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Costa arriscou na terra de Salazar (e perdeu)

kokas

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Set 27, 2006
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Fotografia © Leonel de Castro / Global Imagens
O líder socialista quis fazer ações de rua num dos terrenos mais adversos para o seu partido. Deu-se mal. Cruzou-se com dez populares...




Em Santa Comba Dão, distrito de Viseu, Salazar está por todo o lado. Por exemplo: numa galeria de retratos de celebridades nacionais com raízes na vila colocada no átrio de entrada do quartel local dos bombeiros.Sem que tenha sido anunciado no programa do dia, António Costa visitou ontem ao fim da tarde o quartel, recebido pelos "soldados da paz" em formatura - como quando era ministro da Administração Interna. Junto a um helicóptero Kamov recordou que em 2006 foi obrigado a pedir ajuda à Alemanha e à Holanda porque os bombeiros portugueses já não davam conta do recado no combate a um verão demasiado quente. E quem o ajudou, na Alemanha, foi o então ministro do Interior - um homem que hoje para muita gente de esquerda personifica o diabo em pessoa, Wolfgang Schäuble, titular das Finanças.A visita surgiu, aparentemente, para providenciar imagens que compensassem a do centro histórico da vila, onde António Costa e comitiva tinham previsto uma arruada. Estava deserto, literalmente. A arruada fez-se à mesma e, além da meia dúzia de militantes que se lhe juntaram e da outra meia dúzia de "jotinhas" que andam sempre com o secretário-geral a agitar bandeiras e a gritar palavras de ordem como "de quem o povo gosta - António Costa" ou "ié, ié, ié, o Costa é que é", ninguém apareceu. Costa ter-se-á cruzado no máximo com dez populares, dois dos quais dentro de um carro que por ali passava. Um passo em falso. O presidente da câmara é PS mas legislativamente o PSD e o CDS juntos esmagam (quase 62% em 2011).Costa tinha-se cruzado com muito mais gente no ponto interior da sua agenda, uma visita a uma fábrica têxtil de Carregal do Sal - cujo dono é o presidente socialista da autarquia - com 270 trabalhadores (a maior parte mulheres). Aqui gostou de ouvir os responsáveis da empresa explicarem-lhe que a maior parte das operárias estão nos quadros - porque a necessidade de terem um processo de formação longo joga contra a precariedade.Ora de manhã, no centro histórico de Viseu, o cenário não foi muito diferente. A própria comitiva encarregou-se de encher a estreita rua percorrida e os militantes locais primaram por uma forte ausência. À escassa mobilização do PS durante o dia talvez não seja estranho o facto de José Junqueiro, segurista e figura tutelar no aparelho distrital do PS, não ser agora candidato a deputado. O almoço de campanha foi convocado para um local com uma sala pequena, o histórico Hotel Grão Vasco, no centro da cidade. Não compareceram mais de 300 pessoas.



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