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Ciclismo - Giro de Itália 2023

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Giro D'Italia 2023 | Etapa 10​


 

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Volta a Itália: João Almeida entrou no pódio do Giro

giroetapa11.jpg

O vírus Covid-19 e as quedas estão a deixar profundas marcas e reduzem diariamente o pelotão da Volta à Itália, que no final da 11.ª etapa percorrida entre Camaiore e Tortona com 219 km, regista 37 abandonos, nos quais se incluem quatro ciclistas que não alinharam à partida por covid-19, (Josef Cerny, Louis Vervaek, Mattia Cattaneo e Jan Hirt) todos da Soudal-Quick Step e Tao Geoghegan Hart (Ineos) vitima de uma aparatosa queda a 68 km da meta, sendo evacuado para o hospital, o mesmo aconteceu com Óscar Rodriguez (Movistar) alguns quilómetros mais adiante.

Devido às incidências a corrida, João Almeida (UAE-Team Emirates) subiu para o terceiro lugar na geral, a 22 s de Geraint Thomas (Ineos) que conservou a camisola rosa e a 20 s de Primoz Roglic (Jumbo), mantendo a vantagem de 13 s sobre Andreas Leknessund (Team DSM) e 1,06 m para Damiano Caruso (Bahrain) que fecha o top 5 do Giro.

Numa etapa de aparente tranquilidade, o desempenho de João Almeida passou por ter uma guarda de honra formada por Gibbons, Ulissi e Formolo, que lhe permitiu controlar os adversários e escapar às quedas. O corte verificado nos últimos 2 km devido a mais uma queda, não teve qualquer influência na classificação, em virtude do pelotão se encontrar na zona de proteção dos 3 km.

«Estou feliz por Ackermann ter estado muito bem e ter vencido a etapa. Felizmente escapei à queda num dia muito mau. O Tao está fora, o que é muito triste, Roglic e Thomas também caíram. Foi uma descida simples, não sei como se deu a queda. No global foi uma boa etapa, sobretudo no principio quando o piso estava seco. O Tao era um dos ciclistas mais fortes, esperava que lutasse pela vitória. É triste, a corrida fica mais pobre com tantos abandonos. Espero chegar até ao final», avançou o ciclista português questionado no final da etapa no balanço da jornada.

Antes da etapa se iniciar, Patrick Lefevere, CEO da Soudal-Quick Step, desfazia todas as duvidas e informava que Remco Evenepoel não vai correr a Volta à França: «Remco não vai correr o Tour porque isso não seria muito inteligente. É importante que ele recupere totalmente, vamos testar a sua saúde e depois ver como poderá continuar a cumprir o plano que estava previsto. Provavelmente vai querer correr o campeonato do mundo em agosto, mas é muito cedo para se falar sobre a Vuelta».

Sobre a etapa que foi a mais longa da Volta à Itália e que estava rotulada de transição, tinha como principais dificuldades três contagens de montanha, que não provocaram brechas no grande grupo. A chuva que surgiu nos últimos 80 km esteve na origem de várias quedas, na descida de Colla di Boasi a 68 km do final, a equipa da Ineos foi a mais afetada com Tao Geoghegan Hart a ser o mais prejudicado, enquanto Geraint Thomas (Ineos) e Primoz Roglic (Jumbo) que tinham ficado envolvidos, recuperaram sem grandes dificuldades.

«O ciclista dos Emirados (Alessandro Covi) caiu e eu também caí sobre ele, mas não tive nada de grave. Os meus companheiros que estavam atrás de mim tiveram menos sorte, Tao Geoghegan Hart foi gravemente atingido e também lá estava Primoz Roglic. Tao é uma perda muito grande para a equipa, ele estava muito forte e em muito boa forma. É uma pena perdê-lo desta forma, era um trunfo que poderia ganhar este Giro. Reparei que Roglic tem um ferimento na coxa, espero que não seja nada de especial, ele é biscoito duro, depois de um banho deverá ficar bem», afirmou Geraint Thomas no final da etapa, depois de saber que Pavel Sivakov tinha cortado a meta com mais 13,56 m devido a ter ficado também envolvido numa queda.

Em termos desportivos a corrida ficou marcada pela fuga de seis ciclistas, Thomas Champions (Cofidis), Diego Sevilla (Eolo), Filippo Magli (Green Project), Laurenz Rex (Intermarché), Alexander Konychev e Veljko Stojnic Corratec), que sempre estiveram debaixo de olho do pelotão. Na fase final apenas Laurenz Rex lutou contra o tempo, acabando por se render a 5 km da meta, quando as equipas com sprinters começaram a contar espingardas.
Num sprint entre cerca de 25 corredores, Pascal Ackermann (UAE-Team Emirates), levou a melhor sobre a portentosa explosão de Jonathan Milan (Bahrain) que foi segundo, depois dos comissários reverem as imagens do foto-finish, sendo a primeira vitória do ciclista alemão em 2023.

«Foi um sprint muito nervoso, chegámos muito perto uns dos outros, mas felizmente mostrei que estou de volta às vitórias o que me deixou muito feliz. Tinha-me sentido bem nos últimos dias, mas nunca consegui demonstrar. Estava muito nervoso, Ryan Gibbons fez um ótimo trabalho para me colocar, vi Cavendish na minha frente e usei-o como referência. Com esta vitória tirei muita pressão e a partir de agora posso tentar fazer mais qualquer coisa com calma no Giro», declarou Ackermann que deu a primeira vitória à UAE-Team Emirates na Volta à Itália deste ano e que não vencia desde agosto na Volta à Polónia.

11.ª ETAPA CAMAIORE - TORTONA 219 KM
1.º Pascal Ackerman (Ale/UAE-Team Emirates) 5.09,02 h à média de 42,520 km/h
2.º Jonathan Milan (Ita/Bahrain-Victorious) mt
3.º Mark Cavendish (Gbr/Astana) mt
4.º Mads Pedersen (Din/Trek-Segafredo) mt
5.º Stefano Oldani (Ita/Alpecin-Deceuninck) mt
6.º Vincenzo Albanese (Ita/Eolo-Kometa) mt
7.º Marius Mayrhofer (Ale/Team DSM) mt
8.º Davide Ballerini (Ita/Soudal-Quick Step) mt
9.º Simone Consonni (Ita/Eolo-Cofidis) mt
10.º Arne Marit (Bel/Intermarché-Wanty) mt
80.º João Almeida (Por/UAE-Team Emirates) mt

CLASSIFICAÇÃO GERAL
1.º Geraint Thomas (Gbr/Ineos-Grenadiers) 44.35,35 h
2.º Primoz Roglic (Slo/Jumbo-Visma) a 2 s
3.º João Almeida (Por/Emirates) a 22 s
4.º Andreas Leknessund (Din/Team DSM) a 35 s
5.º Damiano Caruso (Ita/Bahrain) a 1,28 m
6.º Lennard Kamna (Ale/Bora) a 1,52 m
7.º Eddie Dunbar (Irl/Jayco-Alula) a 2,32 m
8.º Thymen Arensman (Ned/Ineos-Grenadiers) mt
9.º Laurens De Plus (Bel/Ineos) a 2,36 m
10.º Aurélien Paret-Peintre (Fra/AG2R-Citroen) a 2,48 m

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Giro D'Italia 2023 | Etapa 11​


 

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Volta a Itália: Nico Denz vence 12.ª etapa; João Almeida mantém 3.º na geral

Giroetapa12.jpg

Na véspera de um importante teste nos Alpes suíços, o pelotão decidiu dar luz verde a uma fuga de 30 ciclistas, enquanto os candidatos apoiados pelos gregários, realizaram uma etapa em economia de esforço, com as pernas em Itália e a cabeça a pensar na chegada a Crans Montana.

Para os ciclistas que lutam pela geral foi uma corrida de marcação direta, com acordos tácitos para não arriscar, optando por irem mais devagar porque tinham pressa em chegar. A dantesca etapa de amanhã, constitui um desafio para quem corre para a geral, prevendo-se uma corrida muito tática por parte das principais equipas, com Geraint Thomas, Primoz Roglic e João Almeida como figuras a ter em conta; «Vamos ver como me sinto na etapa de amanhã. Há por aí algumas doenças a pairar, vamos ver como as pernas e o físico vão responder. Espero estar lá em cima com a malta que está nos lugares da frente e com aspirações. Estas subidas adaptam-se bastante às minhas caraterísticas por isso acredito que estarei com os melhores», afirmou João Almeida no final, que sobre a possibilidade de vencer o Giro adiantou; «Ficarei feliz com o pódio mas se tal vier a acontecer melhor. Nesta altura estou lá na frente com os primeiros, 20 segundos não é nada, vou lutar até ao fim».

Geraint Thomas (Ineos), considerou que teve um dia positivo e está preparado para a etapa de montanha; «Tivemos uma corrida sólida e a equipa controlou a situação. Como ninguém da fuga incomodava a classificação não nos importámos que o grupo fosse grande. Os meus companheiros lideraram o pelotão em todo o percurso, estamos bem posicionados para amanhã», declarou Geraint Thomas que sobre a etapa nos Alpes adiantou; «É claro que que vamos ter uma tática diferente. Comigo e Tao na frente tínhamos outras opções, a saída dele foi um golpe para a equipa porque estava muito bem. Ainda temos um bloco forte e com moral elevado desde o inicio do ano, espero que o possamos manter». Questionado sobre Roglic finalizou; «Faltam cinco chegadas em altitude é cedo para fazer contas. Temos que aceitar que ele está muito bem e amanhã será um grande dia».

A 12.ª etapa da Volta à Itália percorrida entre Bra e Rivoli na distância de 185 km, viveu dos chamados segundos planos que coloriram a corrida com uma fuga de 30 unidades, que foi perdendo corredores à medida que os quilómetros provocavam cansaço nas pernas.

Com 95 km percorridos, Nico Denz (Bora) Sebastian Berwick (Israel), Alessandro Tonelli (Green Project) e Toms Skuijns (Trek), tomaram a iniciativa de se adiantarem ao grupo e cavarem um fosso que no final se cifrou em 8,19 m para onde moravam os galos do pelotão. Os restantes aventureiros não se entenderam e o resultado foi a formação de grupetos que nada trouxeram de novo à classificação geral.

Num sprint a três, porque Tonelli estava pelas pontas, o alemão Nico Denz com mais pólvora nas pernas bateu Tomas Skujins, dando uma alegria à Bora-Hansgrohe que tem passado ao lado da corrida, demonstrando ser o mais forte dos fugitivos. «Não sei o que não dizer, porque é muito importante para mim vencer uma etapa no Giro que me deixou muito orgulhoso. A tática da equipa era colocar Konrad e Jungels na fuga, aconteceu que Jungels não estava bem e Konrad queria guardar energias para amanhã, a equipa deu-me luz verde para avançar. Quando olhei para o grupo, tudo o que via eram monstros à minha volta, por serem todos ciclistas de nomeada. A cooperação até não foi má, insistimos e ficámos apenas quatro na frente. Nos últimos quilómetros estava no limite, sabia que existia uma pequena subida a seguir à rotunda, explorei bem a situação e tudo voltou ao normal. Como ainda tenho um bom sprint foi o que me salvou no final e me deixou muito feliz», afirmou o vencedor.
A corrida entre os maiorais do pelotão foi de marcação e sem grandes preocupações para o grupo de fugitivos que não incomodavam a geral, acabou por ter reflexos na classificação por equipas, com a Jumbo-Visma a saltar para a primeira posição, em virtude de Michel Hessmann e Sepp Kuss se encontrarem entre os aventureiros.

Classificações


12.ª ETAPA BRA - RIVOLI 185 KM
1.º Nico Denz (Ale/Bora-Hansgrohe) 4.18,11 h
à média de 42,993 km/h
2.º Toms Skujins (Let/Trek-Segafredo) mt
3.º Sebastian Berwick (Aus/Israel Premier Tech) a 3 s
4.º Alessandro Tonelli (Ita/Green Project-Bardiani) a 58 s
5.º Marco Frigo (Ita/Israel-Premier Tech) a 2,07 m
6.º Ilan Van Wilder (Bel/Soudal-Quick Step) a 2,20 m
7.º Alberto Bettiol (Ita/EF Education-EasyPost) mt
8.º Christian Scaroni (Ita/Astana) mt
9.º Michel Hessmann (Ale/Jumbo-Visma) mt
10.º Alex Baudin (Fra/AG2R-Citroen) mt
40.º João Almeida (Por/UAE-Team Emirates) a 8,19 m

CLASSIFICAÇÃO GERAL
1.º Geraint Thomas (Gbr/Ineos-Grenadiers) 49.02,05 h
2.º Primoz Roglic (Slo/Jumbo-Visma) a 2 s
3.º João Almeida (Por/Emirates) a 22 s
4.º Andreas Leknessund (Din/Team DSM) a 35 s
5.º Damiano Caruso (Ita/Bahrain) a 1,28 m
6.º Lennard Kamna (Ale/Bora) a 1,52 m
7.º Eddie Dunbar (Irl/Jayco-Alula) a 2,32 m
8.º Thymen Arensman (Ned/Ineos-Grenadiers) mt
9.º Laurens De Plus (Bel/Ineos) a 2,36 m
10.º Aurélien Paret-Peintre (Fra/AG2R-Citroen) a 2,48 m

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Giro D'Italia 2023 | Etapa 12​


 

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Volta a Itália: Decisões adiadas para as montanhas nos Dolomitas

Giroetapa13.jpg

Previa-se uma etapa de grandes decisões nas montanhas dos Alpes suíços, que devido às condições climatéricas acabou por não trazer nada de novo à corrida, mantendo a geral sem grandes alterações, com Geraint Thomas (Ineos) de líder, registando-se “apenas” a entrada nos dez melhores de Thibaut Pinot (Groupama) que passou a ser o novo líder do premio da montanha.

A etapa que começou por ter 207 km, passou para 199 km depois de eliminada a passagem pelo Passo du Grand San Bernard, para devido às inúmeras reclamações dos ciclistas, acabou por se correrem 74,6 km entre Le Châble e Crans Montanha e ser eliminada uma contagem de montanha de 1.ª categoria.

Para quem esperava uma corrida de ataques e contra-ataques ficou desiludido, porque a opção dos maiorais do pelotão e denominados de candidatos, decidiram mais uma vez baixar a guarda e manterem-se unidos da partida até à chegada. Ao longo do percurso, nem por uma única vez Thomas (Ineos), Roglic (Jumbo) ou João Almeida (Emirates), mostraram interesse em atacar a corrida.

Bem acompanhados pelo séquito de gregários, os três impuseram o ritmo que mais lhes convinha e adiaram para a próxima semana nas montanhas dos Dolomitas a decisão de quem será o vencedor da Volta à Itália.

João Almeida limitou-se a fazer a corrida que mais lhe interessava, bem colocado no grupo com cerca de 25 unidades, que foi emagrecendo à medida que a subida se tornava mais inclinada, acompanhou de perto os principais adversários. Nem a tentativa Damiano Caruso (Bahrain) na fase final incomodou o pelotão, o italiano mostrou a camisola e depressa regressou ao grupo de que fazia parte.

A etapa foi feita em bom ritmo e a Ineos soube lidar com o pelotão. Na descida para evitar problemas fomos cautelosos e acabou por ser uma boa etapa. A última subida não era assim tão empinada como se dizia, talvez por isso não seria ideal para existirem ataques. No global foi uma corrida dura e isso vê-se na composição do grupo que chegou à meta que foi muito pequeno», afirmou João Almeida no final.

O interesse da etapa residiu na fuga de Jefferson Cepeda (Education), Paret-Peintre (AG2R), Thibaut Pinot (Groupama), Derek Gee, Matthew Riccitello (Israel) e Einer Rubio (Movistar). Nos últimos 10 km ficaram na frente Cepeda, Rubio e Cepeda, o francês mostrou-se o mais combativo, o equatoriano bastante calculistas, já o colombiano que de combativo não teve nada, acabou por passar as palhetas aos adversários e vencer pela primeira vez uma etapa numa grande volta. «Foi um grande dia e a vitória que há muito tempo procurava. Trabalhei muito para estar no Giro, o mau tempo tem sido impiedoso, mas sabia que não me poderia dar por vencido e segui procurando uma oportunidade, e ela chegou hoje com a ajuda de Deus. Cumpri um sonho que tinha há muitos anos, sabia que Pinot estava muito forte e que Cepeda estava bem. Só tinha que deixar os dois guerrear e jogar um pouco da minha estratégia, por isso esperei pelo final para ganhar», afirmou o colombiano com 26 anos, natural de Chiquiza e desde 2020 na Movistar.

Geraint Thomas mostrou-se tranquilo nas declarações ao jornalistas; «Da forma como a etapa decorreu era difícil atacar no final. Ficámos calmos porque os três fugitivos não eram perigosos, nem quando Pinot atacou porque a equipa tinha a situação controlada e conseguiu que Sivakov recuperasse na descida. A forma como o vento soprava também dificultava qualquer tentativa de ataque, as ofensivas reais não se materializaram e acho que Roglic também é da opinião que é bom eu andar mais uns dias com a camisola rosa, por isso temos que continuar a liderar o Giro».

Jay Vine (Emirates) deu uma entrevista à partida e falou dos seus objetivos no Giro; «O que quer que a equipa decida pode contar comigo. Vou ficar a ajudar o João Almeida, estou aqui para trabalhar para a equipa. Não está claro o que a equipa pretende fazer na próxima semana. Disseram-me que ainda posso ficar nos primeiros dez da geral pessoalmente não me importo. O situação ideal seria perder mais 45 minutos e assim poder ir lutar para as vitórias em etapas. Vou ficar com o Almeida e tentar colocá-lo no pódio», quanto à possibilidade de ficar nos dez primeiros adiantou; «Isso para mim não vale nada. Assinei com esta equipa por quatro anos, faz parte do contrato ficar algumas vezes entre os dez primeiros. Talvez isso seja bom para a equipa e para as redes sociais, mas pessoalmente não me importo».
Mads Pedersen (Trek-Segafredo) e vencedor da 6.ª etapa em Nápoles, não alinhou à partida por doença.

13.ª ETAPA LE CHÂBEL - CRANS MONTANA 74,6 KM
1.º Einer Rubio (Col/Movistar) 2.16,21 h à média de 32,827 km/h
2.º Thibaut Pinot (Fra/Groupama-FDJ) a 6 s
3.º Jefferson Cepeda (Ecu/EF Education-EasyPost) a 12 s
4.º Derek Gee (Can/Israel-Premier Tech) a 1,01 m
5.º Valentin Paret-Peintre (Fra/AG2R-Citroen) a 1,29 m
6.º Hugh Carthy (Gbr/EF Education-EasyPost) mt
7.º João Almeida (Por/UAE-Team Emirates) a 1,35 m
8.º Eddie Dunbar (Irl/Jayco-Alula) mt
9.º Geraint Thomas (Gbr/Ineos Grenadiers) mt
10.º Primoz Roglic (Slo/Jumbo-Visma) mt

CLASSIFICAÇÃO GERAL
1.º Geraint Thomas (Gbr/Ineos-Grenadiers) 51.20,01 h
2.º Primoz Roglic (Slo/Jumbo-Visma) a 2 s
3.º João Almeida (Por/Emirates) a 22 s
4.º Andreas Leknessund (Din/Team DSM) a 42 s
5.º Damiano Caruso (Ita/Bahrain) a 1,28 m
6.º Lennard Kamna (Ale/Bora) a 1,52 m
7.º Eddie Dunbar (Irl/Jayco-Alula) a 2,32 m
8.º Thymen Arensman (Ned/Ineos-Grenadiers) a 2,45 m
9.º Laurens De Plus (Bel/Ineos) a 3,08 m
10.º Thibaut Pinot (Fra/Groupama-FDJ) a 3,13 m

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Giro D'Italia 2023 | Etapa 13​


 

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Volta a Itália: Thomas ofereceu camisola rosa a Bruno Armirail

etapa14giro.jpg

Não foi pela chuva e pelo mau tempo adverso que continua a massacrar o pelotão, que a classificação geral da Volta à Itália tem o francês Bruno Armirail (Groupama-FDJ) como novo líder, porque até ele sabe tratar-se de uma situação a prazo e longe de pensar em conseguir estar no pódio final em Roma daqui por uma semana. Campeão nacional de contrarrelógio, título conseguido em junho do ano passado em Cholet, ao registar menos 24 segundos que Rémi Cavagna, Armirail com 29 anos realiza o sonho de liderar uma grande volta por culpa da guerra tática entre as equipas, com a Ineos-Grenadiers a abdicar de defender a camisola rosa de Geraint Thomas.

Devido ao desenvolvimento da corrida nos últimos dias e fazendo uma antevisão das inúmeras dificuldades que se advinham na etapa de domingo e principalmente na próxima semana, com quatro chegadas em altitude, a opção dos diretores desportivos foi colocar a responsabilidade em Armirail, como poderia ter sido em qualquer outro ciclista. Feita a leitura dos nomes que faziam parte da fuga e verificando que nenhum tem pernas para se manter entre os melhores, a formação britânica decidiu que era o dia certo, para deixar fugir o primeiro lugar e oferecer a camisola rosa.

Com o desgaste a acumular-se nos cinco companheiros de Thomas, e verificando que Jumbo-Visma, UAE-Team Emirates, Team DSM, Bahrain-Victorious e Bora-Hansgrohe, não tomam a iniciativa e reservam energias para os combates nas montanhas dos Dolomitas, a decisão bem ou mal tomada foi ao encontro dos objetivos da equipa.

«Estamos felizes por esta situação. Hoje foi uma etapa tranquila antes de um dia muito importante como será amanhã, desde que não existissem ciclistas perigosos para a classificação, a fuga tinha pernas e cabeça para andar e ganhar muito tempo. Foi uma etapa complicada em termos de clima, prefiro que se corra de forma conservadora para economizarmos energia. As duas ultimas semanas foram muito difíceis devido ao clima, amanhã temos mais uma etapa difícil pela frente. No final, Armirail leva a camisola rosa depois de ter anulado os mais de 18 minutos que tinha para Thomas. Acho que é uma situação perfeita para nós», afirmou o diretor desportivo da Ineos, Matteo Tossato. Sobre se o cenário foi discutido antes da etapa começar, adiantou:

«Com certeza. Sabíamos que era a oportunidade para perder a camisola rosa. Esta manhã tínhamos um plano claro. Os ciclistas estavam focados na chegada, o importante é recuperar e dormir bem para amanhã, principalmente comer e beber não gastar energias e descansar por causa do clima. O frio faz com que os ciclistas gastem mais energias. Amanhã vamos estar atentos desde o início, pode ser uma grande etapa e com decisões imprevisíveis».

O filme da 14.ª etapa percorrida entre Sierre e Cassano Magnago com 194 km tem como principal argumento a fuga de 29 ciclistas, que perante a chuva e vento foram ganhando tempo ao pelotão que chegou à meta com mais 21,11 minutos. Resultado que demonstra a liberdade que foi dada aos fugitivos e o marasmo que se viveu no pelotão, que pelos vistos e segundo a Ineos-Grenadiers foi planeado e cumprido.

No grupo da frente e a 55 km da meta, isolaram-se Ballerini (Soudal), Oldani (Alpecin), Rex (Intermarché) e Skujins (Trek), que nos últimos 500 metros tiveram a companhia de Denz (Bora), Bettiol (Education), Gee (Israel) e Maryrhofer (DSM). No sprint prevaleceu a ponta final do alemão Nico Denz, que enriqueceu o palmarés repetindo a vitória conseguida dois dias antes na chegada a Rivoli. «Tive a oportunidade de integrar a fuga mas com Trek, Israel e Movistar a terem vários ciclistas a certa altura pensei que tínhamos perdido porque não conseguíamos reduzir a diferença. Quando o grupo da frente abrandou, pensei que era o tudo ou nada para vencer outra vez. Quando Bettiol começou o sprint dei tudo e fui a todo o vapor até à meta. Claro que estou feliz num dia muito difícil, quando descemos Simplon Pass, estava um frio de rachar, tinha três casacos vestidos e bebi chá quente, no final foi uma questão de atitude e determinação», afirmou Nico Denz.

Com toda esta liberdade dada pelo pelotão, João Almeida tal como todos os que estavam na frente desceram um lugar na geral, o ciclista português ocupa a 4.ª posição mas manteve as diferenças para Geraint Thomas e Primoz Roglic.

14.ª ETAPA SIERRE - CASSANO MAGNAGO 194 KM
1.º Nico Denz (Ale/Bora-Hansgrohe) 4.37,30 h à média de 41,946 km/h
2.º Derek Gee (Can/Israel-Premier Tech) mt
3.º Alberto Bettiol (Ita/EF Education-EasyPost) mt
4.º Laurenz Rex (Bel/Intermarché-Wanty) a 1 s
5.º Davide Ballerini (Ita/Soudal-Quick Step) mt
6.º Toms Skujins (Let/Trek-Segafredo) a 4 s
7.º Marius Mayrhofer (Ale/Team DSM a 10 s
8.º Stefano Oldani (Ita/Alpecin-Deceuninck) a 20 s
9.º Andrea Pasqualon (Ita/Bahrain-Victorious) 50 s
10.º Mirco Maestri (Ita/Eolo-Kometa) mt
39.º João Almeida (Por/UAE-Team Emirates) a 21,11 m

CLASSIFICAÇÃO GERAL
1.º Bruno Armirail (Fra/Groupama-FDJ) 56.17,01 h
2.º Geraint Thomas (Gbr/Ineos-Grenadiers) a 1,41 m
3.º Primoz Roglic (Slo/Jumbo-Visma) a 1,43 m
4.º João Almeida (Por/Emirates) a 2,03 m
5.º Andreas Leknessund (Din/Team DSM) a 2,23 m
6.º Damiano Caruso (Ita/Bahrain) a 3,09 m
7.º Lennard Kamna (Ale/Bora) a 3,33 m
8.º Thymen Arensman (Ned/Ineos-Grenadiers) a 4,26 m
9.º Laurens De Plus (Bel/Ineos) a 4,49 m
10.º Thibaut Pinot (Fra/Groupama-FDJ) a 4,54 m

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Volta a Itália: McNulty vence 15.ª etapa; João Almeida mantém 4.º lugar na geral

etapa15.jpg

Numa etapa que poderia ser considerada de risco médio/alto pelas conhecidas estradas da Lombardia, onde não faltaram as míticas 19 curvas de Selvino, mais uma vez o protagonismo pertenceu aos chamados segundos planos, em virtude dos candidatos continuarem a fazer contas e a prometerem luta nas montanhas dos Dolomitas.

Numa Volta à Itália sem líderes assumidos, a coragem de alguns ciclistas tem sido recompensada com vitórias em etapas, com a camisola rosa na posse de Bruno Armirail, que mesmo sabendo que não tem grandes possibilidades na geral, vai rentabilizando a situação para orgulho dos franceses e dos patrocinadores da Groupama-FDJ. «Foi uma etapa difícil com muitos quilómetros de subida, com Einer Rubio na fuga a situação complicou-se e os meus companheiros tiveram que trabalhar no duro para que mantivesse a camisola rosa. Só desde hoje fiquei a saber o que significa envergar a camisola rosa. Recebi o apoio incrível das pessoas, isso é ótimo e estou aliviado por ir para o dia de descanso como líder do Giro», afirmou Armirail que perdeu 33 segundos para os favoritos na chegada a Bérgamo.

Com os galos do pelotão sem iniciativas, pertenceu a João Almeida (Emirates) no empedrado na parte alta de Bérgamo, assumir a cabeça do grupo 23 ciclistas e tomar o pulso a Thomas e Roglic, que rapidamente responderam e lançaram a rede por se tratar de peixe graúdo. O ciclista português mostrou que quer discutir o primeiro lugar no Giro, conforme tinha declarado antes da partida em Seregno.

Não existiram alterações entre os primeiros da geral que cumprem o ultimo dia de descanso a pensar nas duras e decisivas batalhas que têm de enfrentar para os próximos dias.

Com um percurso exigente a 15.ª etapa entre Seregno e Bérgamo com 195 km, voltaram a ser os segundos planos e alguns dos gregários, a colorirem a corrida com uma fuga 17 ciclistas que não incomodavam em nada os que correm para o Top 10 do Giro. Com os 7 minutos a ser a bitola que não poderia ser ultrapassada pela fuga e para que os telespetadores não adormecem, a realização e bem, deu cobertura aos fugitivos que proporcionaram uma emotiva e interessante luta até à linha de chegada.

Ben Healy (Education), Marco Frigo (Israel) e Brandon McNulty (Emirates), foram os mais inconformados e combativos, depois de Marco Bonifazio (Intermarché) ter aberto as hostilidades a 50 km da meta. Num sprint a três prevaleceu a boa condição de Brando McNulty, que conseguiu aos 25 anos a primeira vitória numa grande volta e a primeira da UAE-Team Emirates na Volta à Itália deste ano; «Vencer uma etapa era o objetivo quando vim para o Giro. Estive doente durante o contrarrelógio e não sabia como iria recuperar, mas estou feliz. Na ultima subida tentei ficar sozinho mas Ben Healy foi muito forte, sabia que no ultimo quilometro Frigo iria recuperar e foi o ideal, porque aproveitei a sua entrada para ir na roda e sprintar nos últimos 250 metros. Estamos aqui pela classificação mas também para vencer uma etapa. Agora posso focar-me totalmente na classificação do João Almeida. Espero que ele ainda possa subir, porque é muito bom. Talvez a minha vitória seja um bom impulso para ele», declarou McNulty.

De promessa em promessa nunca cumpridas, os candidatos têm depois do dia de descanso na terça-feira, a primeira das quatro chegadas em altitude até ao final da Volta à Itália. A 16.º etapa entre Sabbio Chiese e Monte Bondone na distância de 203 km, conta com uma contagem de 3.ª cat., duas de 2.ª cat. e duas de 1.ª cat., com a meta instalada no final da ultima subida com 21,4 km e uma inclinação média de 6,7% com rampas de 15%.

Classificações
15.ª ETAPA SEREGNO . BÉRGANO 195 KM
1.º Brandon McNulty (Usa/UAE-Team Emirates) 5.13,39 h
à média de 37,303 km/h
2.º Ben Healy (Irl/EF Education-EasyPost) mt
3.º Marco Frigo (Ita/Israel-Premier Tech) mt
4.º Bauke Mollema (Ned/Trek-Segafredo) a 1,51 m
5.º Einer Rubio (Col/Movistar) mt
6.º Simone Velasco (Ita/Astana) a 2,26 m
7.º Andrea Pasqualon (Ita/Bahrain-Victorious) mt
8.º Laurens Huys (Bel/Intermarché-Wanty) a 3,10 m
9.º Vincenzo Albanese (Ita/Eolo-Kometa) a 4,13 m
10.º François Bidard (Fra/Cofidis) mt
13.º João Almeida (Por/UAE-Team Emirates) a 6,53 m

CLASSIFICAÇÃO GERAL
1.º Bruno Armirail (Fra/Groupama-FDJ) 61.38,06 h
2.º Geraint Thomas (Gbr/Ineos-Grenadiers) a 1,08 m
3.º Primoz Roglic (Slo/Jumbo-Visma) a 1,10 m
4.º João Almeida (Por/UAE Team Emirates) a 1,30 m
5.º Andreas Leknessund (Din/Team DSM) a 1,50 m
6.º Damiano Caruso (Ita/Bahrain Victorious) a 2,36 m
7.º Lennard Kamna (Ale/Bora-Hansgrohe) a 3,02 m
8.º Eddie Dunbar (Irl/Jayco-Alula) a 3,40 m
9.º Thymen Arensman (Ned/Ineos-Grenadiers) a 3,55 m
10.º Laurens De Plus (Bel/Ineos-Grenadiers) a 4,18 m

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Giro D'Italia 2023 | Etapa 14​


 

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Giro D'Italia 2023 | Etapa 15​


 

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Histórico: João Almeida ganha 16.ª etapa do Giro!

JoaoAlmeidaimago1030256156h.jpg

O português João Almeida (UAE–Team Emirates), de 24 anos, acaba de vencer a 16.ª etapa da Volta a Itália, na distância de 203 km, entre Sabbio Chiese e o Monte Bondone, à frente do galês Geraint Thomas (Ineos-Grenadiers), ambos destacados, com o tempo de 5h53m27s.

O ciclista português partiu para a tirada, recorde-se, na quarta posição da classificação geral, a 1m30s do líder, o francês Bruno Armirail (Groupama–FDJ) e tinha à sua frente na classificação geral, ainda, precisamente, o galês Geraint Thomas (Ineos–Grenadiers),- segundo, a 22 segundos, e o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), terceiro, a 20 segundos.

João Almeida sobe assim a segundo da geral individual, atrás de Geraint Thomas, que é o novo líder.

Classificação da etapa
1.º João Almeida, 5:53.27 minutos
2.º Geraint Thomas, m.t.
3.º Primoz Roglic, a 25 segundos
4.º Eddie Dunbar, m.t.
5.º Sepp Kuss, a 1.03 minutos
6.º Ilan Van Wilder, a 1.16 minutos
7.º Damiano Caruso, m.t.
8.º Einer Augusto Rubio, m.t.
9.º Laurens De Plus, m.t.
10.º Thymen Arensman, m.t.

Classificação geral
1.º Geraint Thomas, 67:32.35 horas
2.º João Almeida, a 18 segundos
3.º Primoz Roglic, a 29 segundos
4.º Damiano Caruso, a 2.50 minutos
5.º Eddie Dunbar, a 3.03 minutos
6.º Lenard Kamna, a 3.20 minutos
7.º Bruno Almirail, a 3.22 minutos
8.º Andreas Leknessund, a 3.30 minutos
9.º Thymen Arensman, a 4.09 minutos
10.º Laurens de Plus, a 4.32 minutos

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Giro D'Italia 2023 | Etapa 16​


 

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Volta a Itália: Alberto Dainese vence 17.ª etapa, João Almeida mantém segundo lugar

AlbertoDaineseimago1030281235h.jpg

Não se pode exigir que todos os dias os ciclistas proporcionem lutas gigantesca e que uma corrida de três semanas, não pode ser feita apenas de etapas com montanha e contrarrelógios, os corredores não são máquinas e os velocistas também têm que ter as suas oportunidades.

No rescaldo das batalhas no Monte Bondone que revolucionou a geral, o pelotão meteu tréguas na véspera de novos combates programados para os próximos três dias nas montanhas do Dolomitas. A 17.ª etapa entre Pergine Valsugana e Caorle com 197 km, há muito que estava cantada e que pertencia aos velocistas apostarem na penúltima oportunidade antes de chegarem a Roma no domingo.

Num sprint milimétrico que obrigou mais uma vez os comissários a recorrerem ao foto-finish, o italiano Alberto Dainese (Team DSM) foi primeiro, seguido de Jonathan Milan (Bahrain) que pela quarta vez foi segundo, com Michael Matthews (Jayco) na terceira posição. O vencedor que esteve em risco de abandonar devido a uma bronquite, cerrou os dentes e conseguiu a segunda vitória no Giro depois de ter conquistado em 2022, a 11.ª etapa que finalizou em Reggio Emília.

«A malta fez um trabalho excecional, Niklas assumiu a liderança no último quilometro, como cedeu mais cedo, comecei o imediatamente o sprint. Pensei que alguém respondesse para ir à roda e ultrapassá-lo nos últimos cinquenta metros. Vi que Milan não respondia e espremi ao máximo as minhas forças, sinceramente pensei que tinha sido segundo, depois vi a foto em que era primeiro e me deixou muito feliz. Domingo foi o dia mais terrível da minha vida por estar doente com gripe e ontem passei muito mal, mas valeu a pena porque mesmo hoje não estava a cem por cento. Foi uma etapa caseira, conhecia todos os buracos da estrada, ganhar em casa é espetacular», afirmou Alberto Dainese.

Com os melhores a reservarem energias, existiam todas as condições para os segundos planos se mostrarem, Senne Leysen Alpecin), Thomas Champion (Cofidis), Diego Pablo Sevilla (Eolo-Kometa) e Charlie Quarterman (Corratec), foram os fugitivos que não tiveram a mínima possibilidade de atingirem a meta, devido à fome de vencer etapas de algumas equipas. De nada valeram os quase três minutos de vantagem para o pelotão, que manteve a fuga em rédea curta, para a 5 km do final se confirmarem os prognósticos de uma chegada massiva.

Feita a história de uma etapa sem história, Geraint Thomas (Ineos), manteve a camisola rosa, seguido na geral de João Almeida (Ineos), líder da juventude e Primoz Roglic (Jumbo), e não se deu por eles ao longo da etapa. Sempre bem acompanhados pelos gregários, não surgisse algum percalço, os três nomes mais falados e mais fortes candidatos a vencer a geral da Volta à Itália, passaram despercebidos até cortarem a meta.

Geraint Thomas mostrou-se satisfeito no final da etapa; «Choveu um pouco mas não foi nada comparado ao que tivemos antes. Correu tudo bem o que era o mais importante. As equipas com velocistas queriam correr e fizeram-no em bom ritmo, a nossa equipa está em boa forma e economizámos o máximo de energias para as próximas três etapas», declarou o camisola rosa que completa quinta-feira 37 anos; «Vai ser divertido, espero que seja um bom dia. Ainda há muito trabalho a fazer antes de domingo, vamos esperar para ver como vai ser a etapa de amanhã».

Classificações
17.ª ETAPA PERPINE VALSUGANA - CAORLE 197 KM

1.º Alberto Dainese (Ita/Team DSM) 4.26,08 h
à média de 44,410 km/h
2.º Jonathan Milan (Ita/Bahrain-Victorious) mt
3.º Michael Matthews (Aus/Jayco-Alula) mt
4.º Niccoló Bonifazio (Ita/Intermarché-Circus) mt
5.º Simone Consonni (Ita/Cofidis) mt
6.º Fernando Gaviria (Col/Movistar) mt
7.º Andrea Pasqualon (Ita/Bahrain-Victorious) mt
8.º Alex Kirsch (Lux/trek-Segafredo) mt
9.º Stefano Oldani (Ita/Alpecin-Deceuninck) mt
10.º Pascal Ackermann (Ale/UAE-Team Emirates) mt
32.º João Almeida (Por/UAE-Team Emirates) mt

CLASSIFICAÇÃO GERAL
1.º Geraint Thomas (Gbr/Ineos-Grenadiers) 71.58,43 h
2.º João Almeida (Por/UAE Team Emirates) a 18 s
3.º Primoz Roglic (Slo/Jumbo-Visma) a 29 s
4.º Damiano Caruso (Ita/Bahrain Victorious) a 2,50 m
5.º Eddie Dunbar (Irl/Jayco-Alula) a 3,03 m
6.º Lennard Kamna (Ale/Bora-Hansgrohe) a 3,20 m
7.º Bruno Armirail (Fra/Groupama-FDJ) a 3.22 m
8.º Andreas Leknessund (Din/Team DSM) a 3,30 m
9.º Thymen Arensman (Ned/Ineos-Grenadiers) a 4,09 m
10.º Laurens De Plus (Bel/Ineos-Grenadiers) a 4,32 m

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Giro D'Italia 2023 | Etapa 17​


 

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Volta a Itália: Continua vivo o sonho de João Almeida no pódio

giroetapa18.jpg

No decorrer da 18.ª etapa da Volta à Itália que finalizou em Val di Zoldo, notou-se que João Almeida (Emirates) não estava nos seus melhores dias ao passar por dificuldades que não se previam, mas que são perfeitamente normais no ciclismo. No final conseguiu manter um lugar no pódio, embora tenha descido para terceiro na geral por troca com Primoz Roglic (Jumbo), enquanto Geraint Thomas (Ineos) manteve a camisola rosa de líder.

É normal no ciclismo surgirem dias menos bons e desta vez calhou a João Almeida, que salvou a jornada e provavelmente um lugar no pódio, com o apoio inquestionável de Jay Vine, que se entregou de alma e coração para manter o ciclista português com Thomas e Roglic à vista. O facto de ter gastado mais 21 segundos, pesam nos objetivos de poder chegar ao primeiro lugar, mas manteve intocável o sonho de terminar no pódio em Roma no domingo.

O ritmo imposto pela Ineos nos dois primeiros terços da etapa, foi complementado pela Jumbo-Visma na ultima parte, com o renovado e portentoso Roglic que desfez todas as duvidas e confirmou que vai lutar para vencer a geral. O ataque de Roglic na penúltima subida no Alto de Coi, refletiu-se em João Almeida, que não conseguiu responder, quando Geraint Thomas já se encontrava na roda do esloveno.

Em circunstâncias normais a recolagem teria sido possível, um despiste de Jay Vine atrapalhou a situação e foi a partir daí que João Almeida perdeu todas as possibilidades de se juntar aos adversários diretos. O tempo perdido seja ele muito ou pouco, afeta qualquer desportista que corre para o primeiro lugar, que neste acaso ficou um pouco mais longe, embora a etapa de sexta-feira em alta montanha nos Dolomitas e o contrarrelógio no sábado com 7,3 km sempre a subir, ainda possam dar a volta à classificação geral.

«Foi um dia muito duro desde o início, com um ritmo muito alto. Fiz o meu melhor e estou feliz com isso, Amanhã há mais e será ainda mais difícil, por isso espero estar lá em cima com eles. Sei que não será fácil mas vou lutar até ao fim. Os adversários estavam hoje mais fortes do que eu, o que não é o ideal, mas feitas as contas estou feliz. Estamos perto de Roma, mas ainda falta muita corrida. Estou ok e amanhã quero seguir com eles, vamos ver se algo acontece, porque facilmente se ganha ou se perde tempo nesta etapa. Não me senti muito bem e a minha equipa fez um trabalho perfeito, eles taparam alguns buracos. Jay Vine foi muito bom esteve sempre comigo e estou-lhe muito agradecido», declarações de João Almeida depois de cortar a meta.

A luta a três vai manter-se inalterada nas próximas etapas, no final Geraint Thomas mostrava-se satisfeito: «Foi um bom dia, não perdi tempo e mantive Roglic controlado. Ele gosta de mudanças de andamento e estava muito forte, mas estou feliz com o que fiz ao longo da etapa. A diferença aumentou para João Almeida o que é bom, mas tenho que ser consistente. Roglic já tinha tido um dia mau e hoje foi Almeida, eu levo isso em conta dia após dia e subida após subida».

Dos sete homens em fuga, Paret-Peintre (AG2R), Vadim Pronsky (Astana), Thibaut Pinot (Groupama), Marco Frigo (Israel), Derek Gee (Israel), Warren Barguil (Arkéa) e Filippo Zana (Jayco-Alula), apenas restaram Zana e Pinot. No sprint final o campeão italiano foi mais forte que o francês que recuperou a camisola do prémio da montanha. «Todo este Giro já é para mim um sonho. Agradeço à equipa que me deu esta oportunidade, no meu primeiro ano de World Tour. Ainda não consigo acreditar o que aconteceu. Dificilmente irei passar por outro momento como este na minha carreira, apostei no sprint e deu certo, estou feliz por ter aproveitado a oportunidade», afirmou Filippo Zana, que registou o melhor resultado da temporada e a primeira vitória numa grande volta.

Mauro Gianetti gerente da UAE-Team Emirates, justificou aos jornalistas o dia menos positivo de João Almeida: «Depois da corrida ele disse-me que não se tinha sentido bem desde o início. Foi bom, mas não foi ótimo. O João teve um pouco mais de dificuldades no dia de hoje. Não sentiu boas sensações mas não perdeu tanto tempo para os seu dois concorrentes. Limitou os danos e teve que recuperar o fôlego, mas nunca foi capaz de chegar junto de Roglic e Thomas. O objetivo continua a ser o pódio e ainda não chegámos ao fim. Também está a competir contra Thomas e Roglic, dois verdadeiros campeões. Sexta-feira promete ser um espetáculo maravilhoso. Roglic quer recuperar parte do seu atraso, Thomas quer terminar e ganhar tempo antes do contrarrelógio e João quer aproximar-se. Com certeza que será uma boa luta», concluiu.

18.ª ETAPA ORDESO - VAL DI ZOLDO 161 KM
1.º Filippo Zana (Ita/Jayco-Alula) 4.25,12 h à média de 36,425 km/h
2.º Thibaut Pinot (Fra/Groupama-FDJ) mt
3.º Warren Barguil (Fra/Arkéa-Sumsic) a 50 s
4.º Derek Gee (Can/Israel-Premier Tech) a 1,03 m
5.º Aurélien Paret-Peintre (Fra/AG2r-Citroen) a 1,24 m
6.º Marco Frigo (Ita/Israel-Premier Tech) mt
7.º Primoz Roglic (Slo/Jumbo-Visma) a 1,56 m
8.º Geraint Thomas (Gbr/Ineos-Grenadiers) mt
9.º João Almeida (Por/UAE-Team Emirates) a 2,17 m
10.º Eddie Dunbar (Irl/Jayco-Alula) ma 2,32 m

CLASSIFICAÇÃO GERAL
1.º Geraint Thomas (Gbr/Ineos-Grenadiers) 76.25,51 h
2.º Primoz Roglic (Slo/Jumbo-Visma) a 29 s
3.º João Almeida (Por/UAE Team Emirates) a 39 s
4.º Eddie Dunbar (Irl/Jayco-Alula) a 3,39 m
5.º Damiano Caruso (Ita/Bahrain Victorious) a 3,51 m
6.º Lennard Kamna (Ale/Bora-Hansgrohe) a 4,27 m
7.º Thibaut Pinot (Frs/Groupama-FDJ) a 4,43 m
8.º Andreas Leknessund (Din/Team DSM) a 4,47 m
9.º Thymen Arensman (Ned/Ineos-Grenadiers) a 4,53 m
10.º Laurens De Plus (Bel/Ineos-Grenadiers) a 5,52 m

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Giro D'Italia 2023 | Etapa 18​


 

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Giro: João Almeida perde tempo mas tem o pódio praticamente certo

giroetapa19.jpg

Na demolidora etapa rainha da Volta à Itália marcada pela alta montanha, com início em Langarone e final em Tre Cime di Lavaredo, local mítico do ciclismo e no qual brilharam os nomes sonantes do ciclismo mundial, João Almeida (Emirates, defendeu-se, atacou e batalhou lado a lado com Primoz Roglic (Jumbo) e Geraint Thomas (Ineos) numa empolgante luta de gigantes entre os três melhores ciclistas da competição.

A etapa com cinco contagens de montanha acabou por ser muito tática por parte dos homens que lutam pela geral. João Almeida manteve-se em posição de alerta na roda de Roglic ou Thomas, respondeu aos ataques, recuperou uma centena de metros quando Roglic atacou na entrada do ultimo quilometro, mas já não teve forças para ir à roda quando Geraint Thomas disparou a 400 metros e levou Primoz Roglic que se mostrou ao seu melhor nível, e lá se foram 23s para o esloveno e 20s para o camisola rosa, mantendo o terceiro lugar na geral, com todas as possibilidades de subir ao pódio domingo em Roma.

«Numa etapa muito difícil dei tudo o que tinha e penso que não foi muito mau. Estive na frente até aos 7 km, mas Roglic e Thomas foram um bocadinho mais rápidos do que eu. No geral estou satisfeito e ainda falta amanhã, que vai ser um dia muito difícil no qual vou fazer o meu melhor. A subida final era muito inclinada para atacar e distanciar-me, além de precisar de ter boas pernas e eu já não as tinha. No final sofri um bocadinho mas vamos terminar depois de amanhã em Roma e o pódio continua a ser o meu objetivo. Vai ser difícil mas não é impossível recuperar o tempo para Thomas e Roglic, vou dar tudo e veremos. No geral estou satisfeito com o desfecho final», declarou João Almeida.

Tudo se vai decidir na terrível cronoescalada de sábado à tarde ao Monte Lussari, os tormentosos 7,3 km irão colocar todos os ciclistas nos seus lugares. Thomas e Roglic levam vantagem sobre João Almeida, que tem praticamente garantido o terceiro lugar e o primeiro no prémio da juventude (camisola branca), feito importante para o ciclismo português, atingindo os objetivos com que alinhou à partida.

Roglic ganhou três segundos a Thomas e promete lutar pelo primeiro lugar: «Senti-me muito bem e as pernas estão de volta. Claro que tenho fé para amanhã em conseguir um bom resultado, o melhor dos dois vencerá. A etapa foi longa e muito dura mas todos fizeram os mesmos quilómetros, estamos em igualdade. O contrarrelógio vai ser complicado, a subida tem que ser bem memorizada, o doseamento de esforço será decisivo e no final fazem-se as contas e vencerá o melhor», frisou Roglic que voltou a mudar de bicicleta, o que faz habitualmente nos últimos 20 km nas etapas de montanha.

Geraint Thomas (camisola rosa) afirmou que o contrarrelógio irá ser emocionante: «Ataquei a 400 metros da meta, mas depressa viram que estava a ficar demasiado longe, Roglic respondeu e conseguiu superar-me nos últimos 100 metros. Perdi alguns segundos, mas foi bom ganhar tempo a Almeida. O contrarrelógio será muito emocionante e divertido de ver, mas horrível de fazer por parte dos ciclistas.»

Na luta pela vitória na etapa estiveram envolvidos 11 fugitivos, Santiago Buitrago (Bahrain), Magnus Cort (Education), Derek Gee (Israel), Carlos Verona (Movistar), Michael Hepburn (Jayco), Nicolas Prodhomme (AG2R), Vadim Pronskiy (Astana), Larry Warbasse (AG2R), Davide Gabburo (Green Project), Stefano Oldani (Alpecin) e Patrick Konrad (BORA).

A vantagem que chegou a bater nos 7 minutos foi diminuindo, o mesmo aconteceu com o grupo que foi dicando cada vez mais reduzido, no qual se destacaram nos últimos quilómetros o colombiano Buitrago e o canadiano Derek Gee, com Buitrago a vencer e a inscrever o seu nome nos colunáveis de Tre Cime di Lavaredo: «Pessoalmente foi um Giro muito difícil, queria vencer algumas etapas mas só consegui levantar os braços em Tre Cime di Lavaredo e isso é incrível. Esta é a recompensa por todo o trabalho muito duro que fiz. Ao longo das etapas trabalhei muito para equipa que realizou um grande Giro. É fantástico poder agir e conquistar mais uma vitória para a equipa. Dá muita moral ver que estamos colhendo os frutos do nosso árduo trabalho. Gee vinha na minha frente e era uma espécie de alvo. Queria mantê-lo dentro do alcance para o não perder de vista. No final com mais de um quilometro por percorrer, dei tudo de mim. Foi bonito mas muito difícil», afirmou Buitrago.

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Giro: Primoz Roglic é o vencedor, João Almeida termina em 3.º

JoaoAlmeidagiro1.jpg

Parabéns, João Almeida! Não se podia exigir mais ao ciclista português que mais uma vez se empregou a fundo e deu o máximo no descomunal contrarrelógio que definiu a geral na Volta à Itália, numa tremenda subida na qual Primoz Roglic (Jumbo-Visma) confirmou ser o mais forte e proclamar-se vencedor da Volta à Itália, com a diferença de 14 segundos para Geraint Thomas (Ineos), a segunda menor mas 106 edições já realizadas.

O objetivo de João Almeida estar no pódio em Roma foi conseguido, o terceiro lugar constitui o quarto pódio de portugueses nas três grandes voltas, juntando-se ao imortal Joaquim Agostino, segundo na Volta à Espanha em 1974, terceiro na Volta à França em 1978 e 1979, a que junta o primeiro lugar no prémio da juventude, a segunda classificação secundária depois de Ruben Guerreiro ter sido em 2020, o vencedor do premio da montanha.

«Ficar em terceiro lugar na Volta à Itália é muito bom e alcancei o meu objetivo. Também ganhei uma etapa, a camisola da juventude e estou muito satisfeito e ansioso pelo futuro. Espero que este seja apenas o começo» declarações de João Almeida no final da etapa que sobre o contrarrelógio avançou; «Empreguei-me a fundo, tentei dosear o esforço e não explodir. Acho que fiz uma boa subida, melhorando quilómetro a quilómetro e estou contente com isso. Primoz foi simplesmente incrível.
Pensava que Primoz e Thomas fossem mais rápidos do que eu, estou feliz com o resultado e ansioso por terminar amanhã e a seguir ter um bom período de descanso».

O contrarrelógio de João Almeida ficou marcado pela regularidade, sustentada no doseamento de esforço, que lhe permitiu registar o 3.º melhor tempo no ponto intermédio aos 10,8 km, 5.º no segundo aos 14,3 km, 3.º aos 18 km e na meta, gastando mais 40 segundos que Primoz Roglic e dois segundos que Geraint Thomas, mantendo o terceiro lugar na geral com menos 3,25 m que Damiano Caruso que foi o quarto classificado.

A corrida de Primoz Roglic foi de menos a mais, depois de ter sofrido uma queda e passar por dificuldades em algumas etapas de montanha, onde Geraint Thomas poderia ter sentenciado a geral, mas tal não aconteceu. A experiencia de Roglic, vencedor de três Voltas à Espanha, foi determinante na fase crucial da Volta à Itália, impondo-se de forma concludente na difícil subida ao Monte Lussari, durante a qual nem uma avaria mecânica, impediu de terminar em primeiro lugar, numa etapa que obrigou a organização a utilizar meios logísticos nunca vistos numa corrida de bicicletas.

«Tive boas pernas mas todos aqueles fãs deram-me muitos watts extras. Não se trata da vitória, mas sim as pessoas. Eu sabia que estava com boas sensações e boas pernas, mas todas aquelas pessoas a incentivarem-me deram-me força extra para conseguir ganhar», palavras de Roglic que sobre a avaria acrescentou; «Faz parte da corrida e nunca entrei em pânico, apenas coloquei a corrente no sitio e voltei a montar a bicicleta. A ultima etapa normalmente é uma formalidade, é mais um dia, a Volta à Itália só termina quando se cortar a meta em Roma, mas parece ser bom».

Geraint Thomas afirmou não ter desculpas porque Roglic foi melhor; «Não quero arranjar desculpas, mas fazer um contrarrelógio com uma bicicleta normal é bastante estranho. Prefiro perder por esta margem do que ficar preso por dois segundos, isso seria mais azedo. Primoz destruiu-me e ele merce ser o vencedor. O problema mecânico não o impediu de ganhar tempo. Antes do Giro eu sonhava com a vitória, mas agora fico um bocado desconfortável. O ciclismo não tem vencedores antecipados e no final ganha sempre o melhor».

A penúltima etapa, o contrarrelógio individual entre Tarviso e Monte Lussari na distância de 18,6 km, provocou como se esperava algumas importantes alterações na classificação geral começando pela mudança de camisola rosa que passou do corpo de Geraint Thomas para o de Primoz Roglic, Thibaut Pinot (Groupama) que ficou em 5.º lugar, Thymen Arensman (Ineos) e Andreas Leknessund (Team DSM), acabaram por subir uma posição, ao contrário de Eddie Dunbar (Jayco-Alula) que foi o mais penalizado e desceu dois lugares.

19.ª ETAPA TARVISIO - MONTE LUSSARI KM (CRI)
1.º Primoz Roglic (Slo/Jumbo-Visma) 44,23 m à média de 25,145 km/h
2.º Geraint Thomas (Gbr/Ineos-Grenadiers) a 40 s
3.º João Almeida (Por/UAE-Team Emirates) a 42 s
4.º Damiano Caruso (Ita/Bahrain-Victorious) a 55 s
5.º Thibaut Pinot (Fra/Groupama-FDJ) a 59 s
6.º Sep Kuss (Usa/UAE-Team Emirates) a 1,05 m
7.º Brandon McNulty (Usa/UAE Team Emirates) a 1,07 m
8.º Thymen Arensman (Ned/Ineos-Grenadiers) a 1,18 m
9.º Andreas Leknessund (Din/Team DSM) a 1,49 m
10.º Jay Vine (Aus/UAE-Team Emirates) a 1,53 m

CLASSIFICAÇÃO GERAL
1.º Primoz Roglic (Slo/Jumbo-Visma) 82.40,36 h
2.º Geraint Thomas (Gbr/Ineos-Grenadiers) a 14 s
3.º João Almeida (Por/UAE Team Emirates) a 1,15 m
4.º Damiano Caruso (Ita/Bahrain Victorious) a 4,40 m
5.º Thibaut Pinot (Fra/Groupama-FDJ) a 5,43 m
6.º Thymen Arensman (Ned/Ineos-Grenadiers) a 6,05 m
7.º Eddie Dunbar (Irl/Jayco-Alula) a 7,30 m
8.º Andreas Leknessund (Din/Team DSM) a 7,31 m
9.º Lennard Kamna (Ale/Bora-Hansgrohe) a 7,46 m
10.º Laurens De Plus (Bel/Ineos-Grenadiers) a 9,08 m

PONTOS
1.º Jonathan Milan (Ita/Bahrain-Victorious)

MONTANHA
1.º Thibaut Pinot (Fra/Groupama-FDJ)

JUVENTUDE
1.º João Almeida (Por/UAE-Team Emirates)

EQUIPAS
1.ª Bahrain-Victorious 247.56,00 h
2.ª Ineos Grenadiers a 16,22 m
3.ª Jumbo-Visma a 30,40 m

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Roglic vence o Giro, João Almeida faz inédito e histórico pódio!

joalmei23.jpg

Com a 21.ª e última etapa, um circuito urbano de 126 km em Roma, concluiu-se na tarde deste domingo a edição da Volta a Itália, ganha pelo esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), com o galês Geraint Thomas (Ineos-Grenadiers) a ficar no segundo lugar, a 14 segundos e, feito inédito e histórico, pela primeira vez na história do Giro, desde a primeira edição, em 1909, um português, João Almeida, de 24 anos (Team UAE-Emirates) a concluir a prova no pódio, no terceiro lugar, a 1m15s do vencedor final.

João Almeida faz apenas o quarto pódio de ciclistas nacionais numa das três grandes voltas (Giro, Tour e Vuelta), depois dos dois terceiros lugares de Joaquim Agostinho no Tour, em 1978 e 1979, e do segundo lugar do mesmo Joaquim Agostinho na Vuelta de 1974.

Almeida é apenas o segundo português na história a subir ao pódio numa das três grandes voltas, 44 anos após Joaquim Agostinho o ter conseguido pela terceira e última vez na Volta a França, e o primeiro de sempre na Volta a Itália.

A vitória na última etapa, discutida ao sprint e com chegada em pelotão, marcada pela violenta queda do alemão Pascal Ackerman, de 29 anos (Bora-Hangsrohe) já na reta da meta, foi para o veterano (38 anos) britânico Mark Cavendish (Astana-Cazaquistão), natural da Ilha de Man.

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