Dupla identificada pela GNR oferecia empréstimos e arrecadou 2,4 milhões.
Através de anúncios de jornais prometiam empréstimos com 4 ou 8% de juros. Dois homens são arguidos desde ontem, por suspeita de burla a cerca de 170 pessoas de todo o país, num total de 2,4 milhões de euros.
A primeira queixa foi apresentada no posto da GNR de Porto de Mós há cerca de seis meses. Os dois homens suspeitos e residentes na vila serrana da Mendiga, freguesia de Porto de Mós, começaram a ser investigados, mas a Guarda estava longe de imaginar a dimensão da burla.
Na residência dos suspeitos, os militares foram encontrar largas dezenas de documentos de identificação, cheques, letras bancárias e dinheiro. Segundo fonte da GNR "os diversos documentos apreendidos estavam relacionados com empréstimos de dinheiro para resolução de dívidas e investimentos".
Esta apreensão permitiu aos militares perceber que as mais de 170 vítimas residem em várias zonas do país.
O modo de operar desta dupla parecia simples e de lucro fácil. Em jornais de cobertura nacional colocaram anúncios, cuja mensagem passava pela realização de empréstimos com a Taxa Anual Efectiva Global (TAEG) muito a baixo das realizadas no mercado. "Empréstimos rápidos sobre cheque letras acima de 50 mil euros - TAEG a 4%" ou "Particular/Desde 10 mil euros/Várias soluções - TAEG 8,8%" eram os anúncios colocados nos jornais, onde constavam ainda números de telemóvel para contactos.
No primeiro encontro, os burlões pediam às vítimas "determinados montantes a título de custas para reabrirem o processo de concessão do empréstimo", explicou fonte da GNR. "As pessoas, quando viam que o processo não avançava, voltavam a contactar os suspeitos que, alegando que a situação financeira era complicada, aproveitavam para pedir mais dinheiro para acelerar o processo", explicou a fonte. As vítimas "acabavam por desistir" do processo.
"São pessoas carenciadas economicamente e algumas, talvez por vergonha da situação, optaram por não apresentar queixa" disse a mesma fonte, adiantando não ter ainda conhecimento do número exacto de vítimas.
JN
Através de anúncios de jornais prometiam empréstimos com 4 ou 8% de juros. Dois homens são arguidos desde ontem, por suspeita de burla a cerca de 170 pessoas de todo o país, num total de 2,4 milhões de euros.
A primeira queixa foi apresentada no posto da GNR de Porto de Mós há cerca de seis meses. Os dois homens suspeitos e residentes na vila serrana da Mendiga, freguesia de Porto de Mós, começaram a ser investigados, mas a Guarda estava longe de imaginar a dimensão da burla.
Na residência dos suspeitos, os militares foram encontrar largas dezenas de documentos de identificação, cheques, letras bancárias e dinheiro. Segundo fonte da GNR "os diversos documentos apreendidos estavam relacionados com empréstimos de dinheiro para resolução de dívidas e investimentos".
Esta apreensão permitiu aos militares perceber que as mais de 170 vítimas residem em várias zonas do país.
O modo de operar desta dupla parecia simples e de lucro fácil. Em jornais de cobertura nacional colocaram anúncios, cuja mensagem passava pela realização de empréstimos com a Taxa Anual Efectiva Global (TAEG) muito a baixo das realizadas no mercado. "Empréstimos rápidos sobre cheque letras acima de 50 mil euros - TAEG a 4%" ou "Particular/Desde 10 mil euros/Várias soluções - TAEG 8,8%" eram os anúncios colocados nos jornais, onde constavam ainda números de telemóvel para contactos.
No primeiro encontro, os burlões pediam às vítimas "determinados montantes a título de custas para reabrirem o processo de concessão do empréstimo", explicou fonte da GNR. "As pessoas, quando viam que o processo não avançava, voltavam a contactar os suspeitos que, alegando que a situação financeira era complicada, aproveitavam para pedir mais dinheiro para acelerar o processo", explicou a fonte. As vítimas "acabavam por desistir" do processo.
"São pessoas carenciadas economicamente e algumas, talvez por vergonha da situação, optaram por não apresentar queixa" disse a mesma fonte, adiantando não ter ainda conhecimento do número exacto de vítimas.
JN