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Colisão entre satélites traz novo risco político

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Colisão entre satélites traz novo risco político

A colisão entre um satélite norte-americano e um russo sobre a Sibéria pode ter sido acidental e o primeiro incidente do tipo, mas especialistas afirmam que outras colisões inevitavelmente vão ocorrer e poderão ter conseqüências geopolíticas.

"Esse é um acontecimento que nos faz perceber de fato que as coisas não são tão simples como pensávamos", disse Francisco Diego, pesquisador nas áreas de física e astronomia da University College London.

"Eu não seria capaz de calcular a probabilidade de isso acontecer de novo, mas agora que aconteceu, isso muda muito as coisas e se torna uma preocupação."

A colisão, entre uma espaçonave operada pelo grupo de comunicação norte-americano Iridium Satellite LLC e o satélite militar russo Cosmos-2251, aconteceu 780 quilômetros acima do Ártico russo na tarde de terça-feira.

A colisão provocou o lançamento de ao menos 600 fragmentos para o espaço, afirmaram as autoridades, aumentando o risco de outros satélites serem atingidos e danificados. Inclui-se entre deles a grande Estação Espacial Internacional, que está em órbita a 350 quilômetros de altura.

Há aproximadamente 18 mil objetos feitos pelo homem no espaço, incluindo satélites em operação e desativados, propulsores de foguetes usados e entulhos. Especialistas afirmam que embora o risco de colisões entre satélites como a ocorrida na terça seja muito pequeno, agora que aconteceu um, é maior a probabilidade de que outro ocorra.

"O problema com colisões como essa é que elas não destroem os satélites, apenas criam satélites menores, como armas em rápida movimentação, que podem causar muito mais danos", disse Diego.

Andrew Brookes, analista aeroespacial do Instituto Internacional para Estudos Estratégicos, afirmou que a área onde a colisão aconteceu ¿ chamada órbita baixa da Terra - é a parte mais repleta de objetos no espaço e também uma das mais importantes para as comunicações, para a ciência e os satélites meteorológicos.

A probabilidade de colisões aumenta nessa faixa pela densidade dos objetos e torna urgente que o mundo estabeleça um protocolo mais detalhado regulamentando os movimentos dos satélites, afirmou ele.

¿Isso vai acontecer mais e mais vezes porque, basicamente, há cada vez mais coisas, satélites e lixo espacial ali nessa órbita baixa da Terra¿, disse Brookes.

"Estamos pedindo algum tipo de regulamentação, mas as pessoas não estão compartilhando (informações), porque boa parte é confidencial. As grandes potências não estão querendo se sentar e resolver a questão de forma adulta."

Há dois anos a China fez uma experiência para destruir um satélite, formando milhares de fragmentos de entulho espacial. Embora alguns sejam pequenos, eles viajam a milhares de km/h e podem causar um enorme estrago.

O risco de um lixo espacial chinês destruir um satélite secreto norte-americano, por exemplo, ou de que entulho dos EUA atinja um satélite iraniano implica sérias conseqüências.

A colisão foi confirmada por autoridades russas e norte-americanas na quarta-feira. O Comando Estratégico dos EUA disse acreditar que essa tenha sido a primeiro do tipo entre satélites em órbita.

A União Européia pediu na quinta-feira que os países adotem um código de conduta para atividades civis e militares no espaço, parte de uma iniciativa para evitar emergências ambientais e o risco de o espaço se tornar uma nova fronteira de conflitos.
 

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Conheça os dois satélites que colidiram no espaço

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O lixo espacial é um problema crescente para todos os veículos em órbita. Esta é uma ilustração artística do problema. Veja abaixo as fotos dos satélites que colidiram.
O que já era há muito tempo previsto e, de certa forma, até mesmo esperado, finalmente aconteceu: dois satélites artificiais chocaram-se violentamente no espaço, espalhando destroços por uma região entre 500 e 1.300 quilômetros de altitude.
Perigo do lixo espacial
O grande volume de lixo espacial, principalmente de artefatos que já não funcionam e são abandonados, torna cada vez maior a probabilidade de que haja choques entre eles. Este é o primeiro caso de acidente deste de tipo de grandes proporções. Houve dois outros casos registrados, um em 2005 e outro em 1991, mas os dois envolvendo apenas fragmentos isolados.
Sobre a responsabilidade pelo acidente, Nicholas Johnson, coordenador da área de detritos espaciais da NASA, não teve palavras tranquilizadoras: "Eles voaram um na direção do outro. Não há preferencial lá em cima. Nós não temos um controle de tráfego no espaço. Não há maneira de saber o que está vindo na sua direção."
Choque entre satélites
O choque ocorreu às 14h56 no horário de Brasília, da última terça-feira, dia 10/02. O acidente envolveu um satélite norte-americano de comunicações, pertencente à empresa Iridium, que estava em operação, e um satélite militar russo, já desativado.
O acidente ocorreu a 790 km de altitude, quando os dois satélites estavam sobre o nordeste da Sibéria, criando uma gigantesca nuvem de escombros que está se espalhando. Somente nas próximas semanas os engenheiros conseguirão ter um mapeamento completo dos novos destroços. O mais provável é que a maior parte deles venha a se queimar ao reentrar na atmosfera da Terra.
Detritos espaciais
Várias agências espaciais continuamente pedaços de lixo espacial maiores do que 10 centímetros. Nos Estados Unidos, este trabalho é feito pelo projeto U.S. STRATCOM, coordenado pelos militares. Calcula-se que existiam, antes do acidente desta terça-feira, cerca de 18.000 desses detritos espaciais.
Nas 24 horas que se seguiram à colisão entre os dois satélites, os engenheiros conseguiram mapear cerca de 600 pedaços, embora ainda não tenham informações suficientes sobre as dimensões de cada um deles. Este número deverá crescer continuamente nos próximos dias.
Riscos do acidente
O acidente eleva o nível de risco de novos acidentes, embora não seja possível ainda prever se outros satélites tenham que passar por reposicionamentos ou mesmo venham a ser ameaçados. Mas os dois não estavam nesta órbita por acaso - esta é uma altitude muito importante para as telecomunicações, e há inúmeros satélites nas proximidades.
Sobre os riscos para a Estação Espacial Internacional, que orbita a cerca de 400 km de altitude, a NASA e a Roscosmos, a agência espacial russa, não se entendem. Os russos afirmam que não há perigo, mas a NASA disse que o perigo existe e que alguns dos detritos já poderiam estar na altitude da ISS.
Já o Telescópio Espacial Hubble está realmente dentro da área ocupada pelos novos destroços.
Satélite Iridium-33
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O satélite norte-americano pertence à empresa privada Iridium, que opera uma constelação de 66 satélites, responsáveis por um sistema de comunicação para telefones celulares via satélite. Foram lançados 95 desses satélites, mas muitos deles tiveram problemas e deixaram de funcionar. Cinco deles reentraram na atmosfera e se queimaram
O satélite que se envolveu na colisão, o Iridium-33, estava em funcionamento. A empresa anunciou que movimentará um dos seus satélites de reserva para o local do Iridium-33.
Cosmos-2251
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O satélite russo aparentemente também era voltado para telecomunicações mas, por ser de uso militar, não há grandes informações sobre ele. Seu nome era Cosmos-2251, um satélite da série Strela-2M.
O Cosmos-2251, que pesava 900 kg, foi lançado em 26 de Junho de 1993. Ele substituiu o Cosmos-2112, lançado três anos antes e que deixara de funcionar. Estima-se que o Cosmos-2251 tenha sido desativado no máximo 10 anos depois do seu lançamento, mas não há informações oficiais a respeito.


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xicca

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Satélites colidem no Espaço


Incidente ocorreu pela primeira vez


A NASA anunciou que dois satélites de comunicação embateram, pela primeira vez, em órbita, a cerca de 805 quilómetros da Sibéria, lançando grandes quantidades de detritos para o Espaço.

De acordo com a Lusa, a probabilidade dos destroços colidirem com a Estação Espacial Internacional é reduzida, visto que o incidente ocorreu a 435 quilómetros acima da órbita da estação.

A colisão deu-se entre um satélite comercial norte-americano, Iridium, e um satélite russo, que não estaria operacional, lançados em 1997 e 1993, respectivamente.




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