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Casa Fernando Pessoa: Perfil de Inês Pedrosa

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Casa Fernando Pessoa: Perfil de Inês Pedrosa

A nova directora da Casa Fernando Pessoa, a escritora e jornalista Inês Pedrosa, de 45 anos, é autora de vários romances, o mais recente dos quais intitulado «A Eternidade e o Desejo», e actualmente colunista do Expresso.

Nascida em Coimbra a 15 de Agosto de 1962, Inês Pedrosa licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e iniciou a carreira como jornalista n'O Jornal, em 1983, de onde transitou para o Jornal de Letras, a convite de António Mega Ferreira, integrando em seguida a equipa fundadora do semanário O Independente, sob a direcção de Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso.

Do seu currículo, consta ainda a colaboração com a revista Ler e o cargo de directora da edição portuguesa da revista Marie Claire, entre 1993 e 1996, além de trabalhos de tradução.

Em 1991, publicou o seu primeiro livro, uma história infantil chamada «Mais Ninguém Tem», e um ano depois lançou o primeiro romance, «A Instrução dos Amantes», a que se seguiu, em 1997, «Nas Tuas Mãos», obra que lhe valeu o Prémio Máxima de Literatura.

Estreou-se na dramaturgia em 2005, com «12 Mulheres e 1 Cadela», uma peça encenada por São José Lapa no Teatro da Trindade, que resulta da adaptação de nove histórias constantes de dois livros seus - «Nas Tuas Mãos» e «Fica Comigo Esta Noite» - depois completadas com um texto inédito intitulado «Geração TV».

Feminista assumida, manifestou-se publicamente a favor da despenalização do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo em Portugal.

Nas últimas eleições presidenciais, em 2006, apoiou a candidatura do socialista Manuel Alegre, apresentada à margem do PS, cujo candidato foi o ex-Presidente da República Mário Soares.

É casada com Fernando Pinto do Amaral, poeta e crítico literário, de quem tem uma filha.
 

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Casa Fernando Pessoa: Inês Pedrosa é nova directora

Casa Fernando Pessoa: Inês Pedrosa é nova directora

A escritora Inês Pedrosa aceitou o convite do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), para assumir a direcção da Casa Fernando Pessoa, função que assume na sexta-feira, informou à Lusa fonte da presidência da autarquia.

«Inês Pedrosa tem condições para assegurar que a Casa Fernando Pessoa continue a ser um espaço imprescindível da vida cultural da cidade», disse a mesma fonte.

A autora de «Fazes-me Falta» e «A instrução dos amantes» sucede assim a Francisco José Viegas, que deixou a direcção da Casa Fernando Pessoa para dirigir a revista «Ler». É a quarta pessoa a dirigir aquele equipamento cultural da Câmara de Lisboa.

Francisco José Viegas tinha começado a planear a programação das comemorações dos 120 anos do nascimento de Fernando Pessoa, um trabalho que Inês Pedrosa «irá certamente prosseguir», afirmou a fonte.

O orçamento de 2008 prevê 156 mil euros para instalação de uma cafétaria e a realização de obras de requalificação do edifício, situado em Campo de Ourique.

Antes do escritor Francisco José Viegas, que dirigiu a Casa Fernando Pessoa entre 2006 e este ano, tinham assumido aquele cargo Clara Ferreira Alves, entre 2002 e 2006, e Manuela Júdice, entre 1993 e 1999.
 

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Casa Fernando Pessoa: Inês Pedrosa captar financiamento

Casa Fernando Pessoa: Inês Pedrosa captar financiamento

A escritora Inês Pedrosa, nova directora da Casa Fernando Pessoa, quer desenvolver «o trabalho extraordinário» do seu antecessor, Francisco José Viegas, e captar novas fontes de financiamento para promover a imagem e a obra do poeta lisboeta.

«Gosto muito do Fernando Pessoa, gosto muito da Casa Fernando Pessoa, que acompanho desde o seu nascimento (em 1993), com a Manuela Júdice, e quero dar continuidade ao trabalho extraordinário do Francisco Viegas e, se possível, dar-lhe outra amplitude», disse hoje à Lusa a nova responsável por aquele equipamento da Câmara Municipal de Lisboa (CML), que inicia funções sexta-feira.

A escritora sucede a Francisco José Viegas, que se demitiu no início deste mês, depois de dois anos no cargo, para voltar a dirigir a revista Ler, editada pelo Círculo de Leitores e que deverá regressar às bancas em Maio.

Para ultrapassar as dificuldades financeiras com que a Casa Fernando Pessoa se debateu na anterior direcção, relacionadas com a crise na CML, e os limites de um orçamento de 172 mil euros para 2008, 156 mil dos quais para obras na cafétaria e no elevador - que está parado -, Inês Pedrosa tem já algumas ideias.

«Criar uma linha de «merchandising» de Fernando Pessoa, com livros, lembranças, t-shirts com a sua poesia... e fazê-lo reverter, pelo menos em parte, para a Casa Fernando Pessoa«, revelou.

E também - »porque 15 mil euros para as actividades é pouco« - »estabelecer protocolos com empresas e embaixadas, por exemplo para trazer cá poetas de outros países«, prosseguiu.

«A marca Fernando Pessoa é tão forte e tão presente no estrangeiro - há traduções da sua obra em todo o lado - que a minha ideia é fazer Lisboa beneficiar da imagem do mais internacional dos seus poetas, até para mostrar que não temos só o Cristiano Ronaldo e o José Mourinho», sustentou Inês Pedrosa.

No sentido de divulgar a obra pessoana, a escritora aceitara já há cerca de um mês uma proposta da Publifolha, editora do jornal brasileiro Folha de São Paulo, para organizar uma colecção de antologias dos heterónimos de Fernando Pessoa que será distribuída com o jornal ao longo deste ano em que se assinalam os 120 anos do nascimento do poeta.

«Depois desse convite, encarei este, para dirigir a Casa Fernando Pessoa, como um sinal e aceitei porque tenho muito amor por aquela casa, tenho muito amor por Lisboa e aceito tudo quanto seja para divulgar a cultura portuguesa«, sublinhou.

A escritora destacou ainda a qualidade da equipa da Casa Fernando Pessoa, classificando-a como »muito empenhada e muito boa«.

«Não há dinheiro, mas há boa-vontade e espírito de equipa, o que é muito motivador, porque, depois do trabalho corajoso do Francisco Viegas, não é partir do zero», rematou.




Fonte:Lusa
 
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