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CEO da Galp lamenta incompreensão das forças públicas com as petrolíferas

xicca

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Fonte: Público
27.06.2008

O presidente da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, lamentou hoje "a incompreensão de algumas forças públicas" das consequências para as petrolíferas da turbulência no mercado.

Ferreira de Oliveira falava na conferência sobre "Tendências e oportunidades da energia nas economias do futuro", organizado pelo Fórum de Administradores de Empresas, em colaboração com o MIT Portugal.

O presidente da Galp Energia lembrou que o aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais - hoje a rondar os 140 dólares por barril - agravou a factura paga pela petrolífera entre 3 a 3,5 mil milhões de euros em relação ao ano passado.

"É uma tragédia que retira da economia portuguesa entre 3 a 3,5 mil milhões de euros, o equivalente a quase 2 por cento do PIB", afirmou Ferreira de Oliveira.

Ferreira de Oliveira atribui à "especulação" a culpa pela escalada dos preços do petróleo que, considera "não estar ligada aos fundamentais da indústria".

Mas não acredita que a situação "se mantenha ssim e que não haja poder público que obrigue estes agentes a sair do mercado e deixar trabalhar quem lá está para ficar".

Para o presidente da Galp, a turbulência dos mercados "torna impossível projectar o futuro", embora se manifeste convicto de que a economia do carbono "não se vai esgotar nos próximos 100 anos".

Ferreira de Oliveira considera a energia fóssil "tão eficiente que é capaz de financiar a sua sucessora" e deu o exemplo do ISP (Imposto sobre os Produtos Petrolíferos).

"O fisco português, só do consumo dos produtos petrolíferos, vai receber seis mil milhões de euros este ano. Se parte deste dinheiro fosse usado para um novo paradigma energético, encontraríamos uma solução sucedânea", afirmou.

O presidente da Galp afirmou que a empresa está muito focalizada nos biocombustíveis e manifestou-se disponível para "olhar" para alternativas como a "eólica, a eólica off-shore, para o nuclear e a micro-geração".
 
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