 'jihadistas' e rebeldes tenham feito avanços territoriais importantes, tomando Alepo e Hama, e ameaçando Homs.



Uma operação liderada pelos 'jihadistas' avança em direção ao sul da Síria, onde já tomaram a cidade de Hama e estão às portas de Homs.



Uma outra operação, liderada pelo Exército Nacional Sírio - e que reúne várias fações rebeldes apoiadas pela Turquia -- avança em direção ao nordeste do país, especialmente na província de Alepo.




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Exército confirma retirada das unidades em 2 províncias do sul da Síria


O exército sírio confirmou hoje que retirou as suas unidades das províncias de Deraa e Al Sueida, no sul da Síria, depois de elementos alegadamente terroristas terem atacado postos de controlo, e impôs um cordão de segurança nessas áreas.




Notícia







Em comunicado, o exército informou que as forças que operam em Deraa e Al Sueida implementaram uma retirada e estabeleceram um cordão defensivo e de segurança depois de elementos terroristas terem atacado os postos de controlo do exército com o objetivo de distrair as Forças Armadas que começaram a recuperar o controlo em Homs e Hama.




O novo posicionamento do exército sírio ocorre depois de fações locais terem tomado na sexta-feira a cidade de Deraa, capital da província com o mesmo nome, e que foi berço das revoltas populares de 2011 no âmbito da chamada 'Primavera Árabe'.



Também o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), na noite de sexta-feira, informou que as fações locais assumiram o controlo de mais de 90% de Deraa, incluindo a cidade com o mesmo nome.



Na cidade vizinha de Soueida, segundo o Observatório e meios de comunicação locais, o governador, os chefes da polícia e dos serviços prisionais, bem como o chefe da secção regional do partido Baath, no poder, tinham abandonado os gabinetes como autoridades locais depois de os combatentes assumirem o controle de vários postos.



Depois de tomar Aleppo, a grande cidade do norte, e Hama, no centro, em menos de uma semana, os rebeldes avançaram em direção a Homs, a 150 quilómetros a norte da capital, o maior avanço em 13 anos de guerra.



A província de Deraa foi o berço da revolta de 2011 contra o regime do Presidente Bashar al-Assad, mas regressou ao controlo governamental em 2018 ao abrigo de um acordo de cessar-fogo mediado pela Rússia, aliado do regime sírio.



Esta província tem sido assolada por distúrbios nos últimos anos, com ataques frequentes, confrontos armados e assassinatos, alguns dos quais reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.



O recrudescimento da guerra na Síria obrigou pelo menos 370 mil pessoas a fugir das suas casas, avançou na sexta-feira o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, agravando a situação de um país onde se contam mais de 7,2 milhões de deslocados internos e mais de 5,5 milhões de refugiados espalhados sobretudo pelos países vizinhos.



Depois de mais de uma década de conflito, a Síria continua a constituir a maior crise de refugiados do mundo, destacou o porta-voz.




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"A Síria não pertence à família Assad". Povo celebra queda do regime


Tiros de celebração e invocações religiosas ouviram-se nos altifalantes das mesquitas, em Damasco, que ainda a recuperar da notícia da "fuga" do presidente Bashar al-Assad, acordou na madrugada de domingo sob o controlo dos rebeldes.





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Segundo testemunhas contactadas pela AFP, várias dezenas de pessoas reuniram-se na Praça Umayyad, no centro de Damasco, para celebrar a queda do clã Assad, no poder há mais de meio século, num país dilacerado por uma mortífera guerra civil desde 2011.




"Há muito tempo que esperávamos por este dia", disse Amer Batha, que falou à AFP por telefone a partir da Praça Umayyad, num país governado com mão de ferro por um governo que reprimiu toda a dissidência e sufocou as liberdades públicas.



"Não posso acreditar que estou a viver este momento", disse este sírio, desfeito em lágrimas: 'Este é o início de uma nova história para a Síria'.



Noutra praça pública no centro de Damasco, dezenas de residentes pisaram uma estátua de Hafez al-Assad, pai de Bashar, enquanto gritos de "Allah Akbar" ("Deus é Grande") soavam para expressar a alegria da multidão, depois de a derrubarem e esmagarem, de acordo com as imagens da AFPTV.



"A Síria é nossa, não pertence à família Assad", gritavam homens armados de grupos rebeldes em algumas ruas de Damasco, disparando para o ar em sinal de alegria.



Os soldados do regime despiram apressadamente os seus uniformes do exército sírio à medida que deixavam o quartel-general na Praça Umayyad, disseram à AFP residentes locais.


Para ilustrar a debandada que acompanhou a ofensiva relâmpago dos rebeldes na capital, as instalações da televisão e da rádio públicas foram abandonadas pelos funcionários públicos, segundo um antigo empregado.


A alguns quilómetros de distância, na pitoresca Damasco antiga, onde vivem muitas famílias cristãs, jovens sírios nas ruelas estreitas entoavam "o povo sírio está unido", uma mensagem destinada a tranquilizar as minorias de um país multi-confessional atingido por 13 anos de uma guerra civil mortífera e devastadora.



Noutro bairro, Chaghour, mulheres nas varandas gritavam de alegria, enquanto outras atiravam arroz à passagem dos combatentes armados.
"Não posso acreditar que, a partir de agora, não terei mais medo", disse à AFP Ilham Basatina, uma fervorosa mulher de 50 anos, empoleirada na sua varanda em Chaghour.



"Hoje, a nossa alegria é imensa, mas só será completa quando o criminoso for julgado", disse, referindo-se a Bashar al-Assad.



Antes do amanhecer, a capital foi abalada por cinco fortes explosões de origem desconhecida, provavelmente fogo de artilharia ou explosões em armazéns de munições, segundo um soldado em fuga, que falou sob condição de anonimato.



"O nosso superior direto informou-nos que tínhamos de nos retirar e ir para casa", disse à AFP: "Percebemos que estava tudo acabado".
Nas redes sociais, jornalistas, funcionários públicos e deputados não tardaram a mudar as suas fotografias de perfil, optando por exibir a bandeira da oposição.



"A culpa não é dos jornalistas e da imprensa síria", explica o chefe de redação do diário pró-governamental Al-Watan, Waddad Abd Rabbo.
"Todos nós estávamos apenas a cumprir ordens e a publicar as informações que nos enviavam", referindo-se às autoridades.



No Facebook, o ator sírio Ayman Zidan admitiu que estava a "delirar".



"Se calhar éramos prisioneiros de uma cultura do medo. Ou tínhamos medo da mudança, porque pensávamos que ela nos levaria ao derramamento de sangue e ao caos", acrescentou.


"Mas aqui estamos no limiar de uma nova era, com homens que nos impressionaram com a sua nobreza e uma cultura de perdão e o desejo de restaurar a unidade do povo sírio", continua, referindo-se aos rebeldes.



Nas ruas de Damasco, estes rebeldes, vestidos com fardas militares, ajoelham-se para beijar o chão com emoção ou para rezar. Outros tiravam fotografias de si próprios, enquanto os fortes tiros não paravam de soar.




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Trump diz que al-Assad "fugiu" de Damasco após perder o apoio da Rússia


O presidente sírio, Bashar al-Assad, "fugiu" da Síria depois de perder o apoio da Rússia, seu protetor, afirmou hoje o chefe de Estado eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na plataforma social Truth.




Notícia






"Al-Assad foi-se embora. Ele fugiu do seu país. O seu protetor, a Rússia, liderada por [o presidente] Vladimir Putin, já não o queria proteger", escreveu Trump, que tomará posse em 20 de janeiro de 2025.




Segundo Trump, a Rússia "perdeu todo o interesse na Síria por causa da Ucrânia, onde cerca de 600.000 soldados russos estão feridos ou mortos, numa guerra que nunca deveria ter começado e que pode durar para sempre".




"A Rússia e o Irão estão atualmente enfraquecidos, um por causa da Ucrânia e de uma má economia, o outro por causa de Israel e dos seus sucessos em combate", acrescentou Trump.



Rebeldes liderados por islamitas radicais anunciaram na televisão estatal síria a queda de al-Assad e a "libertação" da capital Damasco, após uma ofensiva relâmpago que pôs fim a mais de cinco décadas de domínio da família Assad.



"Assad deixou a Síria através do aeroporto internacional de Damasco antes de os membros das forças armadas e de segurança abandonarem" o local, disse à AFP o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane.



Com o apoio militar da Rússia, do Irão e do movimento Hezbollah, al-Assad reconquistou uma grande parte do país em 2015 e a totalidade de Alepo em 2016, cuja parte oriental tinha sido tomada pelos rebeldes em 2012.




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Rebeldes na Síria anunciam na televisão pública queda do "tirano" Assad


Grupos rebeldes anunciaram hoje, num discurso na televisão pública síria, a queda do 'tirano' Bashar al-Assad, garantindo que libertaram todos os prisioneiros detidos 'injustamente' e apelando aos cidadãos e combatentes que preservem as propriedades do Estado.





Notícia






Nove pessoas apareceram no écrã da televisão pública, tendo um deles lido um comunicado de imprensa, atribuído à "célula de operações para a libertação de Damasco", que anunciava "a libertação da cidade de Damasco, a queda do tirano Bashar al-Assad, a libertação de todos os prisioneiros injustamente (detidos) nas prisões do regime".



O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) anunciou também hoje que o presidente sírio, Bashar al-Assad, deixou o país, perante a ofensiva rebelde.



"Assad deixou a Síria [e saiu] pelo aeroporto de Damasco, antes da retirada dos membros das forças armadas e de segurança" do local, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) o diretor da organização não-governamental, Rami Abdel Rahmane, referindo-se ao presidente da Síria, que dirige o país há 24 anos.



O grupo fundamentalista islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que lidera uma coligação rebelde na Síria, tinha anunciado ter começado a entrar em Damasco.



"As nossas forças começaram a entrar em Damasco", declarou o HTS numa mensagem na plataforma Telegram, após ter conquistado outras cidades no país.



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Bashar Al-Assad refugia-se em Moscovo onde tem à espera... vida de luxo?


Se uma fuga à vida normal pode parecer assustador, isso não acontece a al-Assad, que na Rússia possui um vasto património.




Notícia






O agora ex-presidente da Síria, Bashar al-Assad, a sua mulher e os seus três filhos viram-se obrigados a fugir do país, e terão rumado a Moscovo, na Rússia, onde Vladimir Putin lhes concedeu asilo político.



A vida da família, habituada ao luxo, foi tomada pelo terror, depois de o poder no país ter caído nas mãos de insurgentes maioritariamente islamitas liderados pela Organização de Libertação do Levante.



Porém, se uma fuga à vida normal pode parecer assustador, isso não acontece a al-Assad, que na Rússia possui um vasto património.


O ditador sírio, escreve o Daily Mail, comprou nos últimos anos cerca de 20 apartamentos de luxo, em Moscovo, que valem mais de 30 milhões de euros.


Assim, embora não se saiba se a família, incluindo os filhos de 24, 22, e 21 anos, vão viver num dos seus apartamentos ou numa residência do governo, prevê-se que luxo não irá faltar, tendo em conta as suas condições de vida anteriores e a sua riqueza herdada.



Queda de al-Assad na Síria é fracasso da Rússia de Putin. Porquê?



Queda de al-Assad na Síria é fracasso da Rússia de Putin. Porquê?



A cruzada da Rússia para salvar o líder sírio Bashar al-Assad terminou num fracasso e Vladimir Putin passou de novo árbitro do Médio Oriente a estratega que assiste à sua maior derrota geopolítica.



Recorde-se, por exemplo, que a família de Assad, os Makhlouf, chefiados pelo seu tio Mohammed Makhlouf, são há muito considerados a segunda família mais rica e importante da Síria, a seguir à sua, e possuem ativos significativos na Rússia.



A família possui vários apartamentos de luxo na capital russa, onde inclusive um dos filhos de Bashar estudou e se licenciou recentemente, provando assim a ligação entre a família e esta cidade.



Recorde-se que esta manhã o porta-voz do Kremlin confirmou que Vladimir Putin concedera asilo político ao sírio, negando-se porém a dar detalhes sobre a sua localização.



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Queda de al-Assad na Síria é fracasso da Rússia de Putin. Porquê?


A cruzada da Rússia para salvar o líder sírio Bashar al-Assad terminou num fracasso e Vladimir Putin passou de novo árbitro do Médio Oriente a estratega que assiste à sua maior derrota geopolítica.





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"O mundo inteiro ficou surpreendido com o que aconteceu [na Síria]. Nós não somos exceção", reconheceu hoje o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov.



A chegada de Bashar al-Assad no domingo à Rússia, onde obteve asilo político, é o sinal de um desastre que poderá ser ainda maior se Moscovo perder as bases militares que tem no noroeste do país árabe.




Trata-se da base aérea em Hmeimim e da base naval em Tartus, porta de entrada para o Mar Mediterrâneo.



Ambas são consideradas estratégicas para as operações militares russas no Médio Oriente e nos países do Sahel, uma faixa entre o Atlântico, a oeste, e o Mar Vermelho, a leste, e entre o deserto do Sara, a norte, e o Sudão, a sul.



Numa cerimónia de entrega de medalhas a soldados que combatem na Ucrânia, hoje, no Kremlin, os rostos estavam carregados, segundo a agência espanhola EFE: os altos funcionários russos não sabem como digerir o revés na Síria, pelo que se mantêm em silêncio.



Eis alguns dos aspetos importantes para a Rússia da queda do regime de Bashar al-Assad, numa análise da EFE:




Fraqueza aos olhos dos aliados e dos inimigos



Se o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, expôs a fragilidade do regime russo ao encenar uma revolta armada em junho de 2023, a queda de Bashar al-Assad em menos de duas semanas expõe a fraqueza da política externa russa.



Putin parece escolher mal os parceiros: o seu "inimigo íntimo" Recep Tayyip Erdogan, Presidente da Turquia, levou a melhor na Síria, enquanto o Irão perde cada vez mais terreno no Médio Oriente.



Os serviços secretos russos confirmaram a sua incapacidade ao não avisarem Moscovo dos rápidos desenvolvimentos no país árabe, tal como em 2022 informaram erradamente Putin de que os ucranianos não resistiriam à ofensiva russa.



A Rússia apresenta-se como porta-estandarte de uma nova ordem multipolar face ao monopólio ocidental, mas é incapaz de enfrentar a ameaça islamista, quer na Síria, quer no próprio país.



A cruzada lançada por Putin há 10 anos teve como resposta, em março, a morte de 145 pessoas no ataque a uma sala de concertos perto de Moscovo, o maior atentado terrorista no país nos últimos 20 anos.




Duas frentes, demasiadas para o Kremlin



Putin não só salvou o regime sírio em 2015, como também impediu, dois anos antes, que os Estados Unidos usassem o argumento das armas químicas sírias para invadir o país.



Moscovo pensou que os bombardeamentos dos aviões russos e a presença ameaçadora da sua frota no Mediterrâneo Oriental eram suficientes para manter as fações rebeldes à distância.



Na hora da verdade, o contingente russo revelou-se um "tigre de papel": sem forças regulares no terreno, recorreu a mercenários, que perderam claramente o fôlego desde a morte de Prigozhin.



As ilusões de grandeza de Putin custaram muito caro à Rússia: a guerra na Ucrânia já se arrasta há quase três anos e o exército russo, sobrecarregado pela corrupção, mostrou que não consegue combater em duas frentes ao mesmo tempo.



Nem o lançamento de mísseis hipersónicos dissuadiu Kiev, que atacou o território russo com mísseis ocidentais de longo alcance.



E se os russos estão a avançar no Donbass (leste da Ucrânia), ainda não expulsaram os ucranianos da região russa de Kursk.



A manifesta fraqueza pode tornar-se um problema para o Kremlin antes das esperadas negociações entre Putin e o futuro Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.




O futuro das bases está no ar



Numa tentativa desesperada, Moscovo estabeleceu, nos últimos dias, contactos com os rebeldes para evitar ataques às suas bases militares. No entanto, tudo o que conseguiu foram tímidas garantias de segurança.



"É prematuro falar sobre isso. Em todo o caso, será objeto de discussão com os detentores do poder na Síria", disse hoje o porta-voz do Kremlin.



Peskov admitiu que a situação na Síria era "extraordinariamente instável", mas acrescentou que os militares russos tomaram as "medidas de precaução" necessárias.



O aeródromo russo de Khmeimim recebeu dezenas de caças, caças-bombardeiros e helicópteros de assalto desde 2015, que também descolaram de aeródromos em Homs e Palmira.



A base de Tartus, a única base naval fora das fronteiras da Rússia e na qual Moscovo investiu enormes quantias de dinheiro desde 2012, acolheu vários navios de guerra, incluindo fragatas.



O encerramento de ambas as instalações seria um golpe para a Rússia, cuja frota mediterrânica não teria onde atracar, uma vez que o Tratado de Montreux impede o seu trânsito através do Estreito de Bósforo para as bases no Mar Negro.



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Líder rebelde quer perseguir criminosos de guerra do regime de Al-Assad


O líder da coligação rebelde que derrubou o regime do presidente da Síria Bashar al-Assad garantiu hoje que vai perseguir "criminosos de guerra" e prometeu anunciar em breve uma lista de alvos.





Notícia







"Não hesitaremos em responsabilizar os criminosos, assassinos, agentes de segurança e militares envolvidos na tortura do povo sírio", disse Ahmad al-Chareh, mais conhecido pela alcunha de guerra, Abu Mohammed al-Jolani.




"Perseguiremos os criminosos de guerra e exigiremos [a extradição] aos países para onde fugiram, para que recebam a justa punição", disse Al-Chareh, num comunicado divulgado nas rede sociais.



O presidente sírio Bashar al-Assad, que esteve no poder 24 anos, deixou o país perante a ofensiva rebelde e exilou-se na Rússia, de acordo com as agências de notícias russas TASS e Ria Novost.



"Vamos anunciar uma primeira lista que inclui os nomes dos principais envolvidos na tortura do povo sírio", disse o líder do grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS).



Al-Chareh indicou que serão oferecidas "recompensas a quem fornecer informações sobre altos funcionários militares e de segurança envolvidos em crimes de guerra".



"Afirmámos o nosso compromisso de tolerar aqueles que não têm as mãos manchadas com o sangue do povo sírio e concedemos amnistia aos que estavam em serviço obrigatório", referiu o comunicado.


"O sangue dos mártires inocentes e os direitos dos detidos são uma confiança que não permitiremos que seja desperdiçada ou esquecida", concluiu.



Na segunda-feira, Ibrahim al-Hadid, o secretário-geral do partido sírio Baath, que era liderado por Al-Assad, garantiu que vai "apoiar uma fase de transição na Síria, visando defender a unidade do país".


Ahmad al-Chareh encontrou-se, também na segunda-feira, com o ex-primeiro-ministro Mohammed al-Jalali para coordenar uma transição de poder garantindo a prestação de serviços" à população síria, anunciou o HTS.



Também esteve presente no encontro o primeiro-ministro que lidera o "Governo de Salvação" do bastião dos rebeldes no noroeste da Síria.



Antes, o movimento encarregou Mohamed al-Bashir, o líder do 'Governo de Salvação' - a administração de facto na província síria do norte de Idlib controlada pelo HTS - de formar um Governo de transição, noticiou a televisão síria, dirigida agora pela oposição.



Segundo a televisão síria, a reunião entre os líderes rebeles e o ex-primeiro-ministro destinou-se a evitar que o país entre num estado de caos depois da queda do regime.



O HTS, após a tomada de poder na Síria, lançou vários comunicados nos quais prometeu tolerância em relação aos seguidores de diferentes igrejas e confissões no país, e advertiu os membros de que devem evitar maus-tratos ou agressões aos civis.




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Nomeado primeiro-ministro interino após a queda de Bashar al-Assad


O político Mohammed al-Bashir foi nomeado primeiro-ministro interino do governo sírio de transição até março, informou a televisão síria, agora controlada pelas forças que derrubaram o regime de Bashar al-Assad.





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"O governo interino da fase de transição tem a duração de três meses, sob a presidência de Mohamed al-Bashir", disseram à televisão fontes da Administração Política Síria, após uma sessão do Conselho de Ministros em que os poderes do gabinete do antigo regime foram transferidos para um novo executivo.





A reunião, em que não participaram os responsáveis pela tutela das áreas do Interior e da Defesa, contou com a presença do antigo primeiro-ministro sírio, Mohamed Ghazi al-Khalali, e de al-Bashir, entre outros, para efetuar a transferência de pastas e "pôr em marcha os trabalhos".




"Esta missão foi atribuída pelo Comando Geral. Fomos encarregados de dirigir o governo sírio até 01 de março de 2025", disse al-Bashir numa declaração transmitida pela cadeia de televisão saudita Al Arabiya.




O novo governo de transição começará a tomar medidas relacionadas com a segurança, tais como "a dissolução das autoridades de segurança e a revogação das leis sobre o terrorismo", embora não tenham sido dados mais pormenores.



Al-Bashir foi nomeado, em janeiro passado, chefe do "Governo de Salvação", uma administração em Idlib e noutras zonas que escaparam ao controlo do regime de Damasco, e ligado ao grupo islamita Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham - HTS, em árabe), que liderou a ofensiva de 12 dias que pôs fim aos 24 anos de poder de Bashar al-Assad.



Este "Governo de Salvação" é uma espécie de ramo político do grupo islamita.



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Estado Islâmico executou 54 soldados sírios que estavam em fuga


Um grupo de 54 soldados que fugiram durante a ofensiva dos rebeldes na Síria foi executado pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) no deserto central do país, informou hoje uma ONG.




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Os 54 soldados foram detidos no deserto da província de Homs por 'jihadistas' do EI enquanto "fugiam (...) durante a queda do regime de Bashar al-Assad", disse o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, especificando que o EI os executou a todos.




Depois de conquistar grandes áreas na Síria e no Iraque em 2014, nas quais proclamou um Califado, o EI sofreu sucessivas derrotas até ser eliminado, em 2019, na Síria.




Os combatentes que se retiraram para o vasto deserto sírio, no entanto, continuaram a realizar ataques sangrentos contra civis, forças governamentais e forças curdas.



Na segunda-feira, os Estados Unidos disseram estar empenhado em não deixar o EI reconstituir-se na Síria, após a captura da capital Damasco, no dia anterior, por rebeldes liderados pelos islamitas de Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que levou à queda do Presidente Bashar al-Assad.



Alguns especialistas temem que o EI aproveite a fase de transição na Síria para se reconstituir no deserto.




O Observatório Sírio para os Direitos Humanos - com sede no Reino Unido, mas que conta com uma vasta rede de fontes na Síria - reportou pouca resistência durante a ofensiva rebelde, por parte das forças governamentais, que estavam exaustas após anos de conflito, em certas zonas do país.



Os rebeldes declararam a 08 de dezembro Damasco 'livre' do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de uma ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islamita Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrubar o regime sírio.



Perante a ofensiva rebelde, Assad, que esteve no poder 24 anos, abandonou o país e asilou-se na Rússia.



No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baas foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.



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Curdos e rebeldes chegam a cessar-fogo no norte a Síria


As Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança armada liderada por curdos, anunciaram hoje um cessar-fogo com os rebeldes sírios apoiados pela Turquia para uma retirada "o mais rápida possível" de Manbech (norte).





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"Enquanto os nossos combatentes na cidade de Manbech continuam a resistência para impedir a expansão dos ataques a oeste do [rio Eufrates], chegámos a um acordo de cessar-fogo em Manbech com a mediação dos Estados Unidos para garantir a segurança dos civis", disse o líder das FDS, Mazlum Abdi.



Abdi indicou que o Conselho Militar de Manbech - integrado nas FSD e controlava a cidade situada no norte da província de Alepo - "que resiste aos ataques desde 27 de novembro, retirar-se-á da zona o mais rapidamente possível", de acordo com um comunicado.


Também a Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS), antiga afiliada síria da rede terrorista Al-Qaida que derrubou o regime do presidente Bashar al-Assad, anunciou que conquistou às FDS a cidade de Deir al Zur, no nordeste da Síria e capital da província com o mesmo nome.


O tenente-coronel Hasan Abdelghani, porta-voz militar da coligação liderada pelo HTS, garantiu que as forças rebeldes "tomaram o controlo total da cidade de Deir al Zur".


Abdelghani indicou que os soldados continuam a avançar nos arredores de Deir al Zur, situada a leste do rio Eufrates, "depois de assumir o controlo do centro da cidade, bem como da periferia ocidental e oriental".


Na terça-feira, as FDS tinham começado a retirar-se de Deir al Zur.


Na cidade, está o grupo fundamentalista Estado Islâmico (EI) e seguidores do regime que são semelhantes" ao EI, frisou Farhad al Shami, porta-voz das FDS, que acrescentou que esta é a razão pela qual "se retiraram".


"Agora a situação está estável na população", garantiu o porta-voz da aliança, apoiada pelos Estados Unidos, sem adiantar mais pormenores.
No sábado, o HTS anunciou que tinha entrado na cidade.


Na sexta-feira, as FDS tinham adiantado que o destacamento de unidades foram em Deir al Zur, depois da retirada do Exército Sírio e de milícias iranianas.


A aliança liderada pelos curdos sírios, e que também integra árabes e assírios, observou que a tomada da cidade foi realizada para a proteger de "grupos mercenários afiliados à ocupação turca", em referência à coligação rebelde, na qual estão os rebeldes apoiados por Ancara, bem como devido ao receio de que o EI se reagrupe e se expanda por todo o território.


Os rebeldes declararam, a 08 de dezembro, Damasco 'livre' do presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de uma ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islamita HTS, juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrubar o regime sírio.


Perante a ofensiva rebelde, Assad, que esteve no poder 24 anos, abandonou o país e exilou-se na Rússia.


No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.




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Líder supremo do Irão culpa EUA e Israel pela queda de al-Assad


O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, culpou hoje os Estados Unidos e Israel pela queda do Presidente sírio Bashar al-Assad, que era aliado de Teerão e fazia parte a aliança conhecida como "eixo da resistência".




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"Não há dúvida que os acontecimentos na Síria são o produto de um plano conjunto norte-americano-sionista", afirmou a mais alta autoridade política e religiosa do Irão no seu primeiro discurso após a fuga do Presidente sírio Bashar al-Assad para a Rússia.




Khamenei afirmou que Washington e Telavive são os "principais conspiradores" da deposição do chefe de Estado sírio.



"Temos provas disso. Estas evidências não deixam margem para dúvidas", denunciou no seu discurso, proferido a "milhares de pessoas" de diferentes áreas da sociedade iraniana na mesquita Imam Khomeini.



O religioso afirmou ainda que um "país vizinho da Síria teve um papel evidente" na deposição do Presidente sírio, numa aparente referência velada à Turquia, que apoia parte das milícias envolvidas na ofensiva rebelde que tomou o país.



O Irão foi um dos principais aliados de Al-Assad, a quem apoiou militar e economicamente ao longo dos anos e tinha aquilo a que chamava "conselheiros" militares em solo sírio.



O país árabe fazia parte do chamado "eixo da resistência", a aliança informal anti-Israel liderada pelo Irão e composta pelo grupo islamita palestiniano Hamas, pelo movimento xiita libanês Hezbollah, pelos Huthis do Iémen e por uma miríade de milícias no Iraque.



A Síria foi o único Estado que fez parte desta aliança e desempenhou um papel importante, porque deu ao Irão acesso direto ao Hezbollah.



"O analista desinformado, desconhecedor do verdadeiro significado da resistência, acredita que se a resistência enfraquecer, a República Islâmica do Irão também enfraquecerá", disse Khamenei.



"Digo que graças ao poder divino, e com a permissão de Deus Todo-Poderoso, o Irão é forte e poderoso e tornar-se-á ainda mais forte e poderoso", continuou a mais alta autoridade política e religiosa do Irão.



Esta aliança já tinha sofrido duros golpes desde o início da guerra de Israel em Gaza, como os assassínios do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, ou do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah.



Apesar disso, Khamenei insistiu que o "eixo da resistência" ressurgirá mais forte.



"Quanto mais crimes cometem, mais existe motivação [dos membros da aliança]. Quanto mais lutarem contra eles, [a resistência] espalha-se mais, e digo-vos que se Deus quiser, a resistência vai se espalhar por toda a região", garantiu.



Após a tomada da capital pela coligação liderada pelo grupo islamita Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham ou HTS, em árabe), a embaixada iraniana em Damasco foi saqueada no domingo, embora já tivesse sido desocupada.



Os rebeldes sírios declararam, em 08 de dezembro, Damasco 'livre' do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de uma ofensiva armada de uma coligação liderada pelo HTS, juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrubar o regime sírio.



Perante a ofensiva rebelde, Al-Assad, que esteve no poder 24 anos, abandonou o país e exilou-se na Rússia.



No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.



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Assad fugiu depois de Moscovo ter recusado pedido para criar mini-estado


O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) revelou hoje que o ex-presidente da Síria, Bashar al-Assad, fugiu do país depois de Moscovo lhe ter rejeitado um pedido para criar um "mini-estado" na costa mediterrânica síria.





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Citando "fontes fiáveis", a organização com sede no Reino Unido que dispõe de uma vasta rede de informadores na Síria, disse que a Rússia, principal aliado do presidente deposto, alegou que o pedido de Assad iria dividir a Síria.



A organização não especificou a cidade onde o ex-líder esperava criar o "mini-estado", embora se acredite que fosse Latakia e Tartus, onde a comunidade alauita, à qual pertence a família Assad, é maioritária, segundo a agência espanhola EFE.


A Rússia tem uma base naval em Tartus e uma base aérea em Latakia.


O OSDH disse que Assad esperava que o Irão, outro grande aliado do regime derrubado pelos rebeldes no domingo, o apoiasse "na guerra contra o seu povo".


"Mas as milícias iranianas abandonaram-no após a batalha de Alepo, tal como os russos (...) após a derrota das forças do antigo regime em Hama", acrescentou, referindo-se às primeiras vitórias militares dos rebeldes.


Bashar al-Assad fugiu com a família no domingo e pediu asilo político na Rússia, depois de uma coligação de rebeldes ter conseguido tomar Damasco e anunciado o fim de cinco décadas de poder da família do ex-presidente.


A coligação vitoriosa é liderada pela Organização Islâmica de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham, ou HTS, em árabe) e inclui fações pró-turcas.


Os rebeldes lançaram uma ofensiva relâmpago em 27 de novembro a partir da cidade de Idlib, um bastião da oposição, e conseguiu expulsar em poucos dias o exército de Assad das capitais provinciais de Alepo, Hama e Homs, abrindo caminho para Damasco.



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Rebeldes incendiaram túmulo de antigo Presidente Hafez al-Assad


O túmulo do antigo Presidente sírio Hafez al-Assad, localizado na sua aldeia natal, na costa do país, foi incendiado por combatentes rebeldes, de acordo com uma organização não-governamental.




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Localizado num mausoléu na região alauita de Latakia, o túmulo de Hafez al-Assad - que presidiu à Síria durante três décadas, até à sua morte em 2000 - foi incendiado por combatentes rebeldes, segundo o Observatório da Organização Síria de Direitos Humanos (OSDH).



"Homens armados que se fizeram passar por (soldados) do Comando de Operações Militares dispersaram-se pela cidade de Al Qardaha" e incendiaram o túmulo de Hafez esta madrugada, além de atacarem outros túmulos.



Até ao momento, não se sabe quais os danos causados ao mausoléu de Hafez, onde também estão sepultados outros membros da família al-Asad, como o seu filho Bassel, o primogénito, que morreu aos 32 anos num acidente de viação.



Segundo o Observatório, esta ação ocorreu depois de líderes do Comando de Operações Militares - da coligação insurgente que liderou a ofensiva que derrubou o Presidente derrubado Bashar al-Assad - se terem reunido com "figuras proeminentes de Al Qardaha", incluindo xeques tribais da minoria alauita - um ramo do Islão xiita professado pela família al-Assad - "para obter o seu apoio e restaurar a segurança na região".



Hafez al-Assad morreu no verão de 2000, depois de ter estado no poder e de ter governado a Síria com mão de ferro desde 1971.



Pai e filho estão sepultados num mausoléu com telhado branco adornado com textos do Corão e os seus caixões estão sob o chão de mármore.



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Queda de Assad obriga a reformulação do eixo de resistência do Irão


Um analista norte-americano defendeu hoje que a queda do regime sírio marca o fim do grande projeto iraniano no Levante, após Teerão ter apostado uma enorme energia e recursos ao longo da última década para construir a sua influência.





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Num artigo publicado no Council on Foreign Relations (um grupo de reflexão com sede em Nova Iorque), Nicholas Carl, investigador no Projeto de Ameaças Críticas do American Enterprise Institute (AEI), onde se especializou na República Islâmica do Irão, salienta que o fim do regime do clã al-Assad na Síria põe termo à intenção de Teerão em projetar forças para oeste e a transportar material para aliados em torno da periferia israelita.



Para Nicholas Carl, licenciado em Ciências Políticas pelo John Fisher College em Rochester, Nova Iorque, a súbita queda do poder de Bashar al-Assad priva Teerão do seu principal ponto de entrada no Levante e põe em causa os principais pressupostos e ideias que há muito sustentam a estratégia iraniana no Médio Oriente.



"Esta derrota ocorre numa altura em que os outros principais pilares da influência iraniana no Levante -- Hamas, na Faixa de Gaza, e Hezbollah, no Líbano -- estão seriamente enfraquecidos após meses de luta contra as Forças de Defesa de Israel (FDI). Esta dinâmica equivale ao colapso da frente ocidental do Eixo da Resistência", afirma Nicholas Carl.


Para o investigador, a queda de al-Assad vem, assim, "inverter os ganhos obtidos com a política iraniana em relação à Síria desde 2011".


"O Irão interveio no início da guerra civil síria para manter al-Assad no poder, alargar o acesso terrestre ao Hezbollah e evitar que o conflito pusesse em causa as redes do Eixo da Resistência no Iraque e no Líbano", sublinha o analista norte-americano.


Mais a mais, o major-general iraniano Qassem Soleimani, figura influente do regime de Teerão e que foi morto pelos Estados Unidos em janeiro de 2020 em Bagdad (Iraque), tinha organizado uma coligação militar com outros pilares do chamado Eixo da Resistência (como o Hamas ou o Hezbollah) para combater o chamado "Estado Islâmico" e a oposição síria, que comandou durante as fases mais sangrentas do conflito e que, mais tarde, viria a supervisionar o entrincheiramento das forças iranianas e das forças apoiadas pelo Irão na Síria a níveis sem precedentes.



Esta presença militar, que durou até à queda de al-Assad, prossegue o investigador norte-americano, permitiu ao Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC) "atuar livremente em grande parte do país e transportar armas para o Líbano e a Cisjordânia através da Jordânia".


O IRGC também tentou deslocar forças para perto dos Montes Golã, controlados por Israel, e instalar sistemas de defesa aérea e capacidades de ataque em toda a Síria, a fim de se defender e ameaçar Israel, acrescenta Nicholas Carl.


Nesse sentido, a queda de al-Assad "priva o Irão destes benefícios militares e estratégicos" e "prejudica gravemente os futuros esforços iranianos para reconstruir o Hamas e o Hezbollah".


"Os grupos da oposição que estão a consolidar o poder na Síria são hostis ao Irão, especialmente tendo em conta o papel histórico de Teerão no apoio a al-Assad e à sua brutalidade. O Irão poderá encontrar-se em termos abertamente adversos com o futuro governo sírio, dependendo dos grupos específicos que ganharem o controlo. Além disso, a expulsão da influência iraniana da Síria tornará extremamente difícil para o IRGC transferir os recursos necessários para ajudar o Hamas e o Hezbollah a recuperarem rapidamente em escala", sustenta.


O colapso da frente do Levante do Eixo da Resistência ocorre numa altura em que o próprio Irão está cada vez mais vulnerável, defende também Nicholas Carl, que refere que os ataques aéreos que as FDI realizaram no Irão, em outubro de 2024, interromperam a capacidade iraniana de produzir mísseis balísticos de propulsão sólida e neutralizaram os meios de defesa aérea iranianos mais avançados - os 'S-300' de origem russa.


Por outro lado, as autoridades iranianas enfrentam separadamente uma crise de segurança interna cada vez mais grave, "embora as discussões sobre uma possível revolução ou o derrube do regime sejam prematuras".


"Nos últimos anos, uma grande parte da população iraniana tem saído à rua para protestar contra a República Islâmica e apelar a uma mudança revolucionária. Os protestos tornaram-se mais coordenados e violentos, especialmente a partir de 2022, e aumentaram a capacidade do regime para os controlar, pois não mostram indícios de se transformarem numa insurreição. Mas impõem custos e pressões adicionais ao regime que comprometem a sua capacidade de responder como gostaria aos desafios externos", argumenta o analista norte-americano.


Além disso, segundo Nicholas Carl, o regime perdeu muitos dos principais líderes com quem contava para gerir esta miríade de crises externas e internas.


Nos últimos meses, as FDI mataram vários oficiais influentes do IRGC, que mereciam a confiança do líder supremo iraniano, em ataques aéreos em Damasco e Beirute, tendo também assassinado Ismail Haniyeh (líder político do movimento palestiniano Hamas), Yahya Sinouar (líder do Hamas) e Hassan Nasrallah (líder histórico do Hezbollah).


"Não é claro como os líderes iranianos responderão a estes desafios a longo prazo, mas é provável que, a curto prazo, deem prioridade à deslocação do centro de gravidade do Eixo da Resistência para leste, para o Iraque e o Iémen. O Irão está mais dependente do que nunca da capacidade dos seus representantes e parceiros para dissuadir os Estados Unidos e Israel", sustenta o investigador.


"E é provável que o Irão passe os próximos meses e anos a tentar aprofundar o seu controlo sobre estes grupos e a equipá-los com capacidades de ataque cada vez mais avançadas. É ainda provável que o Irão explore formas de impedir os esforços para desalojar os seus representantes e parceiros do Iraque e do Iémen", frisa.


Por isso, defende Nicholas Carl, os Estados Unidos devem agora "explorar a atual vulnerabilidade e fraqueza do Irão para fazer recuar o Eixo da Resistência no Iraque e no Iémen", que incluiria o aumento do apoio aos líderes iraquianos que desejam ver o seu país independente da influência e subversão iranianas, em vez de os abandonar.


"A cedência do Iraque e do Iémen daria ao Irão e ao seu Eixo da Resistência o espaço e o tempo necessários para recuperar. Teerão e os seus aliados podem estar em baixo, mas estão tão empenhados como antes em alcançar a hegemonia regional, destruir o Estado israelita e expulsar a influência norte-americana da região. E é por isso que os Estados Unidos e os seus aliados e parceiros na região devem capitalizar a dinâmica positiva criada pela queda de al-Assad", conclui.




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Celebra-se o fim da dinastia Assad na 1.ª noite sem recolher obrigatório


Milhares de pessoas celebraram hoje os momentos iniciais de liberdade no centro de Damasco, na primeira noite sem recolher obrigatório na capital síria desde a queda do longo reinado da família Assad: "Ganhámos o direito a ter esta vitória".





Notícia






A rotunda da Praça dos Omíadas, no coração de Damasco, transformou-se num carrossel de viaturas de todos os tipos, numa orquestra de buzinas e salvas de tiros para o ar e algum fogo de artifício, gritos de liberdade e palavras de gratidão divina e ainda hinos contra o regime tombado, tal como a bandeira tricolor de três estrelas, que simboliza o novo ciclo histórico na Síria.



"A nossa vitória significa liberdade", comenta Abdurrahman Al-Jazari, um homem de 43 anos que se juntou com a família às celebrações, que se prolongam desde domingo, após as forças de oposição sírias terem assumido o controlo da cidade, levando à fuga do Presidente Bashar al-Assad para a Rússia.


Nos últimos dois dias vigorou o recolher obrigatório noturno em Damasco, mas ao cair da noite de hoje era já claro que uma multidão em festa não tencionava recolher às suas casas, confluindo para a maior praça da cidade, iluminada com lâmpadas em néon com as cores da rebelião armada, em contraste com a negritude de uma capital a braços com cortes críticos de eletricidade.



Antes da operação relâmpago das forças rebeldes, que em 12 dias encerrou a dinastia de mais de cinco décadas de Bashar al-Assad e do seu pai, Hafez, qualquer manifestação no mesmo local "seria reprimida de imediato e os seus autores mortos sumariamente", segundo Abdurrahman Al-Jazari, enquanto toda a família executa gestos de tiros de metralhadora e de enforcamento.



Por outro lado, observa que os sírios "já não tinham vida nem muito a perder" e que a esta revolução traz um momento de "enorme felicidade inesperada", mas também a consciência de que as dificuldades não terminam de um dia para o outro, deixando o recado às novas autoridades para que "respeitem esta liberdade".



Para já, essa é uma sensação que Masha não tenciona desperdiçar enquanto perdura. "Estes são os nossos momentos", exclama a doméstica de 23 anos debaixo de uma abaya preta, enquanto reconhece que perdeu o medo de medir as palavras desde que os militares revoltosos saíram triunfantes de uma luta de décadas, tal como a sua irmã Anami, que remata o discurso: "Ganhámos o direito a ter esta vitória".



Os filhos de ambas acendem velas incandescentes, ao som de uma canção célebre de al-Sarout, um antigo futebolista sírio que se tornou combatente e autor de hinos anti-regime antes de ser morto em combate durante a guerra civil: "Céu, céu, céu (...) Pátria de grande coração, até o seu inferno é o paraíso".



É também ao inferno que as duas irmãs também se referem ao recordar um tio que acaba de ser libertado da infame prisão de Sednaya, nos arredores de Damasco, felizes pelo fim da sua clausura de duas décadas acompanhadas de tortura, a que "sobreviveu mas não muito". Está agora no hospital.



Na Praça dos Omíadas veem-se militares revoltosos das várias fações que se unificaram para fechar o cerco a Bashar al-Assad e que descarregam os carregadores das suas armas automáticas para o mesmo céu a que muitos manifestantes dirigem orações de gratidão e coros de "Alá é grande".



Ao contrário de vários testemunhos a dar conta da perda de esperança ao longo da mão de ferro da dinastia Assad que parecia sem fim, e agravada pelos últimos 13 anos da devastadora guerra civil que se seguiu à Primavera Árabe, dois combatentes rebeldes afirmam que nunca deixaram de acreditar.



Há duas semanas apenas, Asen Khalid Kedro, 24 anos, e Mohamed Salem, 22, encontravam-se ambos na frente de Alepo, segunda maior cidade do país, no extremo norte, e hoje à noite repousam as mãos sobre as suas armas em segurança, em contemplação de uma festa que ajudaram a criar.



Para ambos trata-se de um regresso a casa, na capital síria, ao fim de seis anos de serviço nas forças de oposição, que se precipitaram em poucos dias quase sem resistência do exército regular afeto ao regime, que em parte desertou: "Foi uma batalha fácil. Eles ofereceram-nos a vitória", descreve Asen.



Os dois militares rebeldes tencionam manter-se nas novas forças armadas, e Asen procura por seu lado conhecer o paradeiro do pai, preso há 12 anos e do qual nada sabe desde então, e dedicar o seu futuro combate à justiça, outra palavra cara nas celebrações de hoje em Damasco.



"Nunca quisemos sangue. Foi Assad que pediu esta guerra ao matar mulheres e crianças e usar as suas marionetas e armas químicas contra o seu povo", justifica o militar, ao frisar que "não há liberdade sem justiça", que passa por trazer o Presidente deposto a Damasco, fazê-lo responder pelos seus crimes e, no final, "enforcá-lo nesta mesma praça".



E foi justamente para celebrar o fim de "um regime criminoso e cruel" que Lama, 35 anos, partiu com a sua filha há vários dias de Idlib, no noroeste do país, perseguindo os avanços das forças revoltosas do movimento islamita HTS, chefiadas por Abu Mohammed al-Jolani, até estas se juntarem em Damasco ao Exército Livre da Síria, que tinha acabado de tomar a capital.



"A minha filha não conheceu mais nada a não ser a guerra", comenta Lama, assistindo à filha em pose com uma arma pedida emprestada a um soldado rebelde, antes de sentenciar que "quem procura a liberdade, a liberdade encontra". Para a adolescente de 14 anos, é "toda uma nova vida que se abre a partir de agora".




nm
 
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