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Chris tinha apenas 25 anos quando decidiu fazer uma pausa na sua curta carreira médica para ir viajar com a sua namorada Peta Franpton, um ano mais nova.
Estávamos em dezembro de 1977, quando o casal de Manchester, no Reino Unido, fez as malas e embarcou numa viagem sem regresso marcado para a Austrália e, depois para várias ilhas do Pacífico, a costa Americana e o Belize.
Peta era uma entusiasta e vivia com emoção todas as suas aventuras. Gostava também de partilhá-las e era por isso que, com muita frequência, enviava cartas aos pais a revelar os locais por onde passara e as experiências que estavam a viver.
Contudo, um dia essas cartas deixaram de ser entregues. E foram precisas mais de três décadas para se descobrir o porquê, relata o Daily Mail.
Chris e Peta foram brutalmente agredidos, torturados e assassinados, tendo sido atirados já inconscientes para o mar, junto à costa da Guatemala. Um pescador encontrou os dois corpos cerca de uma semana depois.
Estando ainda num era pré-internet, os investigadores não tiveram forma de descobrir a identidade das vitimas, tendo Peta e Chris sido enterrados num cemitério local, sem que ninguém soubesse quem eram.
A família de Chris acabou por contratar um detetive privado no Belize, que seis meses depois, em janeiro de 1979, conseguiu descobrir com um padre que um casal europeu havia sido enterrado na região. Apesar de não saberem a identidade dos mesmos, os pais de Chris sabiam que seria demasiada coincidência um outro casal europeu estar naquela área remota e ter desaparecido na mesma altura em que as cartas tinham deixado de ser enviadas.
Seguiu-se um período difícil em que a família teve de esperar que os corpos fossem exumados e que os registos dentários fossem enviados para o Reino Unido para serem examinados. A espera trouxe-lhes contudo a difícil notícia que já esperavam: confirmava-se que os corpos pertenciam a Chris e Peta.
Contudo o seu pesadelo não ficava por aqui. Foram precisos mais 37 anos para que percebessem o que se havia passado e foi a própria família a ir atrás da verdade.
Numa das suas últimas cartas, Peta descrevia um marinheiro norte-americano com quem iriam embarcar na sua próxima aventuras rumo às Honduras.
A irmã de Chris conseguiu descobrir quem era e entrar em contacto com os seus filhos, que também estariam no barco, e os quais confessarem ter visto, aos 13 anos, o seu pai embriagado a matar Peta e Chris.
Vince, agora com 59 anos, confessou que cresceu com este segredo e que durante anos teve pesadelos com a situação. A história foi contada na séria 'Mortos na água' que foi para o ar no Prime Video, esta quarta-feira.
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