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Bruce Springsteen subiu ao palco dos Stones

kokas

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Set 27, 2006
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O dueto dos Stones com Springsteen

Foi a grande surpresa da noite: Bruce Springsteen juntou-se aos Rolling Stones no Palco Mundo do Rock in Rio perante uma vasta plateia de 90 mil pessoas.
Era sabido que Bruce Springsteen estava em Portugal a passar férias (e quem se recorda da edição de 2012 do Rock in Rio lembrar-se-á que o seu concerto foi elogiado como um dos melhores da história do festival). Mas ninguém imaginava que Springsteen voltaria tão depressa ao Palco Mundo na Cidade do Rock. Mas aconteceu à quarta canção do alinhamento do concerto dos Rolling Stones que fechou o segundo dia da edição deste ano do festival. De guitarra nas mãos Springsteen entrou em palco para, ao lado dos Rolling Stones, cantar o clássico Tumblin' Dice. Foi assim o primeiro de vários convidados, mas certamente aquele que maior reação causou na plateia de 90 mil que enchia o recinto.



Era a atuação mais aguardada do dia (afinal esgotara algum tempo antes a lotação da Cidade do Rock) e, se uma hora antes, ainda em plena atuação de Gary Clark Jr. havia quem estivesse ainda a tentar beber um café ou caminhar entre as ruas e encostas, à hora marcada para a atuação dos Stones não havia quem não estivesse a olhar para o palco e os vários ecrãs ao redor do grande anfiteatro natural que o serve. E ao som de Jumpin' Jack Flash encetaram um alinhamento que revisitou uma sucessão de temas com história.
Mick Jagger foi mestre de cerimónias, falando de vez em quando em português, não perdendo oportunidade para desejar à plateia uma vitória no Mundial de Futebol (falando mesmo de uma final entre Portugal e Inglaterra). Já Keith Richards foi o autor da atitude mais 'cool' da noite quando, depois de dizer que era bom estar em Lisboa, acrescentou que é bom estar em qualquer lugar. Uma declaração de bem estar que soube bem em tempos de depressão coletiva.
Sem grandes fugas ao que tem sido o lote de temas chamados aos concertos da presente 14 on Fire Tour, os Rolling Stones recordaram peças fundamentais da sua discografia. Guardando para a sequência final do concerto uma sucessão imparável de êxitos maiores como Miss You, Gimmie Shelter, Sympathy For The Devil (um dos momentos cénicos da noite, com um inferno de chamas sugerido nos ecrãs vídeo e Jagger envergando uma demoníaca capa vermelha), Start Me Up ou Brown Sugar. Pelo caminho houve a já tradicional etapa de protagonismo vocal para Keith Richards, um momento partilhado com Gary Clark Jr (que tem assinado primeiras partes de alguns concertos dos Stones) e uma chamada ao palco de Mick Taylor, o guitarrista que integrou a formação entre 1969 e 74, ou seja, depois de Brian Jones e antes da chegada de Ron Wood.
O encore começou ao som de You Can't Always Get What You Want, apresentado com um arranjo vocal coral que chamou ao palco Mundo o coro Ricercare. E depois, e já mais que esperado, o fim de festa ao som de (I Can't Get No) satisfaction, um clássico que vai a caminho dos 50 anos de vida e se mostra ainda capaz de cativar cada nova geração que o escuta.



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