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Um erro na página da marca de luxo Cartier saiu caro à empresa francesa. É que, em dezembro do ano passado, um homem mexicano conseguiu comprar dois brincos em ouro rosa de 18 quilates, forrados com diamantes, por 237 pesos cada (cerca de 13 euros). Os acessórios custavam, na realidade, 237.000 pesos cada (mais de 13 mil euros).
O médico Rogelio Villarreal relatou ter-se deparado com as joias num anúncio da rede social Instagram. Depois de ver os preços dos colares, pensou que, talvez um dia, os conseguisse comprar. E foi nesse momento que viu o preço dos brincos – uma pechincha.
“Juro que fiquei com suores frios”, escreveu, na rede social X (Twitter).
Contudo, o processo foi moroso. A marca recusou reconhecer a compra, tendo oferecido o reembolso do valor pago, uma garrafa de champanhe e uma carteira de pele pelo incómodo, mas Villarreal não se deixou ficar.
O homem apresentou o caso junto da agência de defesa do consumidor do México, que decidiu a favor do médico, segundo a AFP. Ao fim de quatro meses, a encomenda chegou.
“A luta acabou”, escreveu o cliente, no X, a 23 de abril.
Já a 26 de abril, o homem partilhou fotografias do pacote, que contêm o selo tradicional da marca.
“Estou entusiasmado, especialmente pela minha mãe. Estes brincos são para ela”, disse ao The New York Times.
Enquanto muitos aplaudiram a tenacidade de Villarreal, outros, incluindo uma senadora mexicana, acusou-o de abusar do sistema de proteção do consumir para seu próprio benefício.
“Jovens: o que o comprador dos brincos da Cartier fez não é correto. É errado ser um gangster, aproveitar um erro em detrimento de outra pessoa, mesmo que a lei o apoie, e fazer pouco de uma empresa. É mais importante ter honra do que uns brincos da Cartier”, escreveu Lilly Téllez, senadora pelo estado de Sonora, na mesma rede social.
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