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CCVF assinala 20 anos de carreira de Vera Mantero
A bailarina e coreógrafa Vera Mantero, que completa este ano duas décadas de carreira, sentiu sempre «necessidade» de ir buscar a outras áreas «maneiras e ferramentas de fazer» que não encontrou na dança.
O Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, assinala os 20 anos de carreira da artista, entre 30 de Junho e 12 de Julho, com espectáculos de dança, música e cinema, áreas em que tem participado ao longo dos anos.
«Eu não faço apenas trabalho multidisciplinar. Gosto mesmo de ir roubar às outras áreas o que não encontro na minha», comentou, em declarações à Agência Lusa a propósito das comemorações organizadas pelo Centro Cultural Vila Flor, que começam segunda-feira com a realização de um workshop de composição e interpretação para estudantes e profissionais.
Vera Mantero, 41 anos, treinou-se em dança clássica com Anna Mascolo e trabalhou no Ballet Gulbenkian, nomeadamente com os coreógrafos Christopher Bruce, Louis Falco, Hans van Manen, Olga Roriz e Vasco Wellenkamp.
Depois de ter abandonado o treino clássico de dança estudou em Nova Iorque técnicas de teatro, voz e composição, iniciando o trabalho coreográfico próprio.
«Vera Mantero: 20 anos a pensar primeiro e a dançar depois» é o título do programa que inclui ainda concertos.
Num deles, a artista dá a voz ao grupo Double Bind Quartet - composto por Luís San Payo, Carlos Zíngaro e Vítor Rua - e noutro canta temas de Caetano Veloso acompanhada por Gabriel Godói na guitarra.
«Desde há algum tempo que ando para apresentar trabalhos no Centro Cultural Vila Flor, mas agora ficaram muito interessados em fazer um evento mais alargado, dentro do contexto dos vinte anos», explicou a artista.
Quanto aos espectáculos de dança, explicou que, devido às dificuldades em fazer uma retrospectiva nesta área, escolheu as peças que têm estado em circulação recentemente, entre elas três solos e uma peça com cinco performers, intitulada «Até que Deus é destruído pelo extremo exercício da beleza».
Os solos são «Uma misteriosa coisa, disse E. E. Cummings», «Olympia» e «Talvez ela pudesse dançar primeiro e pensar depois».
Também serão exibidos o documentário de Inês Oliveira que acompanha a obra «Comer o Coração», co-criada por Rui Chafes e Vera Mantero, e o filme «Curso de Silêncio», projecto da artista em conjunto com o realizador Miguel Gonçalves Mendes.
A passagem de vinte anos de carreira provoca, em Vera Mantero, uma «estranha sensação», mas, ao mesmo tempo, estas comemorações deixam-na «muito contente por poder dar visibilidade» ao trabalho que tem desenvolvido em várias áreas.
Em 1999, a Culturgest fez uma retrospectiva das suas criações da década anterior, apresentando cinco solos e cinco peças de grupo que «exigiram muita preparação».
«Uma retrospectiva na área do cinema é muito mais fácil de organizar porque basta exibir os filmes. Nesta área tudo é mais complexo porque é preciso reunir as pessoas e ensaiar as peças que se vão apresentar», observou.
E por falar em cinema, nesse ano, na Culturgest, foi exibido um documentário da realizadora Margarida Ferreira de Almeida sobre a carreira de Vera Mantero, intitulado «Let´s Thalk About it Now»: «Esse filme dá uma boa visão do meu trabalho nos primeiros 12 anos de carreira».
Quanto aos projectos musicais, Vera Mantero recorda que o interesse pelo uso da voz «esteve sempre presente».
Na dança, a coreógrafa vai começar um novo projecto em Janeiro de 2009 para ser apresentado nesse ano, a convite do Festival de Montpellier, em França, um dos mais importantes encontros internacionais nesta área.
O espectáculo - que terá quatro co-criadores - tem como título provisório «Manobras de Cinza».
Em Maio de 2009, estreia em Portugal, no Centro Cultural de Belém, uma peça criada em 2007 por Alain Buffard, intitulada «(Not) a Love Song», já apresentada em França, e na qual Vera Mantero é uma das intérpretes.
Diário Digital / Lusa
A bailarina e coreógrafa Vera Mantero, que completa este ano duas décadas de carreira, sentiu sempre «necessidade» de ir buscar a outras áreas «maneiras e ferramentas de fazer» que não encontrou na dança.
O Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, assinala os 20 anos de carreira da artista, entre 30 de Junho e 12 de Julho, com espectáculos de dança, música e cinema, áreas em que tem participado ao longo dos anos.
«Eu não faço apenas trabalho multidisciplinar. Gosto mesmo de ir roubar às outras áreas o que não encontro na minha», comentou, em declarações à Agência Lusa a propósito das comemorações organizadas pelo Centro Cultural Vila Flor, que começam segunda-feira com a realização de um workshop de composição e interpretação para estudantes e profissionais.
Vera Mantero, 41 anos, treinou-se em dança clássica com Anna Mascolo e trabalhou no Ballet Gulbenkian, nomeadamente com os coreógrafos Christopher Bruce, Louis Falco, Hans van Manen, Olga Roriz e Vasco Wellenkamp.
Depois de ter abandonado o treino clássico de dança estudou em Nova Iorque técnicas de teatro, voz e composição, iniciando o trabalho coreográfico próprio.
«Vera Mantero: 20 anos a pensar primeiro e a dançar depois» é o título do programa que inclui ainda concertos.
Num deles, a artista dá a voz ao grupo Double Bind Quartet - composto por Luís San Payo, Carlos Zíngaro e Vítor Rua - e noutro canta temas de Caetano Veloso acompanhada por Gabriel Godói na guitarra.
«Desde há algum tempo que ando para apresentar trabalhos no Centro Cultural Vila Flor, mas agora ficaram muito interessados em fazer um evento mais alargado, dentro do contexto dos vinte anos», explicou a artista.
Quanto aos espectáculos de dança, explicou que, devido às dificuldades em fazer uma retrospectiva nesta área, escolheu as peças que têm estado em circulação recentemente, entre elas três solos e uma peça com cinco performers, intitulada «Até que Deus é destruído pelo extremo exercício da beleza».
Os solos são «Uma misteriosa coisa, disse E. E. Cummings», «Olympia» e «Talvez ela pudesse dançar primeiro e pensar depois».
Também serão exibidos o documentário de Inês Oliveira que acompanha a obra «Comer o Coração», co-criada por Rui Chafes e Vera Mantero, e o filme «Curso de Silêncio», projecto da artista em conjunto com o realizador Miguel Gonçalves Mendes.
A passagem de vinte anos de carreira provoca, em Vera Mantero, uma «estranha sensação», mas, ao mesmo tempo, estas comemorações deixam-na «muito contente por poder dar visibilidade» ao trabalho que tem desenvolvido em várias áreas.
Em 1999, a Culturgest fez uma retrospectiva das suas criações da década anterior, apresentando cinco solos e cinco peças de grupo que «exigiram muita preparação».
«Uma retrospectiva na área do cinema é muito mais fácil de organizar porque basta exibir os filmes. Nesta área tudo é mais complexo porque é preciso reunir as pessoas e ensaiar as peças que se vão apresentar», observou.
E por falar em cinema, nesse ano, na Culturgest, foi exibido um documentário da realizadora Margarida Ferreira de Almeida sobre a carreira de Vera Mantero, intitulado «Let´s Thalk About it Now»: «Esse filme dá uma boa visão do meu trabalho nos primeiros 12 anos de carreira».
Quanto aos projectos musicais, Vera Mantero recorda que o interesse pelo uso da voz «esteve sempre presente».
Na dança, a coreógrafa vai começar um novo projecto em Janeiro de 2009 para ser apresentado nesse ano, a convite do Festival de Montpellier, em França, um dos mais importantes encontros internacionais nesta área.
O espectáculo - que terá quatro co-criadores - tem como título provisório «Manobras de Cinza».
Em Maio de 2009, estreia em Portugal, no Centro Cultural de Belém, uma peça criada em 2007 por Alain Buffard, intitulada «(Not) a Love Song», já apresentada em França, e na qual Vera Mantero é uma das intérpretes.
Diário Digital / Lusa