• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Brasil: Floresta amazónica perdeu em Junho 870 km2

Satpa

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
9,473
Gostos Recebidos
1
Brasil: Floresta amazónica perdeu em Junho 870 km2

A desflorestação da Amazónia atingiu 870 quilómetros quadrados só em Junho deste ano, uma área um pouco superior à ilha portuguesa da Madeira, informou hoje uma relatório oficial em São Paulo (Brasil).

O documento, elaborado e baseado em fotos de satélite pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indica, mesmo assim, que a área desflorestada, em Junho, diminuiu 20 por cento em relação a Maio, quando foram destruídos 1.096 quilómetros quadrados.

A área desflorestada, entretanto, está acima dos 612 quilómetros quadrados inicialmente estimados por instituições não-governamentais, como o Imazon.

O INPE salientou, entretanto, que, no mesmo mês de Junho, 28 por cento do território da Amazónia esteve coberto por nuvens, área que, por essa razão, não foi observada pelo satélite.

Em Maio último, 46 por cento da área total da Amazónia não foi observada pelo satélite, também por causa da intensa concentração de nuvens na região.

No período em análise, o Estado do Mato Grosso, na região Centro-Oeste, um dos «campeões» da desflorestação, registou uma diminuição de 70 por cento da área destruída.

O Estado do Pará, na região Norte, por seu turno, apresentou um aumento de 91 por cento, para 499 quilómetros quadrados, segundo dados do INPE.

«Esse acréscimo no Pará pode ser explicado pela maior capacidade de observação neste mês, uma vez que em Maio apenas 41 por cento do estado pôde ser visto pelos satélites. Em Junho, a observação aumentou para 75 por cento da área do estado», referiu fonte do INPE.

Do total da área destruída encontrada, 92 por cento foi confirmada como desflorestação, sendo 66,7 por cento do tipo corte raso (total retirado da cobertura vegetal) e 25,3 por cento de degradação florestal.

Cerca de 8 por cento da área de 870 quilómetros quadrados foi considerada como «desflorestação não confirmada, salienta-se no relatório.

O INPE sublinhou ainda que o sistema de controlo por fotos de satélite regista apenas desflorestações de áreas acima de 25 hectares, devido designadamente à »cobertura de nuvens«.

No início do ano, o Governo brasileiro anunciou um conjunto de medidas para tentar conter a destruição da Amazónia, após a divulgação de dados comprovando a intensificação da desflorestação.

Entre as principais medidas tomadas destacam-se a divulgação das 36 cidades »campeãs em destruição«, a confiscação de rebanhos de gado em áreas irregulares desflorestadas e o reforço de acções de fiscalização.

Dados oficiais indicam que cerca de 17 por cento de toda a Amazónia brasileira, uma área equivalente a duas vezes a Alemanha, já foi desflorestada.

A Amazónia brasileira, uma das mais ricas do mundo em biodiversidade, ocupa uma área de 4,1 milhões de quilómetros quadrados, incluindo os estados do Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e partes do Mato Grosso, Tocantins e do Maranhão.


Diário Digital / Lusa
 
Topo