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Cinco falências por dia ao longo do ano passado

florindo

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Cerca de cinco empresas por dia foram à falência no ano passado, em média. No total, havia mais cinco mil empresas em situação de insolvência em 2010, mais 694 do que em 2009. Os sectores mais afectados foram o têxtil e vestuário, a construção e o comércio.

O ano passado terminou com 5144 empresas em situação de insolvência, verificando-se uma desaceleração face ao ano anterior nos processos de insolvências. Em 2010, o crescimento das insolvências foi de 15,6%, depois de em 2009, o aumento face a 2008, ter sido de 36,2%, segundo o "Estudo anual de insolvências, constituições e créditos vencidos" da Coface.

O estudo conclui que o aumento "substancial" das empresas em que foi declarada a insolvência pelo tribunal deu o maior contributo para a subida das insolvências. Neste caso, o aumento, face ao ano anterior, foi de 44,3%. No total de 2010, 1805 empresas foram declaradas insolventes, a uma média de cinco por dia, mais 554 do que em 2009.

Também se registou uma subida nas declarações de insolvência que aguardavam em tribunal o desenvolvimento dos processos. Nas insolvências requeridas por credores assinalaram-se 1739 casos, uma subida de 5,7% em relação ao ano anterior, o que significou que mais 93 empresas estavam nesta situação. Já as declarações de insolvência apresentadas pela administração da própria empresa aumentaram 0,1%, para 1469 firmas.

Segundo os dados da Coface, as empresas que conseguiram avançar com um plano de insolvência subiram 52,3%, registando-se 131 casos no final de 2010, o que sugere "que apesar do crescimento dos processos, as empresas demonstram viabilidade para ultrapassar as dificuldades", refere o estudo.

O Porto continua a ser o distrito com o maior peso nas insolvências, 23,7% do total, seguindo-se Lisboa (18,7%), Braga (16,1%), Aveiro (9,2%), Leiria (4,8%) e Setúbal(4%).

Têxtil e construção lideram

As indústrias do têxtil, vestuário e calçado foram dos sectores com mais insolvências em 2010. Em conjunto, o têxtil, vestuário e calçado têm um peso de 12,4%, no total das insolvências. O estudo da Coface conclui que na fabricação de têxteis fecharam, por esta via, 102 empresas em 2010 (97 em 2009). Na indústria do vestuário desapareceram 417 sociedades (401 em 2009), e relativamente à indústria do couro e dos produtos de couro há a assinalar 111 encerramentos, mais dois que no ano anterior.

A construção liderou os fechos, com um peso de 19,1% no total das insolvências. Só na área da construção de edifícios desapareceram 591 sociedades, mais 156 do que em 2009. Na engenharia civil fecharam 131 e nas actividades especializadas de construção fecharam 248 firmas.

As actividades de comércio estão, também, em destaque pela negativa. O comércio por grosso atingiu um peso de 14,6% nos total das insolvências, verificando-se o desaparecimento de 745 empresas na categoria de comércio por grosso, excepto veículos automóveis e motociclos. No comércio a retalho o cenário é igualmente negro. Em 2010, este sector teve um peso de 12,7% no total de acções com 648 firmas encerradas por este meio, mais 71 do que em 2009.

A reboque da construção, a fileira da madeira e outros materiais para a construção e o lar assistiram a uma subida considerável das insolvências. No caso da indústria da madeira e da cortiça, a Coface assinala 111 casos de insolvências, mais 20 que no ano anterior.

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