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Câmara de Leiria repõe areia na praia do Pedrógão e envia factura à Agência do Ambiente

kokas

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Set 27, 2006
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A Câmara de Leiria depositou neste fim-de-semana cerca de 15 mil metros cúbicos de areia na praia do Pedrógão, a única do concelho, onde a forte agitação marítima da semana passada fez estragos. A autarquia quis, assim, minimizar os eventuais danos de numa nova investida do mar mas avisa que a factura vai ser enviada à Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

A intervenção de urgência teve como alvo a zona central da praia do Pedrógão, a mais atingida pelas ondas na madrugada de terça-feira, onde foram depositados nove mil metros cúbicos de areia. A autarquia interveio também junto à rotunda Norte, onde desapareceu o paredão, os passadiços, o passeio e uma parte do alcatrão. No total, foram gastos “mais de cinco mil euros”, afirma o presidente da câmara, Raul Castro. “Esperamos ser ressarcidos deste investimento”, acrescenta, em declarações ao PÚBLICO.
Na zona central da praia, o mar destruiu parte do muro de suporte do Centro Azul, um espaço municipal onde são realizadas actividades de sensibilização ambiental durante o Verão. “Se não houvesse esta intervenção corríamos o risco de perder o Centro Azul, pondo em causa a própria Estrada Marginal”, garante o socialista. Mesmo assim, Raul Castro teme que esta solução “provisória” não impeça a derrocada daquele edifício em caso de um novo episódio de forte agitação marítima.
"Esta não é a solução ideal, sendo possível que o mar torne a arrastar a areia, mas a ideia é minimizar as consequências que podem resultar das condições meteorológicas adversas previstas para esta semana”, explica o autarca citado numa nota da autarquia. O litoral do distrito de Leiria está sob aviso amarelo entre as 15h desta segunda-feira e a meia-noite de terça-feira devido à agitação marítima, estando previstas ondas com quatro a cinco metros.
A autarquia tem manifestado as suas preocupações à APA, responsável pelas intervenções na orla costeira, que tem em mãos projectos definitivos para resolver os danos causados pelo avanço do mar na praia do Pedrógão. Um deles, destinado à manutenção do cordão dunar na zona sul da praia, foi já aprovado e obteve autorização por parte do Ministério do Ambiente para o lançamento do concurso público. “No entanto, ironicamente, o que está mais avançado é o menos prioritário”, diz Raul Castro.
Mais atrasados estão os projectos para as zonas central e norte, que deverão custar cerca de um milhão de euros, segundo o autarca, pagos pelo Fundo de Protecção dos Recursos Hídricos. “A APA diz que não tem dinheiro e que não pode candidatar-se, pelo que solicitou à câmara que avançasse [com as candidaturas]”, explica, acrescentando que isso levanta "questões jurídicas" que é preciso resolver.
“Espero que esta semana nos entreguem os projectos para que possamos lançar os concursos com carácter de urgência, até porque estão previstas novas marés-vivas em Fevereiro”, sublinha.
Já na terça-feira passada, Raul Castro tinha acusado a APA de nada fazer para travar o avanço do mar na única praia do concelho. “Em 2012 foi feito o projecto e até agora fizeram zero”, disse o autarca na reunião do executivo municipal.




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