- Entrou
- Out 5, 2021
- Mensagens
- 55,626
- Gostos Recebidos
- 1,576
Ciclone ‘Chido’ atinge arquipélago francês de Mayotte no Índico e arrasa bairros inteiros
Número de mortos pode ultrapassar vários milhares, dizem autoridades.
“Centenas ou milhares de mortos” e bairros completamente arrasados. Este foi o resultado da passagem do ciclone ‘Chido’, que deixou um rasto de destruição no arquipélago francês de Mayotte, situado entre Madagáscar e Moçambique, no oceano Índico, durante o fim de semana. Foram confirmadas oficialmente 14 mortes, mas o número real de vítimas é “incalculável”. As autoridades acreditam que possa ultrapassar os vários milhares.
Os ventos atingiram mais de 220 quilómetros por hora durante a noite de sábado, apanhando tudo e todos de surpresa, principalmente os bairros sociais com condições muito precárias. As imagens mostram bem a dimensão da tragédia, com vilas inteiras reduzidas a escombros. Segundo dados do Ministério do Interior de França, cerca de 100 mil imigrantes sem documentos vivem nestes bairros, o que torna mais difícil apurar o verdadeiro número de mortos. “Estamos a viver uma tragédia. Sentimo-nos como se estivéssemos no rescaldo de uma guerra nuclear. Vi um bairro inteiro desaparecer”, relatou um morador.
Cerca de dois terços da ilha estão inacessíveis, o que dificulta o trabalho das equipas de resgate que tentam chegar a possíveis sobreviventes. Também as equipas médicas estão com dificuldades para trabalhar no terreno, uma vez que o principal hospital da ilha também foi afetado, estando a trabalhar de forma precária. Os danos causados pela água e destruição atingiram as unidades cirúrgicas, de cuidados intensivos, maternidade e de emergência.
Entretanto, a ajuda militar francesa já começou a chegar. “Os primeiros aviões chegaram a Mayotte para prestar ajuda de emergência face aos danos causados pelo ciclone. O Estado está totalmente mobilizado para apoiar os habitantes nesta provação”, declarou Nicolas Daragon, ministro francês da Segurança. Estão também a decorrer operações marítimas para transportar material de socorro e equipamentos. A União Europeia ativou o sistema Copernicus, responsável pela monitorização da Terra, para acompanhar a situação e está a mobilizar-se para fornecer ajuda. Este é já considerado o pior ciclone a atingir o território francês nos últimos 90 anos.
Pelo menos 15 mortos em Moçambique
Moçambique também não escapou à força do ciclone ‘Chido’. Pelo menos 15 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nas províncias de Cabo Delgado e Nampula. “Os dados que temos agora indicam um total de 100 172 pessoas afetadas, o que corresponde a 20 mil famílias e em termos de óbitos estamos com 15”, disse a presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres. O
rasto de destruição também é significativo, com quase seis mil casas parcialmente destruídas e mais de 3500 totalmente danificadas. Pelo menos 69 embarcações desapareceram e outras 102 foram totalmente destruídas. Cerca de 650 mil crianças estão em risco devido ao ciclone em Moçambique, alerta a ONG Save The Children. “Elas correm o risco de perder as suas casas, serem separadas das suas famílias e ver o acesso à água, saneamento, cuidados de saúde e educação extremamente limitado”, avisa.
As autoridades moçambicanas já tinham dito na quinta-feira que cerca de 2,5 milhões de pessoas poderiam ser afetadas pelo ciclone.
Correio da Manhã

Número de mortos pode ultrapassar vários milhares, dizem autoridades.
“Centenas ou milhares de mortos” e bairros completamente arrasados. Este foi o resultado da passagem do ciclone ‘Chido’, que deixou um rasto de destruição no arquipélago francês de Mayotte, situado entre Madagáscar e Moçambique, no oceano Índico, durante o fim de semana. Foram confirmadas oficialmente 14 mortes, mas o número real de vítimas é “incalculável”. As autoridades acreditam que possa ultrapassar os vários milhares.
Os ventos atingiram mais de 220 quilómetros por hora durante a noite de sábado, apanhando tudo e todos de surpresa, principalmente os bairros sociais com condições muito precárias. As imagens mostram bem a dimensão da tragédia, com vilas inteiras reduzidas a escombros. Segundo dados do Ministério do Interior de França, cerca de 100 mil imigrantes sem documentos vivem nestes bairros, o que torna mais difícil apurar o verdadeiro número de mortos. “Estamos a viver uma tragédia. Sentimo-nos como se estivéssemos no rescaldo de uma guerra nuclear. Vi um bairro inteiro desaparecer”, relatou um morador.
Cerca de dois terços da ilha estão inacessíveis, o que dificulta o trabalho das equipas de resgate que tentam chegar a possíveis sobreviventes. Também as equipas médicas estão com dificuldades para trabalhar no terreno, uma vez que o principal hospital da ilha também foi afetado, estando a trabalhar de forma precária. Os danos causados pela água e destruição atingiram as unidades cirúrgicas, de cuidados intensivos, maternidade e de emergência.
Entretanto, a ajuda militar francesa já começou a chegar. “Os primeiros aviões chegaram a Mayotte para prestar ajuda de emergência face aos danos causados pelo ciclone. O Estado está totalmente mobilizado para apoiar os habitantes nesta provação”, declarou Nicolas Daragon, ministro francês da Segurança. Estão também a decorrer operações marítimas para transportar material de socorro e equipamentos. A União Europeia ativou o sistema Copernicus, responsável pela monitorização da Terra, para acompanhar a situação e está a mobilizar-se para fornecer ajuda. Este é já considerado o pior ciclone a atingir o território francês nos últimos 90 anos.
Pelo menos 15 mortos em Moçambique
Moçambique também não escapou à força do ciclone ‘Chido’. Pelo menos 15 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nas províncias de Cabo Delgado e Nampula. “Os dados que temos agora indicam um total de 100 172 pessoas afetadas, o que corresponde a 20 mil famílias e em termos de óbitos estamos com 15”, disse a presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres. O
rasto de destruição também é significativo, com quase seis mil casas parcialmente destruídas e mais de 3500 totalmente danificadas. Pelo menos 69 embarcações desapareceram e outras 102 foram totalmente destruídas. Cerca de 650 mil crianças estão em risco devido ao ciclone em Moçambique, alerta a ONG Save The Children. “Elas correm o risco de perder as suas casas, serem separadas das suas famílias e ver o acesso à água, saneamento, cuidados de saúde e educação extremamente limitado”, avisa.
As autoridades moçambicanas já tinham dito na quinta-feira que cerca de 2,5 milhões de pessoas poderiam ser afetadas pelo ciclone.
Correio da Manhã