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Chuvas ameaçam mais de 55 mil pessoas em Moçambique

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País é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo.

O Instituto Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (INGD) elevou esta terça-feira para 55.745 pessoas em risco de serem afetadas por inundações e ventos fortes na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, nesta época chuvosa.

"O cenário desta terça-feira é o cenário acrescido do cenário da ocorrência de cheias e ocorrência de ciclones, o número já muda de 20.000 para 55.745 pessoas", disse à comunicação social Nuno Tadeu, do INGD naquela província.

Em causa estão os efeitos da presente época chuvosa e ciclónica, iniciada em outubro e que se prolonga até abril, em Moçambique, na província de Cabo Delgado, que tem um plano de contingência preparado.

Esse apoio, explicou, servirá para apoiar a produção de alimento, face à possibilidade de destruição de culturas, entre outros.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

A última época de chuvas em Moçambique, iniciada em outubro de 2023, afetou cerca de 240 mil pessoas, destruindo totalmente mais de 1.800 casas, segundo dados apresentados em junho pelo Governo.

"Em todo o território nacional foram afetadas cerca de 240 mil pessoas, afetou mais 34 mil casas, mais de 5.000 parcialmente destruídas e cerca de 1.800 totalmente destruídas", avançou o secretário permanente do Ministério dos Transportes e Comunicações, Ambrósio Sitoe.

Eventos extremos, como ciclones e tempestades, provocaram pelo menos 1.016 mortos em Moçambique entre 2019 e 2023, afetando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) noticiados anteriormente pela Lusa.

No relatório de Indicadores Básicos do Ambiente de 2023, o INE detalha todos os eventos extremos desde 2019, e respetivas consequências, acrescentando que estes provocaram, ainda, no mesmo período de quatro anos, 2.936 feridos.

A província de Sofala, no centro de Moçambique, foi a mais atingida por um único evento, com o ciclone Idai, em 2019, a provocar 403 mortos - dos 603 que provocou em todo o país -, afetando 1.190.594 pessoas e deixando ferimentos em 1.597.

Ainda devido ao ciclone Idai, seguiu-se a província de Manica, com 262.890 afetadas, 185 mortos e 23 feridos.

O relatório aponta ainda, em 2021, chuvas, ventos e descargas atmosféricas que provocaram 30 mortos, seguindo-se, em 2022, a tempestade tropical Ana, que afetou 186.739 pessoas, incluindo 21 mortos, o ciclone tropical Gombe, que provocou 61 mortos, afetou 755.166 pessoas e feriu 117, entre outros eventos climáticos extremos.

Em 2023, chuvas intensas, ventos fortes, inundações e cheias, incêndios e descargas atmosféricas afetaram em todo o país 76.359 pessoas, provocando 105 mortos e 74 feridos.

Correio da Manhã
 
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