• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Ciclismo - Volta à Galiza 2023

benfas69

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 5, 2016
Mensagens
57,263
Gostos Recebidos
2,362
Vingegaard desfez as dúvidas sobre quem é o melhor

img_920x518$2023_02_24_15_53_49_2100569.jpg

Jonas Vingegaard gosta de ganhar e, por isso, esta sexta-feira, atacou no Monte Trega para garantir a vitória na segunda etapa do Gran Camiño e a liderança da geral, na qual o ciclista português Ruben Guerreiro é segundo.
Na primeira etapa a contar da prova galega, o dinamarquês da Jumbo-Visma foi implacável: saltou no início da dura subida de segunda categoria, cavou uma vantagem confortável para os perseguidores, que nem o empedrado do 'viacrucis' anulou, e cortou a meta em 4:33.33 horas, deixando o mais direto perseguidor, o português Ruben Guerreiro (Movistar), a 21 segundos.

"Gosto de correr e gosto de ganhar. Hoje, queria tentar ganhar e, felizmente, tive as pernas para fazê-lo e estou super contente por ter triunfado", resumiu o vigente campeão do Tour, visivelmente radiante pelo seu feito.

Perante tamanha exibição de superioridade de Vingegaard, Guerreiro limitou-se a tentar encurtar distâncias, com uma aceleração no empedrado, e acabou por demonstrar ser o segundo melhor do pelotão do Gran Camiño, ao chegar à frente de Ion Izagirre (Cofidis), terceiro a 24 segundos.

Na geral, o português da Movistar tem 28 segundos de atraso sobre o ciclista da Jumbo-Visma e três de vantagem face a Izagirre.

Após a terrível primeira etapa, neutralizada pela queda de neve, o sol apareceu no 'Caminho de Pontevedra', a ligação de 184,3 quilómetros entre Tui e o Monte Trega, para a qual Jonas Vingegaard e Sebastian Schönberger (Human Powered Health) partiram virtualmente com três segundos de vantagem sobre o pelotão, por terem vencido os dois sprints bonificados da cancelada jornada inaugural.

Com a liderança da prova galega em mente, o austríaco lançou-se em fuga estavam decorridos pouco mais de uma dezena de quilómetros, na companhia de Unai Quadrado (Euskaltel-Euskadi), Josu Etxeberria (Caja Rural), Antonio Angulo (Burgos-BH), Alexander Konychev (Corratec), Mattia Bais (EOLO-Kometa) e Alejandro Ropero (Electro Hiper Europa).

Schönberger distanciou-se virtualmente de Vingegaard, ao conquistar mais dois segundos de bonificação no primeiro sprint intermédio, mas com menos de três minutos de vantagem sobre o pelotão, placidamente liderado pela Jumbo-Visma, e com o espetacular Monte Trega para subir, a empreitada do ciclista da Human Powered Health estava condenada à partida.

Foi já na aproximação à contagem de montanha de segunda categoria que desembocava na meta que os fugitivos foram apanhados, após largos quilómetros à vista do pelotão -- o grupo principal chegou praticamente a parar para prolongar a escapada, anulada apenas a 14 quilómetros da meta.

No Alto da Cruz da Portela, a Jumbo-Visma aumentou o ritmo, antecipando o que aconteceria nos 3,5 quilómetros de subida a Santa Trega, com uma pendente média de inclinação de 7,9% e cerca de 300 metros de empedrado de uma 'viacrucis' que terminava a menos de 400 da meta.

O corredor da casa Delio Fernández (AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense) tentou a sua sorte ainda antes da ascensão final, mas a diferença de forças relativamente à todo-poderosa formação neerlandesa foi por demais evidente, com a corrida a seguir controlada até ao sopé do Monte Trega.

Com a Movistar de Ruben Guerreiro à espreita, foi Ion Izagirre o primeiro a agitar o grupo de favoritos no início da subida, antes do campeão do Tour2022 lançar um demolidor ataque, a 2,4 quilómetros da meta, ao qual ninguém respondeu.

O dinamarquês continuou a pedalar ao seu ritmo, aumentando cada vez mais o fosso para os rivais, que ficaram sem reação. Izagirre assumiu inicialmente a perseguição, com Guerreiro na roda, mas foi o monegasco Victor Langellotti (Burgos-BH), vencedor da oitava etapa da última Volta a Portugal, o único capaz de saltar do grupo, para seguir no encalce do futuro vencedor da etapa.

Foi no empedrado que Guerreiro reagiu, mas a sua aceleração já só foi suficiente para ser segundo na meta, onde Joaquim Silva (Efapel) foi o segundo melhor ciclista português, num honroso 12.º lugar, a 39 segundos de Vingegaard.

Silva, que também foi o melhor luso na Volta ao Algarve, ocupa a mesma posição na geral, a 52 segundos do homem que confirmou esta sexta feira que adora vestir de amarelo.

"Agora, temos de ver como me sinto amanhã [sábado] e decidiremos a partir daí", disse Vingegaard, assumidamente satisfeito por ter vencido (e por liderar) a sua primeira prova da época.

A vitória final do dinamarquês de 26 anos parece ser, agora, um pró-forma, uma ideia que poderá ser reforçada no sábado, na terceira etapa, uma ligação de 163 quilómetros entre Esgos e Rubiá, onde está instalada uma contagem de montanha de primeira categoria.

Record
 

benfas69

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 5, 2016
Mensagens
57,263
Gostos Recebidos
2,362
Resumo 1ª Etapa (ESP)

 

benfas69

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 5, 2016
Mensagens
57,263
Gostos Recebidos
2,362
Vingegaard imparável ganha mais uma etapa com Ruben Guerreiro em segundo

img_920x518$2023_02_25_18_01_28_2100930.jpg

Jonas Vingegaard prepara-se para ganhar a segunda edição do Gran Camiño com um registo 100% vitorioso, depois de ter vencido a terceira etapa, este sábado, que confirmou Ruben Guerreiro como o mais direto adversário do ciclista dinamarquês.

Quando cruzou a meta, 21 segundos após o campeão do Tour'2022, o português da Movistar estava resignado perante tamanha superioridade de Vingegaard, que atacou nos derradeiros dois quilómetros para chegar isolado ao alto do castelo de Rubiá, com o tempo de 03:19.58 horas, no final de uma etapa amputada pela neve, mas, sobretudo, pela vontade dos corredores.

"Diria que sim, que foi mais difícil [a vitória de hoje]. Foi uma etapa fria, tivemos de trabalhar um pouco mais para ela enquanto equipa. Foi uma subida dura. O tempo estava muito diferente, o que também desempenha o seu papel. As sensações não eram as mesmas de ontem [sexta-feira], mas ainda assim queria tentar. E tentei. Felizmente, fui capaz de ganhar", explanou o dinamarquês, assumindo ainda que no domingo vai tentar fechar o seu anunciado triunfo na prova galega com a terceira vitória em etapas.

A principal vítima do registo imaculado de Vingegaard no seu arranque de temporada - a primeira etapa do Gran Camiño não teve vencedor, após ser neutralizada por causa da neve - é mesmo Ruben Guerreiro, que manteve o segundo lugar da geral, mas está agora a 53 segundos.

O português foi segundo pelo segundo dia consecutivo, à frente de Attila Valter (Jumbo-Visma), que chegou a 35 segundos do seu companheiro de equipa e subiu ao quarto lugar da geral, a 01.29. O espanhol Jesus Herrada (Cofidis) é terceiro, a 01.25.

Numa Esgos coberta de neve, o dia começou com limpeza da estrada, com sal atirado para o asfalto e nova incerteza quanto à possibilidade de os 163 quilómetros da terceira etapa serem completados na totalidade.

Poucos minutos antes da hora marcada para o início da tirada, Delio Fernández (AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense), o representante dos corredores, anunciava a novidade: não se subiria a Santa Mariña, a primeira categoria que o pelotão teria de escalar duas vezes (ao quilómetro 110,5 e 136,5) e que faria a seleção antes da dificuldade final.

O poder que ganharam quando decidiram neutralizar a primeira etapa, devido à queda intensa de neve, foi este sábado novamente usado pelos ciclistas para convencer o colégio de comissários a encurtar o percurso em cerca de 40 quilómetros, embora não tenha havido consenso entre as equipas, zelosas dos seus interesses - com a subida a Rubiá como única dificuldade, o beneficiado seria Vingegaard.

Com medo essencialmente do frio que passariam na descida de Santa Mariña, numas estradas geladas, com neve a perder de vista, os corredores viram a etapa reduzida a meros 123,4 quilómetros, já que também a escalada ao castelo de Rubiá foi encurtada em três quilómetros.

Assim, a etapa rainha da prova galega acabou amputada, com o espetáculo e a própria discussão da corrida a ficarem comprometidos. Nem a fuga de 11 homens, nos quais se incluíam Rohan Dennis (Jumbo-Visma), o português Tiago Antunes (Efapel) ou o austríaco Sebastian Schönberger (Human Powered Health), à procura de assegurar a camisola dos pontos, animou a jornada, já que nunca chegou a ter mais de dois minutos.

Perseguidos pela Caja Rural, Schönberger, Xabier Isasa (Euskaltel-Euskadi) e Simone Velasco (Astana), os últimos resistentes, foram apanhados a 15 quilómetros da meta.

A corrida seguiu tranquila até que o espetáculo Jumbo-Visma começou: Atilla Valter, com o seu líder na roda, dinamitou o grupo a três quilómetros, deixando-o apenas com outras duas unidades, Guerreiro e Ion Izagirre (Cofidis).

Seguir-se-ia o demolidor ataque do camisola amarela, ao qual o português da Movistar tentou responder, sem sucesso, resignando-se a esperar pelo espanhol, que cairia na descida que antecedeu os derradeiros 1.000. Isolado na perseguição, confirmou aquilo que o Monte Trega já tinha declarado: o dorsal '1' é, com distância, o segundo mais forte deste Gran Camiño.

No entanto, o recém-coroado campeão da Volta à Arábia Saudita e 'rei' da montanha do Giro2020 precisa de confirmar esse estatuto no contrarrelógio da última etapa, que, no domingo, percorrerá 18,1 quilómetros nas ruas de Santiago de Compostela, sendo que o exercício individual contra o cronómetro tem sido o principal 'adversário' do português nos últimos anos.

Joaquim Silva (Efapel) voltou a ser o melhor homem das equipas portuguesas, na 15.ª posição, a 01.10 minutos de Vingegaard, e vai partir para a quarta e última etapa da prova galega com hipóteses de fechar a sua prestação no top 15, uma vez que é 13.º na geral, a 02.12.

Record
 

benfas69

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 5, 2016
Mensagens
57,263
Gostos Recebidos
2,362
Resumo 3ª Etapa (ESP)

 

benfas69

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 5, 2016
Mensagens
57,263
Gostos Recebidos
2,362
Ruben Guerreiro acaba Gran Camiño no 3.º lugar

img_920x518$2023_02_26_15_26_16_2101234.png

Ruben Guerreiro salvou, este domingo, o pódio no Gran Camiño por cinco segundos, em nova jornada de demonstração de força do ciclista dinamarquês Jonas Vingegaard, que saiu da Galiza só com vitórias e com a amarela final.
Na história recente do ciclismo não há muitas histórias assim: depois de ganhar a segunda e terceira etapas da prova galega -- a primeira foi neutralizada -, o corredor da Jumbo-Visma arrasou a concorrência no contrarrelógio final, deixando o mais direto perseguidor, o seu colega australiano Rohan Dennis, a 35 segundos, e o terceiro, o norte-americano Will Barta (Movistar), a 59.

A prestação do vigente campeão do Tour, que demonstrou uma desconhecida faceta 'canibal' em terras galegas, foi tão demolidora que chegou à meta, diante da Catedral de Santiago de Compostela, colado a Ruben Guerreiro, que tinha partido dois minutos antes de si.

"Quero tentar ganhar tanto quanto possível. Ainda estou ávido de vitórias e ainda quero vencer muitas corridas", assumiu o dinamarquês, de 26 anos, num alerta à concorrência, nomeadamente a Tadej Pogacar (UAE Emirates), com quem vai travar o primeiro duelo da temporada no Paris-Nice, entre 5 e 12 de março.

Ainda assim, e apesar de ter sido apenas 21.º na etapa, a 1.55 minutos de Vingegaard, e ter perdido o segundo lugar da geral para Jesús Herrada (Cofidis), o português da Movistar segurou o pódio, por cinco segundos.

Como peregrinos que finalizam o seu caminho de Santiago na Praça do Obradoiro, os ciclistas concluíram, este domingo, a participação na segunda edição do Gran Camiño em frente à Catedral, num dia de sol esplêndido, a fazer esquecer as duas jornadas perturbadas pela neve.

Os técnicos e duros 18,1 quilómetros eram perfeitos para especialistas e eles foram desfilando como autores do melhor registo: o norte-americano Chad Haga (Human Powered Health), surpreendente vencedor do contrarrelógio final do Giro2019, pulverizou todos os tempos anteriores, ao concluir a etapa em 25.18 minutos, mas a sua performance foi largamente superada por Rohan Dennis (Jumbo-Visma).

Quem sabe nunca esquece e o antigo bicampeão mundial de contrarrelógio (2018 e 2019) simplesmente voou - no ponto intermédio, já retirava 44 segundos ao tempo de Haga - para finalizar o seu exercício em 24.22 minutos.

O registo de Dennis figurou durante mais de metade da jornada como o melhor, mas o australiano seria destronado quando o camisola amarela cortou a meta, com o extraordinário tempo de 23.47 minutos, alcançado a uma média de 45,662 km/h, e com Ruben Guerreiro à vista.

O português, que trabalhou especificamente o contrarrelógio na pré-temporada, tendo inclusive mudado a posição na bicicleta em busca de ganhos aerodinâmicos, foi superado por Herrada, um surpreendente quinto classificado no crono, a 1.06 minutos do vencedor, mas conseguiu evitar a perigosa aproximação de Atilla Valter (Jumbo-Visma).

Guerreiro terminou a segunda edição do Gran Camiño em terceiro, a 2.48 minutos de Vingegaard, com o espanhol da Cofidis, um dos maiores responsáveis pela neutralização da primeira jornada, a ser segundo, a 2.31.

A quarta e última etapa da prova galega trouxe ainda uma boa surpresa para Portugal, com Joaquim Silva (Efapel) a superar-se para fazer um excelente contrarrelógio - foi 13.º, a 1.32 minutos - e entrar no top 10, um prémio merecido para o corredor de 30 anos, um dos mais consistentes do pelotão nacional.

Silva sai da Galiza com um honroso nono lugar, depois de ter saltado quatro posições na geral, terminando a 3.44 minutos de Vingegaard.

Record
 

benfas69

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 5, 2016
Mensagens
57,263
Gostos Recebidos
2,362
Resumo 4ª Etapa (ESP)

 
Topo