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Crime violento: Espingardas de canos serrados são fáceis de transportar

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Ladrões apostam nas caçadeiras
As caçadeiras de canos serrados e as pistolas adaptadas para 6,35 mm são as armas preferidas dos criminosos mais violentos. Ao que o CM apurou junto de várias fontes policiais, estas são as armas mais utilizadas por questões de fácil acesso e de transporte por parte dos assaltantes. No que diz respeito às espingardas, também pelo enorme medo que despertam nas vítimas.


De resto, na categoria de armas de fogo estas estavam ontem em maioria na acção de destruição levada a cabo pela PSP. São armas apreendidas pela polícia ou entregues voluntariamente nos últimos anos – e, ao todo, foram trituradas 16 mil numa sucata do Carregado, na presença do ministro da Administração Interna, Rui Pereira.

Destas, mil são de fogo e, as restantes, brancas, foram destruídas após concluídos os inquéritos judiciais. Mas esta é só uma gota no oceano – uma vez que se estima que as armas ilegais em Portugal sejam cerca de 1,5 milhões, praticamente tantas quanto as legais.

Apesar de o número real ser uma incógnita, sabe-se que as caçadeiras de canos serrados e as pistolas adaptadas a 6,35 mm ocupam lugar de destaque, sendo as preferidas dos criminosos. As caçadeiras de canos serrados, pela sua pequena dimensão, são fáceis de transportar debaixo de um casaco e, em termos visuais, têm uma aspecto mais ameaçador, sendo mais eficazes. Para além disso, o poder de fogo é bastante maior: a um distância de três ou quatro metros, o chumbo dispersa-se, cobrindo assim uma maior área quando é disparado.

As pistolas de ar comprimido, que antigamente eram de venda livre, são de fácil adaptação ao calibre 6,35 mm, logo acessíveis aos criminosos. Os outros calibres utilizados são 7,65 mm e 9 mm.

Ontem, na destruição de armas, Rui Pereira disse que "o Governo vai continuar a lutar contra a criminalidade em que são usadas armas de fogo", destacando ainda a nova alteração à Lei das Armas.

FORTES MEDIDAS DE SEGURANÇA GUARDAM ARMAS

As 16 mil armas ontem destruídas mereceram, até ao momento da sua trituração, um forte dispositivo de segurança. De véspera, as armas foram carregadas em duas camionetas, que ficaram estacionadas no parque da Direcção Nacional da PSP. Na manhã seguinte, na viagem entre Lisboa e a zona do Carregado – onde se procedeu à eliminação das mesmas –, num total de cerca de 30 quilómetros, o valioso carregamento foi acompanhado por um forte contingente policial. Foram destacados três batedores, 12 elementos da Unidade Especial do Corpo de Intervenção da PSP, fortemente armados, bem como cerca de 15 homens do Departamento de Armas e Explosivos.

Durante toda a operação, a zona da sucateira responsável pela trituração esteve bem guardada por estes operacionais.

DIARIAMENTE SÃO FURTADAS QUATRO ARMAS

O ministro da Administração Interna atirou, simbolicamente, duas armas de fogo para a zona de trituração. Rui Pereira congratulou-se com a eliminação destas armas e pelo facto de, no ano passado, terem sido apreendidas 4600 armas, das quais 2500 eram de fogo, bem como 310 mil munições e 5,5 kg de explosivos. De forma voluntária foram entregues 2300 armas de fogo.

Por dia, são furtadas ou extraviadas, em média, em Portugal, quatro armas, tendo em 2008 sido extraviadas 1154 armas, das quais 834 são de caça e 320 de defesa. Março e Agosto são os meses com mais ocorrências.

PORMENORES

1,5 MILHÕES DE ARMAS

Estima-se que em Portugal existam cerca de 1,5 milhões de armas legalizadas. O número das ilegais será idêntico.

G3 E KALASHNIKOV

No lote de armas destruídas encontravam-se 19 G3 desaparecidas na altura do 25 de Abril de 1974 e Kalashnikov trazidas por ex-combatentes do Ultramar.

POLÍCIAS EQUIPADOS

Oliveira Pereira, director da PSP, rejeitou ontem que os agentes tenham problemas com falta de equipamento.

CM
 
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