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"De que me serve agora que me ofereçam o mundo inteiro?"

kokas

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Set 27, 2006
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[h=2]Palavras pertencem a Abdulá Kurdi, o pai das duas crianças que morreram afogadas quando tentavam chegar à Grécia.
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“De que me serve agora que me ofereçam o mundo inteiro? Já não tenho nem mulher, nem filhos”, disse ao diário Le Journal du Dimanche Abdulá Kurdi, o homem que perdeu a família quando tentava alcançar a Grécia num barco que acabou por naufragar.

Aylan, de três anos, morreu afogado, tal como o irmão Galip, de cinco anos, e tornou-se na imagem que retrata a tragédia de milhares e milhares de pessoas que abandonam todos os dias a Síria para rumar à Europa, em busca de melhores condições de vida.
O pai acabou por regressar a Kobani para enterrar a família e garante que a sua tragédia pessoal, bem como a de tantos compatriotas, é culpa de todos os que os rejeitam de forma legal, obrigando-os, assim, a embarcar em viagens clandestinas e perigosas.
A família de Abdulá Kurdi vivia em Damasco, na Síria, mas a guerra obrigou-os a fugir. Primeiro foram para Alepo, no norte da Síria, e depois seguiram para Istambul, na Turquia, onde, segundo o homem, não é possível viver.
“A qualquer família síria emigrada, a menos que haja membros da família que trabalhem, é impossível sobreviver”, garantiu, assegurando que havia pedido asilo ao Canadá, mas que a sua entrada no país lhe foi negada.
Abdulá Kurdi pagou quatro mil euros a traficantes para que organizassem a travessia desde a Turquia até à Grécia. Haviam-lhe dito que a viagem seria feita num barco a motor, mas acabou por ser feita num bote que não resistiu às ondas com vários metros de altura e acabou por virar, matando a mulher e os filhos de Kurdi.



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