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Dealema

helldanger1

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Fado Vadio
Dealema

Fado Vadio
Tudo que eu tenho é uma caneta e o pôr do sol
desenhado
No canto de um papel, amarrotado pelo meu ódio
Acredito em pesadelos belos
Quando a vida dá-me estalos com luvas de ferro,
mano
Queimo tempo como nicotina acesa ao vento
Dou poemas para amigos, empatia vou colhendo
Dealema colectivo, na tempestade o meu abrigo
Procura o teu porque nem o céu é o limite
Carrego o meu orgulho como um amuleto ao peito
Sujeito a ser comido por este mundo imperfeito
Respiro música, fria como a rua escura
Necessito a vossa ajuda, temos que tagar a lua
Prefiro inimigos do que falsos amigos
Isto é o fado dum poeta vadio de bolsos lisos
Mas de coração cheio...Vou compreendendo
Que a máquina que move a vida é o sentimento
Desde os blocos de cimento às salas de julgamento
Noventa por cento de nós acabam por ir dentro
Acredita em mim, mano. A reputação é fachada
Perante os obstáculos diários nesta longa caminhada
Num dia temos tudo, no outro não temos nada
Bem ou mal, nunca percas o equilíbrio, há que ser
racional
Porque o amor é a um passo do ódio
Nas situações extremas, tens que ser frio para
resolver problemas
Porque quem tem tudo, vive por trás de um escudo
Mas quem não tem nada, vive pela lei da espada
A sentença é pesada, mas encara-a de frente
Quem tem vergonha do que sente, perde sempre e nunca
ganha
O peso na consciência é clara evidência da falta de
experiência
No campo do relacionamento humano
Eu mantenho-me distante do que considero inoportuno
Comandante do meu rumo, sou eu quem faz o meu turno
Tudo aquilo que vivemos são histórias
Tudo o que temos agora são memórias
Sempre olhando em frente, verso a verso
Criando o futuro, passo a passo
Nada aqui é permanente
Tudo o que tem começo também acaba
Cinzas, pó e nada
Os filhos da madrugada, bem aventurados
O nosso fado faz chorar as pedras da calçada
A brilhar como o orvalho na madrugada
O nosso fado faz chorar as pedras da calçada
Levamos músicas até às últimas consequências
O impacto altera a consciência
Há quem viva esta vida em vão
Sem dar valor à dádiva, sem acção
Como um espectador de televisão
Qual é a direcção? Quem saberá...
Vivemos ao Deus dará
Muita gente tira e muita pouca dá
A vida são dois dias, um deles é para acordar
O tempo começa a apertar
Está na altura de expulsar os vendilhões do templo
Criar sustento, parar, pensar e apreciar o momento
Somos guiados por valores:
Uma voz interior que me move
Encontro o verdadeiro norte
O coração sofre quando alguém parte
Porque o amor é forte como a morte
E foi na arte de viver que nos reconhecemos
Erguemos isto desde os velhos tempos, que saudade!
A nossa história é única, como uma rubrica
Canto esta canção com paixão, como se fosse a
última
Vivemos tempos soturnos, nestes locus horrendus
Não é à toa que vêm à tona os nossos medos mais
intensos
Nós lidamos com sentimentos, sem ressentimentos
Seguimos pressentimentos
Vozes interiores sussurram orientação
Dão-nos a obrigação de ver na vida uma benção
Apesar da sucessão de depressões e desilusões
Perdi batalhas, mas nunca perdi lições
Aos dezasseis a vida eram rimas e sprays
Dias bem difíceis que passava para os papéis
Ansiedades e angústias abalavam a alma
Anestesiava os sentidos, tentava manter a calma
Vi sonhos ruírem como castelos de cartas
Quase desacreditei, abandonei as palavras
Neste mundo de mau carma, armas e pragas
Invado-me... A minha imaginação tem asas
Exorcizo fantasmas nas folhas de um caderno
Através da criação eu consigo ser eterno
Poeta boémio, gato vadio
Noctívago nas ruas deste Porto sombrio
Os meus pais perguntam-me o que é que eu vou fazer
da vida
Prometo-vos, é este o ano em que tudo cambia
Tenho fé, esse é o meu trunfo na manga
Junto com os meus manos dou o grito do ipiranga
Tudo aquilo que vivemos são histórias
Tudo o que temos agora são memórias
Sempre olhando em frente, verso a verso
Criando o futuro, passo a passo
Nada aqui é permanente
Tudo o que tem começo também acaba
Cinzas, pó e nada
Os filhos da madrugada, bem aventurados
O nosso fado faz chorar as pedras da calçada
Tudo aquilo que vivemos são histórias
Tudo o que temos agora são memórias
Verso a verso, passo a passo
Cinzas, pó e nada...
 

helldanger1

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Família Malícia
Dealema

Esta casa tem demónios, é um pandemónio
O chefe da casa chega sempre tarde ao escritório
Cota meia idade, calvo, pinta de azeiteiro
Aquele suspeito que ninguém suspeita o manja que é suspeito
Conhecido na rua como o António Centopeia
Identificado na PJ como KID bengaleira
Tecla a toda a hora, engata mais uma lola
Cuidado com este cota, é produtor de filmes de ****

Ela é viciada em compras, agarrada a montras
Nunca faz as contas, dá facada, sai à socapa sobre as pontas
O marido, três biscates, ouro, uns quantos kilates
Quinta-feira é dia santo para amigas e engates
Discotecas e boates são locais de referência
Gira com tipas sem assunto, pois detesta concorrência
Um casamento fachada, uma vivenda hipotecada
Um marido depravado, esta casa está assombrada

Ela sente-se mal com o corpo dela
Enfarda e vomita porque quer ser bela
LoL é o nick no fórum de engate
Procura um homem mais velho que a resgate
É gótica e pálida como um vampiro
Fechada num quarto que é o seu retiro
Usa laminas do avô para cortar as coxas
Tem piercings na sua pele com marcas roxas

Ela, tem o diabo no corpo
Tem o, rosto enrugado como barcos no porto
Faz bruxedos e feitiçaria
Esta casa tem demónios
Será obra da avó maria ?
Diz que faz costura , acupunctura
Espeta agulhas em bonecas
Ela, já não tem cura
No quarto fechada, é doida por cultos
Na casa assombrada por 8 malucos

Esta casa tem demónios (4x)

Toni, 12 anos, é a cara chapada do pai
Adora ver sangue, ainda mama leite da mãe
Chavalo gordo, mete medo, é meio paneleiro
Limpa o leite do bigode e faz peito, de pau feito
Boneco preferido, era um coveiro
Desde cedo aprendeu a soletrar espancamento
O pai deu-lhe um fato de latex no aniversário
"Parabéns Toni, vais ser actor secundário"

Totoloto, totobola, euromilhões
Loto2, lotaria, ele quer é cifrões
É autoritário, fanático, católico
A mulher e a neta tornam-no psicótico
Disciplina militar (sentido) levado ao extremo
O stress pós traumático provoca-lhe medo
Gasta toda a reforma, no jogo ao domingo
Só sai para ir à missa mas depois vai ao Bingo

Barrote na cabeça tipo Rambo
Trabalhava para o Drácula no contrabando
Quim, tio maluco, o ressacado
Desaparecia com tudo, chamavam-lhe o mágico
O quarto cheio de drunfos e garrafas de cerveja
Bonecos dos estrunfes e a caixa de esmolas da igreja
Em tempos tinha sido Rockeiro
Agora rocka forte a fugir dos ninjas o dia inteiro

O vizinho é uma persona não vive sem o seu Nokia
Sabe a vida de tudo e todos não tem uma própria
Torna os Malícia e motivo de chacota
5 mil metros de má língua de porta em porta
Ele é um livro aberto Expresso ou Jornal de Notícias
Esmiúça os sufrágios como as produções fictícias
Frequentador de missas o beata Boa Nova
Soprador de botijas, a língua que melhor desdobra

Esta casa tem demónios (4x)
 

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Infiéis
Dealema

Debitamos decibéis em pistas sobre infiéis
Gajos apanham papeis facilmente decifráveis mal os
avistas
Carregados de aparato muito paleio de saco
Preparados para abater o 1º gajo que pisar o palco
È **** da luta pela sobrevivência
Todos sabem mas negam ter conhecimento da sua
existência
Não andamos aqui ao doce sabor da brisa e não tão
pouco mudamos de cara como quem muda de camisa
Fazemo-nos a vida através da nossa própria musica sem
nenhuma empresa publica
Sabes quanto isso custa?
Muita vontade, trabalho, dedicação e empenho
Noites em branco não tás a ver um ******* é melhor te
fazer um desenho
Cinzento como a cor dos sonhos perdidos
Onde angustia e miséria cruzaram 5 indivíduos
Preparados, munidos para o que der e vier
Batalhar até morrer para ver um filho nascer

DLM ninguém teme

Tem cuidado mano to a um palmo da insanidade
Este gajo calmo também perde a serenidade
Nesta área és persona não grata se não respeitares
espera muitos azares
Acerta o passo meu caro não tens classe ainda tens
muito que melhor a sintaxe
Até lá baixa as orelhas rabo entre as pernas espuma-te
de inveja destas rimas soberbas
Sempre, sempre com astúcia atacamos com música
Nós viemos para fazer a denuncia
A nossa postura firme é única
Tamos a cagar para a opinião pública
Olho por olho dente por dente, punho a punho, nós
fazemos frente
Há certas merdas que não engulo
Brincas com o meu futuro e eu juro faço-te um furo

DLM ninguém teme

Rubrica de necologia
Imagina o dia que encontras a tua fotografia
A tua vida de 8mm é uma película sorri foste gravado
por cima
Olho por olho rima por rima toma a pílula fodemos
infiéis como conas de lolitas
Emergência, emergência na alfandega é Dealema musica
negra contrabando
Partilho voz com o meu bando
...como maço de tabaco tira um podes ir fumando
Fica atento ao nosso rasto soluções a curto prazo
tamos aqui a longo prazo
Gravamos pistas em formatos de tragédia
Cd's copiados como encriptações de guerra
Não somos uma ceita mas somos mais que oitenta
Em direcção ao teu óvulo como geita

DLM ninguém teme

Vozes da rua tu não podes deter
Dizemos o que temos a dizer doa a quem doer
Lado a lado ano após ano vamos a luta com a voz mano a
mano
Artista, vira casaca desiste já desta profissão de
vocalista
Andamos pela fé e não pela vista
Cada canção é como uma acção terrorista
Contra a **** da opressão a nossa opinião não conta
temos só uma opção
Afrontar quem quer que se atravesse a frente por
interesse ou para desencorajar
Em nome da industria do lucro da musica não venhas
contra a minha equipa oube lá
Se não eu prego-te com um balázio és mediático nós
para sempre dealemáticos.
 

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Lei das Ruas
Dealema

Esta é a lei das ruas, filhos das putas (4X)
Levanta-te moço,tas aí a fazer o quê?
O nosso povo só se acredita naquilo que vê
No nosso bairro as estrelas não têm brilho
Vocês perdem o pio,porque o olhar destes putos é frio

Estrilho é o que vai na mente destes jovens
Pois o diabo apoderou-se da mente destes homens
A delinquência
Que reproduz
A criminosa
À velocidade da luz
Trocam os estudos por charutos
Amigos, tornam-se Chibos e dão-te migos
Sem dares por ela
Na viela
A rapariga mais bela
Era a maior cadela
E os otários como tu
Andavam todos atrás dela
A fama
Todos a queriam meter cama
Por isso fodem-se uns aos outros
Para andar na boca do globo
Moço,
Arranja mas é um projecto novo
Porque o gajo invejoso
Nunca virá a ser líder do povo
Movimento e independente
Nova gaia faz frente
Trás gente
Para quebrar a corrente
Da censura da indústria
Porcaria oculta
A linguagem dura
Da música da rua pura
Amadurecida com o tempo
Depois de passar fome
Debaixo de chuva e vento
É difícil
Reconhecerem-te o talento
Enquanto vives
Mais fácil será talvez enquanto partires

Refrão:
Este é o nosso projecto
Não te venhas meter
Nós somos malucos, somos loucos
Tu cais aos poucos
Este é o nosso bloco
Julgas quê?
Se me falhas és um gajo morto
Este é o nosso projecto
****-se não te venhas meter
Qual é a tua?
Fazemos isto como deve de ser
Nós somos
Música de rua pura
Como deve de ser
Pura

Rua,cada qual com a sua
Nem colhões tens para dar um passo na tua
Na boa
Ninguém te julga pela roupa que usas
Qual é o fumo que fumas?
Rua,cada qual com a sua
Nem colhões tens
Para dar um passo na tua
Na boa
Ninguém te julga pela roupa que usas
Qual é o fumo que fumas?

Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Nós temos potência
Falamos com inteligência
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Esta é a lei das ruas, filhos das putas
Nós temos potência
Falamos com inteligência

Mãos ao alto,esta ***** é um assalto
Traz o povo e todo o resto e junta-te ao manifesto
Clínico
Poder psíquico
Forte espírito
Vives o que eu vivo?
Sentes o que eu digo?
Varejo o perigo
Faço dele um amigo
E quando faz frio
Sinto-me mais sombrio
Não admira que me tomes por um gajo louco
Porque no fundo neste mundo
Somos todos um pouco

(Briga)

O pior cego
É aquele que não quer ver
Nem sequer envolver
Na ***** que está a acontecer
Muitos sócios em negócios porcos
Maços de notas,facadas nas costas
Gajos sem as postas e muito baleio
Tu és independente mas só por mês e meio
Interesseiro até o teu bolso ficar cheio
Sair um pato feio
Moço, sabes que eu não entro no rodeio
Lembras-te de mim?
Sou verdadeiro
Não troco nenhum amigo por dinheiro
Porque acho isso foleiro
Cago na fama,porque a fama traz drama
Me troco todo pelo sufoco
Do porto
Sempre com sangue, lágrimas e esforço
Porque sinto esta ***** de música no corpo

Refrão:
Este é o nosso projecto
Não te venhas meter
Nós somos malucos, somos loucos
Tu cais aos poucos
Este é o nosso bloco
Julgas quê?
Se me falhas és um gajo morto
Este é o nosso projecto
****-se não te venhas meter
Qual é a tua?
Fazemos isto como deve de ser
Nós somos
Música de rua pura
Como deve de ser
Pura
Este é o nosso projecto
Não te venhas meter
Nós somos malucos, somos loucos
Tu cais aos poucos
Este é o nosso bloco
Julgas quê?
Se me falhas és um gajo morto
 

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Léxico Disléxico
Dealema

Não sou teu servo
Se não entendem o que escrevo
Não tenho culpa
Marca consulta filho da ****
Chavalo eu dou-te um chapo e fotografo
Dou-te o segundo chapo e fotografo, toma fiz-te um gif animado
Entra na carrinha, é um rapto, és levado ao ponto mais alto do teu fracasso
Dj empurra o gajo montanha abaixo
2º piso escola de esgrima vírgula a vírgula
Triplo 6 tatuado na piça a tinta-da-china
Andamos escondidos no fabrico do sonoro
Mais fodidos, mais ruídos, despedimos otorrinos
Avisa os teus amigos, trazemos explosivos
Somos hardcore como 70 quilos presos nos mamilos
Se eu estiver a mentir ponham o braço no ar
Quem não ouvia dlm, mano, começou a rimar
Um, dois, um, dois, teste som, podes cantar
Mas fala pra piroca que os colhões já estão a gravar.

Trazemos carga emocional demasiado pesada
Como pianos de cauda que caem de altura elevada
Estilo sombrio, como a noite escura da alma
Sente-se o frio da desolação, não há vivalma
São correntes de pensamentos como torrentes de lava
Ninguém nos trava, ninguém nos cala, ó moço cava
A tua cova, ninguém nos dobra é dealema
Na manobra, lançamos-te a nossa anátema
Tinta venenosa que entra via intra-venosa
No sistema, de forma extremamente dolorosa
Ficas congelado, empedernido como gárgula
Usado como lição de moral na nossa fábula
Crápula, nem tentes decalcar a fórmula
Não é nada agradável o estilhaçar da rótula
Nós somos mais que muitos, tu és só uma partícula
Motivo de chacota com essa pose ridícula

Dealema bate mais que coca, a tua cara cora, ficas todos fora
E agora, o que é que vais fazer quando eu for embora?
Rebobino de volta, a voz da revolta
Soltas faíscas em pistas perigosas, precisas de escolta
Nós alastramos por guetos urbanos
Direitos humanos
Enquanto adoras, fazemos obras
Pisamos cobras, não nos dobras, temos manobras
Cavas a tua própria cova a defrontar o pentágono
Esmago, mc's como um maço de tabaco vazio
Tenho substância no compasso, nunca vacilo
Vendidos são atingidos por realidade
5 indivíduos em alta fidelidade
Eu entro, em qualquer bairro ou gueto e nunca cedo
Não tenho medo, tenho respeito pelo meu povo, eu escrevo
Não vale a pena interferirem
Pagam com a pena de vida se insistirem
Não há saída…

Não vale a pena, temos pena no vale
Tudo pentagonal, fractura da coluna vertebral
Lexicalmente, à frente, vocalmente
Liricalmente, sempre, universalmente
Eu junto léxico e disléxico, sem comércio numérico
Lição de inquérito a editoras falidas sem crédito
Tu em débito chama-me inédito, imperfeito, como o pretérito
Na batalha sem medalhas de mérito
Sem porte atlético ou esquelético
(?????) genético, o meu direito é assimétrico
Sou genérico, acessível sem médico
Analgésico, frenético, épico no valor ético
Poético, feto céptico, filho de epiléptico
Tu és patético, corte no paramétrico
Discurso profético, o futuro é hipotético
Hoje chamam-me técnico, galileu ou copérnico
 

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Mais uma sessão
Dealema

(Senhoras e senhores, directamente do 2º piso
Colectivo dealemático, MUNDO SEGUNDO)

Super lirical sempre tenso e complexo
Eis a chave da saída e não a chave do sucesso
Ficarias perplexo se te explicasse verso-a-verso
Que grande parte dos MC's tem um estilo supérfluo
Superficial, trivial, irreal
Falso de fachada, fantasia, Carnaval
Aqui mora o real, hip-hop de Portugal
14 anos de clássicos no panorama musical
Esses que tentam abafar-nos (quê?) não têm vida
Fundo de desemprego (quando?) já de seguida
Aguarda na fila porque já dá a volta ao bloco
Cresce e aparece, procura mérito próprio
Mais um colóquio comitiva dealemática
Sem patilha de segurança, vocal semi-automática
Certo como matemática, insurrectos na temática
Psicossomática, gramática, acrobática

(Senhoras e senhores, directamente do 2º piso
Colectivo dealemático, MC MAZE)

Sou malabarista lírico, rei do vocabulário
Incendiário, satírico no comentário
Com salário dependente de datas no calendário
O que é bizarro é que eu nem canto eu falo rápido
É o meu tique, libertação de rimas em cadeia
Sopa de letras contra-indicação, cefaleia
Ginástica acrobática da mente elástica
Rápida, sinapse eléctrica, automática
Conteúdo extra-nutritivo, pode ser nocivo
Consumido, em sobre dosagem é suicídio
Para novos MC's do fluxo básico, primário
Que absorvem estas rimas como um penso diário
Troco sangue, suor e lágrimas por um honorário
E sentes logo a vibração, a palpitação do teu coração
É dealema em acção, é dealema em acção

(Quem?) Mundo, Fuse, Maze e Ex-Peão
(Com) DJ Guze, estamos à patrão
(Quando) Quando o tópico é revolução
(Nós) Damos início a mais uma sessão [x2]

(Senhoras e senhores, directamente do 2º piso
Colectivo dealemático, EX-PEÃO INFILTRADO)

Palavras mágicas, reais e trágicas Imagens rápidas,
reactivadas como flashes flácidos na mente
São os clássicos, dealemáticos com palavras bifurcadas
Por entre as serpentes, liga os máximos
Não consigo ver um palmo à frente
Reconhece a cidade pelo nevoeiro
Juntos nesta missão poética que brilha na métrica
E espalha a mensagem duma visão profética
Eis-nos sempre clarividentes na linha da frente
Como antigos réis do médio Oriente
Usamos tácticas revolucionárias
Tiramos máscaras a gajos cínicos Não damos mentes plásticas
Sou mecânico e orgânico em simultâneo
Criando pânico, nunca o ódio, decifra o código
Léxico, técnico, ao nível óptico
Assaltamos mentes neste caos babilónico

(Senhoras e senhores, directamente do 2º piso
Colectivo dealemático, FUSÍVEL, INSPECTOR MÓRBIDO)

Desci à terra sob a forma de MC, olha para o ar
Fusível, encripta o Céfalo, o meu avatar
Noctívago olímpico, dou trepas quando trepo em versos
como um lince ibérico nacrófago para encéfalos
Ejaculo em crápulas com particularidades másculas
A vossa fórmula é partícula minúscula na prática
A minha ostentação vernácula é dealemática
Sementes de veneno arrancadas pétala a pétala
Gramática estrambólica, a inoculação de metáforas
é fantástica, DLM acústico, aeronáutica
A quantidade diabólica, da informação melódica
Que te injectamos provoca-te obesidade mórbida
O quinto anjo assim saiu do céu subterrâneo
Mas eu no máximo eu vejo a escuridão num grande ângulo
A válvula fica trémula com a literatura sádica
Amplificação, prestem vénia a quem dribla com a lábia

(Quem?) Mundo, Fuse, Maze e Ex-Peão
(Com) DJ Guze, estamos à patrão
(Quando) Quando o tópico é revolução
(Nós) Damos início a mais uma sessão [x4]
 

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Mergulha na felicidade
Dealema

Naquelas horas em que tu choras
nuvens escuras pairam ameaçadoras
dias sem aurora saiem da caixa de pandora
E agora?Que toda a felicidade foi embora
tás a um passo do abismo no epicentro do sismo
O pessimismo toma pose no metabolismo
e é por isso que um mal nunca vem só
vem um atrás do outro como peças de dominó
Em catadupa
Problemas são como agulhas em constante tortura em que
te atulhas
vais enchendo o saco, acumulas, aguentas até que chega
a altura em que tu rebentas
tanta amargura ainda te leva à loucura
Se vives com pena de ti..ninguém te atura
essa postura imatura é uma sala obscura
a cura está no amor, procura no interior

...

Tens que erguer a cabeça
Mano, acorda para a vida
Acredita em ti
Fortalece a auto-estima

Trabalha, transforma os teus sonhos em matéria
Só o espírito rico vencerá a miséria
Força, partilha, acredita, ofereçe, respeita,
persiste, constrói, perdoa, cresce,
age, brilha, estima, vence, faz, honra, muda, luta,
cura, foque, vive, cria, chora,
age, ama...

...

As trevas entecedem a alvorada da alma
Quando estiveres na *****, por favor, tem calma
às vezes apetece desligar o interruptor
mas o maior lapso é olvidar o amor
Trabalha, transforma os teus sonhos em matéria
Riqueza a valer é saúde e saber
só o espírito rico vencerá a miséria
Toma rédia curta no que te está a acontecer
Se este governo só te dá desemprego
e tens mulher e crianças para alimentar
e tás farto de viver no limiar do degredo
é o sistema quem te vai obrigar a emigrar
Se um ente querido partiu e tens a alma dorida
honra a sua ida, leva avante a tua vida
Porque um pessimista soma fracassos e desgraças
o optimista alcança vitórias e dá a graças

...

Tens que erguer a cabeça
Mano, acorda para a vida
Acredita em ti
Fortalece a auto-estima

Trabalha, transforma os teus sonhos em matéria
Só o espírito rico vencerá a miséria
Força, partilha, acredita, ofereçe, respeita,
persiste, constrói, perdoa, cresce,
age, brilha, estima, vence, faz, honra, muda, luta,
cura, foque, vive, cria, chora,
age, ama...

...

A vida és tu quem controla a objectiva
e é tudo uma questão de prespectiva
À nossa volta tudo roda como num caleidóscopio
foca para não te desviares do teu propósito
Se a doença abate e se torna um anti-cape
escapa a imaginação, não tem limite
Quando a violência impera quebra a algema
e foge para bem longe do problema
Se estás na corda bamba entre o amor e o ódio
ama-te a ti próprio antes de amar o próximo
Se foste traído por um amigo mais chegado
lembra-te que mais vale só que mal acompanhado
Vence a inércia, fortalece a auto-estima
Se estás em baixo, um dia estarás na mó de cima
Luta, acredita, valoriza as virtudes, sublinha os
defeitos com pureza nas atitudes

...

Tens que erguer a cabeça
Mano, acorda para a vida
Acredita em ti
Fortalece a auto-estima

Trabalha, transforma os teus sonhos em matéria
Só o espírito rico vencerá a miséria
Força, partilha, acredita, ofereçe, respeita,
persiste, constrói, perdoa, cresce,
age, brilha, estima, vence, faz, honra, muda, luta,
cura, foque, vive, cria, chora,
age, ama...

Força, partilha, acredita, ofereçe, respeita,
persiste, constrói, perdoa, cresce,
age, brilha, estima, vence, faz, honra, muda, luta,
cura, foque, vive, cria, chora,
age, amaaaa...
 

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Nada Dura Para Sempre
Dealema

Nada dura para sempre
Nem os frutos nem as sementes
Nada dura eternamente
Somos como estrelas cadentes
Por isso diz o que sentes
E vive sem medo
Ama os teus parentes
Nunca percas tempo
Aproveita toda a inocência da infância
Vive a irreverencia da adolescência
Usufrui da maturidade da idade adulta
Partilha a sapiência que da velhice resulta
Luta pela tua felicidade
Cria agora a tua realidade
Neste organismo em constante mutação
Mecanismo pelo *(tanque)* transformação
Onde a única certeza na incerteza da vida
É que tudo que inicia também finda

Nada dura para sempre(x4)

Nunca mais e para sempre
Tudo que começa acaba
Com o sol poente
Aqui nada é permanente
O tempo corre o relógio bate
Chove na minha face
Sinto o fim aproximar-se
O vento sopra
Sussurra nos meus ouvidos
Aqui agora estas vivo
Desperta os sentidos
Tudo é passageiro
O material é uma ilusão
Tentei agarrar coisas que me escaparam das mãos
Farei...
Vivi o dia como se fosse o último
Senti a chuva como se fosse a última
Beijei a mulher como se fosse a única
Enquanto canto corrosão da desencanto
Apatia que me consome por dentro
Melancolia do novo dia que nasce
Relembro-me do amor impossível
Um flash em frente aos meus olhos
O sonho desfaz-se
E desvane-se com o sol expoente
Restão 4 palavras
Nunca mais e para sempre

Nada dura para sempre
Ninguém vive eternamente (x4)

Nada dura para sempre
E todo o corpo decai
E só o amor se perpetua
Através de quem não retrai
Foste filho serás pai
E um dia talvez tenhas netos
Mas essa família unida
Nem sempre estará por perto
Daqui não levamos nada
Deixamos tudo
A casmurrice da velhice
As traquinices de miúdo
Impagável cada segundo de existência
Neste mundo que estes versos
Sejam o expoente do termo profundo
Tu aproveita o dia
Aproveita a vida e respira
Aproveita a bem comida
A muito quem a desperdiça
Procura igualdade e no vale semeia justiça
O mal de quem cobiça e o ritual
De quem muito permissa
Não queiras ser cigarra nesta colónia de formigas
E no inverno chorar pelas cantos
Tristezas não pagam dividas
Falo com deus pessoalmente sem intermediário
Ansioso pelo próximo equinócio planetário!

Nada dura para sempre (x4)

Admirável mundo novo
Não acredito as trevas não me levam
Porque amo o meu filho
Coros de suicido dão-me um sorriso ao ouvido
Mundo depressivo
Vivo como um anjo caído
A certeza inquestionável de sentir poder na arte
Respirar no universo aparte
Tudo pela arte
A visão e escrita
A vida e um combate
Brinco as escondidas
Com o impressionante
Não quero ver a minha mãe a partir
Não quero sentir a dor incomparável quando a hora surgir
Sentimento não e monocromático
O vermelho e intenso entre o preto e o branco
Retrato o terror da paisagem num poema
O meu amor nasceu num concerto de Dealema
A tempestade e intensa mas a chama ainda acende
Para sempre e muito tempo eu quero amar-te no presente

Nada dura para sempre
Ninguém vive eternamente (x4)

Nada dura para sempre(x4)
 

helldanger1

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O Olho Que Vê Tudo
Dealema

O olho que vê tudo tem-me sempre na mira
Apago a luz fecho a cortina, mas ele ainda respira
Na minha nuca o que suscita a minha ira
Destruí a televisão, estava farto de mentira
Comunicação social é a arma estatal
Que controla o mental, lança o pânico geral
Na área, cancelei a conta bancária
A reforma está guardada debaixo do colchão
Para sobreviver à bancarrota planetária
Cuidado, eles andam a cruzar informação
Vigiar e punir, promover a ignorância
Para manter o poder, dominar desde a infância
Iludir e mascarar a infinita abundância
Querem perpetuar o fermento da ganância
Propagandear a crise com voto unânime
Impedir-me totalmente de ascender na pirâmide

Nascemos formatados por valores e dados
Manipulados mentalmente no vale dos condenados
Mal informados pela ignorância castrados
Sem meios de reprodução como escravos condicionados
Levados à dependência de uma económica recompensa
Onde não singra quem perde só prevalece quem vença
No concurso global do homem bem sucedido
O mais bem adaptado ao sistema que lhe é oferecido
Manipulação corrupção e vigilância
Constantemente desde os tempos de infância
Com precisão satélites de fluxo informativo
Sabem o teu próximo passo e de cada individuo
Cadastrado no registo com número de série
Fornecemos ferramentas para apoteótica intempérie
Não mais marcados como gado, fim de comunicado
As paredes têm ouvidos, ficheiro eliminado.

Desde os tempos de criança nós perdemos a lembrança
O ecrã suga a inocência - vigilância
E só fica o vazio, preenchido com propaganda
Mas eu vejo mais, vejo mais para alem do que a vista alcança

Tu nem imaginas… o último dia
A ultima vida… ate me arrepia
A galáxia respira, o homem conspira
Fuga espiritual a tua liberdade é politica
Cuidado com a net, quem te lê, quem te viu
Cuidado com a civilização que te pariu e traiu
Religiões e ciências, partidos e seitas
O bem e o mal, o julgamento final
Na caneta ou na arma, na alma ou na lâmina
O sangue é o combustível que alimenta a grande máquina
Eu tive um sonho… uma criança que chora
O mundo em chamas, o relógio que pára
Cuidado com a televisão, corta-lhe o som
Cuidado com o fato a quem apertas a mão
Cuidado com o tempo, a fé e o destino
Cheguei a tempo? ou tenho que ter cuidado contigo?

Desde os tempos de criança nós perdemos a lembrança
O ecrã suga a inocência - vigilância
E só fica o vazio, preenchido com propaganda
Mas eu vejo mais, vejo mais para alem do que a vista alcança
 

helldanger1

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O Que É Feito?
Dealema

Tudo o que eu queria era um rádio para escutar este
som...
Com todos os meus manos, em qualquer bloco ou
quarteirao...

Mas o que é feito, do respeito e do reconhecimento,
terá a humildade desvanecido pouco a pouco tempo...
Hoje em dia, tudo depende da identidade pela qual
assinas, muito boicote, o Hip-Hop já nem depende só de
rimas...
E é triste mano, ver como tudo isto muda, muitas mãos
atiram pedras e nenhuma delas ajuda...
MC's à presidência, abafam a residência de quem lutou
pela sobrevivência desta cultura...(REFRÃO)

Abaixo da superfície obscura, não é só no teu bairro
que se assiste à tortura, da vida dura...
Está difícil para todos, nos quatro cantos do
território, fala-se muito do dinheiro mas escacear e
notório...
Tudo cresce e aparece e em imagem a olhos vistos, os
meus manos na linha da frente, aos anos que continuam
a ser Cristos...
Entre linhas mesquinhas de Básicos ao Quadrado, tudo o
que escrevo é sagrado, nada é escrito ao acaso...
Mantenho um bom aço, no papel desabafo enquanto traço,
linha a linha mano, por tudo aquilo que passo...

REFRAO 1X

Quem me dera ter tempo para fazer tudo aquilo que eu
quero, mas à aprendidades na vida, e são elas a quem
me entrego...
Na bolsa de Hip-Hop, grito a dizer que não preciso,
ninguém quer passar o resto da vida a alimentar-se só
de lixo...
Muitos putos nesta cultura, vivem na ilusão, tirem
essa dificuldade de virem a ter um emprego, uma
profissão...
O momento é agora e o lugar é aqui, nada aparece feito
puto, tens de o fazer por ti...
Porque o tempo vai mais rápido que um meio conto de
algibeira, aproveita o segundo, tenta não fazer
asneira...
Mente que vageia sem destino enfrenta as consequências
do rumo perdido, estacionar carros na praça, mano todo
fodido...
Evita confusões, subros com soluções, espirito que
conserva em si, a força de mil e um trovões...
Tudo é possível, quando temos noção da dimensão do
nível, o complicado torna-se, mais acessível...

REFRÃO 4X
 

helldanger1

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Olhos de vidro
Dealema

Vou a caminho de casa
Vou a caminho de casa
Um sentimento
Para ele a miséria era o prato do dia
Vivia com o estômago vazio ou nem comia
Nunca iria roubar, era honesto de mais
Nunca iria mendigar, era orgulhoso de mais
Sua prioridade máxima, alimentar os filhos
Sem espaço para vícios, apenas sacrifícios
Desde que a mulher partira, e partira seu coração
Só sobrevivência, sem cicatrização
Transformado em super-homem, pelas vicissitudes da vida
Nunca mudaria as suas atitudes
Sem tempo para viver e com a corda no pescoço
A pressão do ganha-pão, da escravidão, do esforço
Na pobreza com a nobreza, aprendeu a lição
Imune à tentação da autocomiseração
Mesmo quando esmorecia e ía ao fundo por momentos
Esqueceu a recompensa do sorriso dos rebentos

Vou a caminho de casa
Um sentimento triste invade a minha alma
Vou a caminho de casa
Sou mais um mero sonhador
Mais um mero sonhador

Ultima recordação do exterior, foi o interior da ambulância
Nunca se tinha visionado em tal circunstância
No corredor de urgência, a espera era interminável
Crescia o medo de um diagnóstico, nada favorável
Família intrasorridente sai com olhos de vidro
Tenta aproveitar por um momento, o tempo perdido
Ela sabe que por dentro, algo não funciona bem
Setenta anos de histórias e memórias
Que ainda lhe trazem, uma réstia de força
Naquela cama de hospital
Pior que uma solitária, um estabelecimento prisional
O seu corpo não descansa, olhar triste e pesado
Sente medo e quando dorme vê fantasmas do passado
Sinto a tocar-me na face com a sua mão enrugada
A imponência da doença, transforma-nos em nada
De repente sinto toda uma vida a passar-me à frente
Seu sacrifício tornou-me no homem que sou presentemente
Vou a caminho de casa
Um sentimento triste invade a minha alma
Vou a caminho de casa
Sou mais um mero sonhador
Vou a caminho de casa
Sou mais um mero sonhador


Esta é a história de um anjo amigo meu
Nuno, é verídica, ele já faleceu
Não tinha asas, ele escolheu ser esquecido
Mendigo, rico de espírito, morreu sozinho
Chamemos-lhe ninguém
Tinha os olhos brancos, foi cegado pela escuridão que a vida tem
Cansado de viver com pessoas sem visão
A visão que ele tinha, era mais além
Ele foi quem não queria ser
Vida perfeita que não queria ter
Acorrentado pelo ideal,
Tu provas-te ser, alguém tornou-o em alguém irreal
Quantas tempestades eu vivi
Quantas memórias escrevi
Esta foi a página que eu arranquei
Quando me lembrei do dia em que eu morri

Vou a caminho de casa
Um sentimento triste invade a minha alma
Vou a caminho de casa
Sou mais um mero sonhador
Vou a caminho de casa
Sou mais um mero sonhador
Mais um mero sonhador
 

helldanger1

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Pacífico
Dealema

Procuro a paz, procuro a paz
Procuro a paz dentro de mim próprio
Neste mundo de monstros, e confrontos sem propósito
A questão aqui vai para lá de segunda ou primeira
Acima de toda a reputação a montante financeira
Não me importa quem és, de onde vens
Quanto rendes, quanto vendes
Só quero que me ensines enquanto aprendes
Vou soltando o grito pacífico, á muito aprisionado
Fico doente por certas merdas que vejo por todo o
lado
O que diz que não disse, o fez e aconteceu
Mas gajo assim não representam na mesma cultura que
eu
O amor, paz e união no roteiro da felicidade
Faz de bófias ambulâncias em emergência a alta
velocidade
Vejo o teu brilho temporário a partir como um louco,
Que pretende ganhar tudo mesmo assim pensando pouco
De um dia para o outro, sai pelas luzes da ribalta
Mas um pouco de humildade é que ainda te faz falta
Como aqueles que difamam sem o mínimo de conhecimento
Tornam-te motivo de conversa para apenas matarem o
tempo
Caminho é de espírito aberto se és acolhido neste
templo
Respeito será mutou tal e qual o reconhecimento

[Refrão]
Sente o mundo a desabar em conflito
Do pacifico ao atlântico,
Do árctico ao indico
Tu vem comigo, para além das nuvens medito
Mais perto dos céus encontramos a paz de espírito.

Paz, para todos aqueles que semeiam parte dela
E que me fazem acreditar que vale a pena mais um dia
quando abro a janela
Nesta, era severa quem me dera
A paz de todos os astros, para além da estratosfera
Ser pioneiro viajante
A um planeta distante
Anos luz deste caos citadino violento e sufocante
Sentar-me na calma de um cometa,
Com uma folha e uma caneta
Obter inspiração divina em cada rima, em cada letra
A meta, pacifismo omnipresente
Pelas raízes do mal visto como um louco doente
Imaginando que encontrei direcções e opiniões sem
fundamento
Em todos os pecados só perante Deus eu os lamento
Amor e paz para todos aqueles que estão lá dentro
Riscando dias no calendário e aguardando o tal
momento
Para todos os que diariamente dão o máximo por um
sustento
Para toda e qualquer rainha que dá á luz o seu
rebento
Neste reino,
Superior de criação divina
Onde segundo após segundo a própria raça extermina
Observo as mãos do ódio
mergulhadas em petróleo
Sinais do tempo que revelam que o fim está próximo
Mantenho a minha,
energia direccionada
Concentrada em toda e qualquer nobre causa,
sem fazer pausa
Militante incessante na busca da paz que procuro
Semeio no presente, para que todos a colham no
futuro.

(refrão) 2X
Sente o mundo a desabar em conflito
Do pacifico ao atlântico,
Do árctico ao indico
Tu vem comigo, para além das nuvens medito
Mais perto dos céus encontramos a paz de espírito.

paz!

Em busca da paz que procuro
Semeio no presente, para que todos a colham no
futuro.
Paz !

Em busca da paz que procuro
Semeio no presente, para que todos a colham no
futuro.
Paz !
 

helldanger1

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Porque?
Dealema

MC Berna a debitar mais umas I one the bit o que é que
se passa....

Bom dia Portugal desta vez não é na rtp desliga a
televisao e curte o são na era postt debates e trios
de ataque caga ninguém vê a minha geraçao não vota mas
quem quer saber porque?na escola trocam almas por robos
e quando um puto vai de cana ainda perguntam quem o pos
a policiia so quer mostrar serviiço e não servir o povo
que lhe paga pra iisso e a junta mais parece um lar de
idosos apoiou uma excursão não integração dos novos
criminosos desde o berço tem falta de cultura pois a
educaçao mais firme aprenderam-na na rua e este caos
organizado convem a muita gente é que o lucro das
empresas não depende desta frente abre os olhos se
quizeres damos-te uma ajuda isto já não vais com Deus
pede a música que acuda,

refrão:

vivemos no cu da europa porque?
pouco amor a patria e muito amor á nota
porque?
no fim o povo é quem arrota
porque?
eu sei cabe encontrares a resposta. (2x)

entre o rei ou a carteira qual delas queimas primeiro
o fardo é pesado a optares por um mundo ordeiro
identidade conta ordenado no banco 8 horas no ponto
500 no saldo 300 na renda restam 40 contos a circular
como titulos de divida vamos de casa ao trabalho em
bandos como formigas é bom que sigas finiit num trilho
já decalcado pois o sistema é como um porro não pode
ser rejeitado tiro 2 e passo por cima a crise
atripalho kise de nascer no pais da cuscuvelhice do
disco disse tudo não passa de uma tese como angulos
dos catetos não conseguimos ser rectos vivemos presos
a um balcao numa loja global saltando o alçapao
divisor das massas fotoportugal insencial é ter um
senso qb pra prever quem nos quer foder como e porque

(refrão)

toma atençao
manda tudo manda tudo manda tudo po ******* (2x)
 

helldanger1

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Portugal Surreal
Dealema

[Boa noite,
O Governo português irá investir 16 milhões de euros em pistolas 9mm para toda a polícia nacional, um bom investimento.
Por outro lado, assistimos a um corte orçamental da cultura nacional.
Bem-vindos a Portugal Surreal! Fiquem agora com pistolas e submarinos...]


Feliz totalista, dois bilhetes prá primeira fila
Portugal, a comédia, já nos cinemas da vila
Como actores principais, políticos e pedófilos
Sem generalizar, alguns acabam por se tornar bons sócios
Um elenco de luxo de agentes corruptos
Na cidade à paisana para a recolha de lucros
A vítima: o comum trabalhador
Apanhado no fogo cruzado, criado pelo grande senhor
O argumento relata o crime do colarinho branco
Vilão morre no fim, mas o mal permanece em campo
Realização do estado, produções, dinheiro desviado
Patrocinado por um povo constantemente explorado

Refrão:
É cultural, fado, Fátima e futebol
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a máxima de Portugal

Submarinos, Paulo Portas
Submarinos, Paulo Portas
Paulo Portas, submarinos
Paulo Portas, submarinos

Políticos em comícios fazem, ilusionismo com o fogo de artifício
Manda vir um submarino
Enquanto o povo manda vir um cimbalino
As mentes estão aéreas, eles passam férias
Nós continuamos com palas e rédeas
Não há guarda na floresta, é uma festa
Em Portugal, eucaliptal há onde real é a corrupção e a desgraça
Mas não há problema enquanto houver a vinhaça
Não há stress enquanto houver uma passa
E haverá dinheiro sujo enquanto houver uma brasa

[Cada um de vós dará o seu melhor, para um país mais justo, para um país mais pobre!...]

Refrão:
É cultural, fado, Fátima e futebol
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a máxima de Portugal
É fundamental, subsídios prá corrupção
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a sátira de Portugal

É Domingo, dia de missa e de bola
O limite de velocidade hoje é 20 à hora
A terceira idade vai em peregrinação
Prá fiscalização da última obra
Há desfile em fato-de-treino no hipermercado
Os novos ricos vão passear o carro
Transportes são lentos como repartições públicas
Cortam-se unhas, coçam-se partes púbicas
Pra não restar dúvidas, bisga no chão
e sai do tasco de garrafão na mão
E há piqueniques nas bermas das auto-pistas
Onde políticos adoram ir cortar fitas

[É verdade que se há uns meses atrás, os portugueses não compreenderam, à medida que o tempo passa vão percebendo cada vez menos...]

Refrão:
É cultural, fado, Fátima e futebol
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a máxima de Portugal
É fundamental, subsídios pra corrupção
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a sátira de Portugal

[Nós não agredimos... Defendemos os atletas. É diferente! Isso é agredir os atletas!...]

É o país das maravilhas
Onde a Alice tira um curso pago com um mealheiro cheio de piças
Se o Papa nascesse cá era jogador de futebol
Se o Pai Natal fosse tuga fugia com o saco azul
Constituição fiscal politicamente anal
Portugal, agência de turismo sexual
A justiça toca à porta em Santa Catarina
na porta da Casa Pia
Jet-set, aldeias, novelas, touradas
IRS, fantasmas, empresas, esquemas
Safari, os animais raros conduzem carros
Entraste no Cavaquistão, veste o Camuflado!


Refrão:
É cultural, fado, Fátima e futebol
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a máxima de Portugal
É fundamental, subsídios pra corrupção
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a sátira de Portugal

[São cerca de três mil milhões de contos... Portanto... Ah... 6%... Hum... 6% de seis mil milhões... Ah... 6x3=18... Ah...Um milhão ou... Ah... É, é, é... É fazer a conta! ]

[Estão satisfeitos com estas respostas e estão certamente tão contentes quanto nós, por isso agradeço-vos muito a vossa presença...Muito obrigado!...]
 

helldanger1

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Quando o amor se torna veneno
Dealema

O bem, o mal, a vida, a morte, amor, veneno...

Acordei, lavei a cara e olhei-me ao espelho
O tempo parou, mas eu por fora estou mais velho
E por dentro respiro fundo, deixo-me ir ao fundo
Conto pelos dedos as noites que já não durmo
Diz-me porquê tens tanta raiva por dentro
Converterei o teu ódio no mais profundo sentimento
Levarei os teus olhos a visitarem o meu interior
Dar-te-ei tudo o que tenho, em troca do teu amor
O calor e o reconforto do teu corpo que aquece o
meu
Que com os anos vai parecendo morto
E a inocência desvaneceu-se no bater dos ponteiros
do relógio
Pergunto-me a mim próprio
Guerra santa, fome tanta, religião profana
Não vês que o rumo da vida muda constantemente
Depende da opção tomada
Sê Homem e sofre as consequências dos teus actos
Ser-te-ão pagos na mesma moeda
Tudo aquilo que nos desejas terás o triplo dessa
*****
Seja amor ou seja inveja
Afogam-se mágoas em canecas de cerveja
Situação ridícula, a vida é uma película
E nós os actores principais
E quando alguém morre não há duplos, são mortes
reais
Nunca mais voltará a ser como era
A não ser os corações que continuarão a ser de
pedra
A não ser as pessoas que continuarão a ser
hipócritas
E quando nada tiveres todos te voltarão as costas
Mas na solidão encontrarás a consciência
Procura dentro de ti porque cada um vai por si

Quando o amor se torna veneno e a vida muda
Mas as impurezas purificam-se com chuva
São mágoas afogadas em águas passadas
Pessoas íntimas tornam-se inimigas
E o vento leva a memória das nossas vidas
Como folhas já castanhas, que o sol ilumina
As nossas almas, só mais uns dias
Dias quentes são noites frias.

Será que estás satisfeito com a vida que vives?
Olha para dentro um momento e quebra limites
Pessoas felizes voam como pássaros livres
Momentos alegres fazem esquecer cicatrizes
Das punhaladas nas costas daqueles de quem mais
gostas
Da língua perversa que faz de ti assunto de
conversa
Cuidado com a inveja e os efeitos nefastos
Sobre quem a venera e manifesta
Apresenta perdão ao teu irmão, de pomba branca na
mão
Esquece o ego, cego, que enlouquece
E quando um rude golpe na alma a fizer rebentar
Quando já não tiveres mais lágrimas para chorar
O Amor cura, nunca caduca, o ódio fere
Existe a justiça solene, que resiste numa folha
perene
Que não desiste, que persiste, enquanto não alcances
não descanses
Pois nada será como dantes
Depois de buscas incessantes levaremos avante
O nosso barco a bom porto
Com o nosso suor, com o nosso sangue, o nosso povo
sairá triunfante
Não existe diferença entre carvão e diamante
Tudo aparece no tempo certo, Deus nunca esquece o
seu projecto
Sempre dará alimento, o universo conspira se for bom
o investimento
Se o fim for altruísta a meta estará à vista, quem
não arrisca, não petisca
Agora o egoísta que desista, nem insista à nossa
vista
Se o fim se justificar o meio vai-se proporcionar
Pode demorar, pode desvanecer, mas nunca vai morrer
Nunca digas nunca, pois quando sem dificuldade se
vence sem prazer se triunfa
Percebes?! É simples: faz as tuas preces, pedes e
verás que recebes
Mas com calma, porque uma vez não são vezes
Não dês com a língua nos dentes antes de fazeres o
que queres
Gastas energia com palavras e é só nos actos que
perdes

As impurezas purificam-se com chuva
São mágoas afogadas em águas passadas
Pessoas íntimas tornam-se inimigas
E o vento leva a memória das nossas vidas
Como folhas já castanhas, que o sol ilumina
As nossas almas, só mais uns dias
Dias quentes são noites frias

Amor, veneno, um sentimento extremo
O maior pesadelo é acordar todos os dias como se
fosse o mesmo
O medo faz-nos perder o horizonte dos nossos sonhos
Imbuído na dor tens de encontrar
Algo que verdadeiramente possas amar
Talvez um ritmo, talvez uma flor, talvez um filho
Talvez um sítio, uma sinfonia de violinos ou
simplesmente o brilho da lua no rio
Envenenado, sai purificado da montanha
A brilhar como o azevinho, como o orvalho da
madrugada
Sentimentos puros que se soltam
Como as últimas folhas de Outono levadas pelo vento
Mas elas voltam para te fazer brilhar na aurora da
história
Porque como cristais, os cisnes ainda permanecem
imaculados nos lábios da memória
Então aprendi, vivi o dia como se fosse o último
Senti a chuva como se fosse a última
Beijei a mulher como se fosse a única
O sofrimento numa guitarra, em dedilhado o nosso
fado
Faz chorar as pedras da calçada
A caminho de casa, um sentimento triste invade as
nossas almas
Pela falsidade envenenadas
Mas a verdade esconde-se por detrás das máscaras
A verdade esconde-se por trás das músicas
A verdade esconde-se por trás das túnicas
Que cobrem a face de belas escravas asiáticas
A beleza de poesias leva-te às falésias místicas
Onde o brilho do atlântico revela as vistas
paradisíacas
E onde o espírito da luz se move sobre a face das
águas límpidas
Respiro sons profundos
Envolvidos por bolhas de ar que libertadas de seres
aquáticos
Elas sobem à tona e emergem enviadas dos mais
complexos aquários
E nós não contemplamos, todos esperamos
Pelo dia em que a terra prometida vem
Pelo dia em que a paz vem
Mas isso é algo que vem todos os dias
Quando a lua nasce e quando o sol se põe

Quando o amor se torna veneno e a vida muda
Mas as impurezas purificam-se com chuva
São mágoas afogadas em águas passadas
Pessoas íntimas tornam-se inimigas
E o vento leva a memória das nossas vidas
Como folhas já castanhas, que o sol ilumina
As nossas almas, só mais uns dias
Dias quentes são noites frias

Real ou não real
Sentido e fatal, ao mesmo tempo
Amor, veneno, veneno, amor, veneno
É difícil ser lembrado mas é fácil ser esquecido
Amigo, inimigo, escondido o genocídio
O quinto elemento será a salvação das massas
Nas mãos erradas é uma faca com duas lâminas
Celibato mental contacto ou fenómeno psíquico
Mas a verdade é que ninguém sabe explicá-lo
Amor por vezes é comido pelo veneno
Onde um beijo se pode tornar no cunnilingus ou um
demónio
No Ódio, o homem esconde mil e uma facetas
Umas dentro de outras, como bonecas holandesas
Mau carma, confiança, amor, desconfiança
Sentimentos platónicos divididos como castas
O que separa o amor do medo
Violência debaixo do mesmo tecto sobre a barreira do
silêncio
Dedico estes versículos a todos filhos da **** sem
testículos
Que transformam lágrimas de mulheres em gritos
Quando o amor se torna veneno a vida muda
E a semente do ódio é regada pela chuva

O amor parte de nós
Temos que começar a reflectir naquilo que damos
A reflectir naquilo que tiramos
E o nosso sonho...
O nosso sonho somos nós que o fazemos
A cada hora que passa
A cada dia que passa
É algo que pode estar presente
Em nós, a cada momento
Guardamos ressentimentos e ódio no nosso coração
Mas até mudarmos por dentro
Toda a gente na tua vida
Toda a gente na nossa vida
Há-de ir e há-de vir como o vento
A princesa das neves mais brancas
Também cria as nuvens mais cinzentas
E é ela que cria as tempestades mais frias e
gélidas
Quando o amor se torna veneno
A vida muda..
 

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Quem fui, quem sou
Dealema

Bem vindos a esta viagem ao nosso intimo, aqui expomos as nossos raízes, todo o percurso as nossas cicatrizes, a nossa vida em rimas

Do nada nasce tudo, 1976, balança 4 quilos peso bruto
Criado com amor puro, mas o meu pai? Ups
Não vou recuar tão fundo
À segunda tentativa filho único melhor prenda da vida
Um mano para dividir o mundo,
Nuno o sonho comandava-me em miúdo
Visionário puto, cabeça na lua poeta mudo
Virava costas ao suposto
Cego eram cores eram estrelas era todo um universo
Como é que uma caneta sem tinta traça um destino (Como?)
Como é que um puto com tantos amigos é tão sozinho (Como?)
São duas frases que retratam um caminho
Quando penso bem nisso, eu não mudei muito
Soube sorrir, soube amar e soube criar
E vou voar até onde a musica me levar?

Nascido em Sto. Ildefonso coração do porto
Transpiro invicta por cada poro do corpo
Trago recordações puras que guardo numa redoma
Infância magica de uma mente sonhadora
Filho único, o meu amor filial é especial
Tive toda a educação fundamental
Mudança súbita, adolescência obscura
Inocência ceifada pela realidade dura
Problemas financeiros, morte de familiares
Stress emocional e desilusões milhares
Mas a musica é o caminho que me afasta do atalho
Adeus desporto, adeus escola, olá trabalho

(Refrão)

Eu não me esqueci de onde vim
Para onde vou, com que estive, com quem estou
De quem fui, de quem sou, nada mudou
Desde o dia em que tudo começou
Que mais podemos dizer,
Expomos toda a nossa vida
Damos toda a energia
Aconteça o que acontecer
Levamos a cabo o projecto
Damos o corpo ao manifesto
Iremos prevalecer

Nascido e criado na velha Vila Gaiense
Pai ausente, mãe doente sob pressão permanente
Aos dezasseis os estudos já não eram uma opção
Algures numa obra fazia o meu ganha pão
Escrevia rimas, rascunhos, em intervalos de turnos
Fruto da fé que me levou a nunca baixar os punhos
Perseguindo sonhos à velocidade do som
No amor e na amizade, descobri o que a vida tem de bom
Falsas expectativas com base em informações distorcidas
São como velhas doenças que devem ser combatidas
Nobre guerreiro desde os vinte e dois a tempo inteiro
Um bolso vazio que muito imaginam cheio
De esquina para esquina encontro uma face amiga
Conseguiras tu visionar maior riqueza na vida
Adolescente homem feito com humildade e respeito
Na rua estudei direito, humanamente imperfeito

Eu vim de um sitio chamado, O Bairro da Providencia
Onde putas dão canecos e perdem a consciência
Ergui-me no meio do caos e decadência
Mas recusei a aceitar tal sentença
O meu pai bazou, quando eu tinha dois anos
Mais tarde fui para Gaia conheci os meus manos
Tive que ser homem mais cedo, senti o medo
Dormi na rua, no centro ao relento, vivi a luta
Se não fosse esta banda, estava fudido da tampa
Perdido, provavelmente metido na branca
O piso, Dealema, a Lenda, o Mito
Grito final a luta na qual acredito

(Refrão)

Eu não me esqueci de onde vim
Para onde vou, com que estive, com quem estou
De quem fui, de quem sou, nada mudou
Desde o dia em que tudo começou
Que mais podemos dizer,
Expomos toda a nossa vida
Damos toda a energia
Aconteça o que acontecer
Levamos a cabo o projecto
Damos o corpo ao manifesto
Iremos prevalecer
 

helldanger1

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Sala 101
Dealema

Alerta, o ser humano é básico, trágico
Contra a própria raça, sádico
Um bebe abandonado num saco plástico
Adolescente apanha a SIDA com o padrasto
Uma cabeça é decapitada no rato, noticiário:
Invasão de canibais ao estádio, um emigrante com o crânio esmagado
Dói tanto como um pai que perde lentamente um filho
Ignorado, um videojogo que acaba em assassinato
A religião eleva a fé do bombista fanático
Um acidente na estrada pode acabar num obrigado,
Ou então com a frase 'eu mato-te'
Violência gera violência, violência gera ignorância, ignorância gera violência
Se és dotado de inteligência quebra a cadeia,
Tu és dotado de inteligência quebra a cadeia.

Ignorância gera violência, nela nunca procurei abrigo
Cultivo a paz pela subsistência da existência deste universo onde resido
Se estás a um passo do abismo pensa bem,
Será que vale mesmo a pena ir mais além?
A consequencia do acto torna-te refém,
Não queiras para os outros o que não queres para ti também.

E ele puxou o gatilho da 6.35, bazou, deixou sangue no recinto
Ele era um puto normal, um puto bombástico
Mas era mal tratado pelo padrasto, a mãe nao tinha tempo para intrevir
Trabalhava horas extras numa fábrica para subsistir
Sem tempo para o acompanhar ou dar educação
Primeiro meteu patelas, depois veio o sabão
Passou para os quilos, depois veio o filho,
Passou para as bases, depois o vicio (e a ressaca)
Começaram os assaltos à mão armada, a joalharias
Com fiats unos roubados e gunarias de todos os lugares
De todos os bairros, do Aleixo ao Tarrafal até criar um gang loca
O seu pai estava demente, estava a flipar
Veterano, ex-combatente do ultra-mar
Tinha ido para morrer, tinha ido para matar
Mas não estava preparado para o que ia enfrentar
Veio traumatizado com quem tinha matado
Com pastilhas que tinha tomado, obrigado a ingeri-las com a comida
Continham LSD e anfetaminas, drogas quimicas
O puto acabou condenado, encarcerado
A mãe com um desgosto e o pai alcoolizado

Pousa essa arma, e lê um livro, não é mau carma
Diz livre-arbitrio, ve se tens calma, vence esse vicio
Andas em circulo, quebra esse ciclo, nãos estás perdido
Há um caminho, tens uma mente, alimenta o espirito
Planta a semente, sê positivo, dissipa o ódio e ama o próximo

Ignorância gera violência, nela nunca procurei abrigo
Cultivo a paz pela subsistência da existência deste universo onde resido
Se estás a um passo do abismo pensa bem,
Será que vale mesmo a pena ir mais além?
A consequencia do acto torna-te refém,
Nao queiras para os outros o que nao queres para ti também.

(Merdas antecedem a alvorada da alma. Quando estiveres na ***** por favor tem calma. Sobrevivência diária.)
 

helldanger1

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Segunda Vinda(A profecia) feat Woyza
Dealema

Não trocava nada por cada minuto que vivi
A luz desceu à Terra sob a forma de mc
Combati o tédio, trabalhei o génio
Aprendi com o pensamento acente como um choque eléctrico
Fusivel, antropófago, inspector mórbido
Pirotécnico técnico no léxico
Mil e uma noites dúvidas rasgadas
Milhares de páginas queimadas com frases em chamas
Peguei na minha vida e fiz um depósito
Musica é fama, solidão amor e ódio
Represento um quinto do pentágono DLM a gruta deste lobo solitário
Somos copiados desde o expresso mas não podem sabotar o projecto do século
À velocidade do sentimento não há arrependimento
Contratempo como o vento à frente do teu templo

No labirinto abro-te o trinco da porta para a liberdade
Lanço-te o ultimato mergulha na felicidade
Altero a realidade como o brilho do rio
Dourado pelas ruas da cidade vadio como o nosso fado
Não desistimos traçamos o nosso destino
Singramos o talento não é mais clandestino
Bófia fobia, asfixia a selva citadina
Toque do coração dou-te a chave da saída
Energia curativa pra anatomia no espírito p'ros infiéis
Alta-tensão, é o conflito em rota de colisão que não podem ter
É Dealema mano, doa a quem doer
Directamente do submundo é o regresso do expresso
Brigada digital anti-plágio no verso
Vocês são a cena toda já prestamos tributo
(Ninguem teme), Roka forte, DLM em estado bruto

Mundo, segundo provedor da ementa
Batidas em bruto desde os anos 90
Rato laboratório cobaia da experiência,
exemplo de resistência, sintoniza a frequência
Suburbana 7 dias por semana
No escuro em floração como pés de marijuana
Nómada, a caravana como uma tribo cigana
O sol matinal que rasga a tua persiana
Na boca de quem difama, no coração de quem ama,
no espírito de quem emana, poesia quotidiana
Dealema vale sempre a pena quando a alma não é pequena
Em 28 estações encerrado na caverna

Vendido o produto chegou ao teu ouvido
Efeito, uma sensação de elevação
Dilata a veia jugular ataca o coração
As massas reúnem-se atraídas pela vibração
Desta força elementar 5 elementos levantaram a pedra tumular, 5 vultos
COM CULTOS que causam tumultos
Viemos pra trazer visões além de túmulos
Ei, é o projecto do século, mágico como uma flauta no deserto
Místico como SINOS que dobram
Espíritos adormecidos acordam
Sentes-te vivo desperta o sexto sentido
Quando vibro em altas frequências no ritmo
O som cria efeitos secundários
O tema remonta à era dos templários
 

helldanger1

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Sonhar acordado
Dealema

1990, skate no banco, basket no parque
e dois anos depois, mano, conheci esta arte
através de umas cassetes, do grande Ricardo, antigas
mixadas com vaste lote de batidas fudidas
o brake na escola, na estação inocente
trouxeram-nos até aqui manos para viver-mos este momento
sem arrependimento, eu vou sonhando acordado
grato pelas experiências que a musica me tem proporcionado
num dia bolso vazio, sem dinheiro
no outro cinco mil manos acompanham os coros do concerto inteiro
vivemos pra arte, mas ela esquecesse de nós, ficamos sós
mas não perdemos a consciência do poder da voz
o tempo corre veloz, muito trabalho pela frente
quem me dera, mas não posso avançar toda a gente
por tudo o que tenho, quase sempre em troca de nada
são muitos anos a manter a zona em cima orientada
muitos não têm a sorte de fazer o que realmente querem
nós vamos atrás da nossa, digam o que disserem
este é o mar da derrota, o sabor da doce vitória
não um simples rap, mas sim quarenta e oito barras de história
inspiração para liricistas, que decifram entre linhas
mau carma para indivíduos, que de galgam as minhas
procura uma direcção, visualiza bem a tua rota
mantém o sangue frio, quando o azar bater à porta


o tempo corre, à velocidade da luz
à procura da sorte, missão a qual me propus
encontrei o meu norte, construí o meu forte
vou sonhando acordado, enquanto a vida me seduz
o tempo corre, à velocidade da luz
à procura da sorte, missão a qual me propus
encontrei o meu norte, construí o meu forte
vou sonhando acordado, enquanto a vida me seduz


estou a sonhar acordado, ainda nem acredito (belisca-me)
quero sentir que é verídico
sou um privilegiado porque faço o que amo
escrevo no entanto poesia, subo ao palco e imano
consciência, produz a minha subsistência
tanto tempo depois, colho frutos da persistência
admiro a resistência e a bravura dos meus manos
que lutaram pelos seus sonhos, todos estes anos
neste país retrógrado, com criativos em sarcófagos
rodeados entre ófagos, necrófagos
em compreendo a razão, que leva à evasão
à imigração, da minha geração
é o desemprego, o desânimo, o medo, o pânico
que conduz ao êxodo, rumo ao êxito
não quero ser rico, já o sou de espírito
e saúde não se compra, nem com guito infinito
quero comida saudável, ar respirável
água potável, um ambiente agradável
necessito de um abrigo, um tecto, o meu templo
onde entro, medito, relaxo e contemplo
cultivo alegria, amizade, harmonia
paz e amor, pra apreciar melhor a vida
pode parecer naífe, mas é um desejo profundo
quero criar um poder, para mudar o mundo

o tempo corre, à velocidade da luz
à procura da sorte, missão a qual me propus
encontrei o meu norte, construí o meu forte
vou sonhando acordado, enquanto a vida me seduz
o tempo corre, à velocidade da luz
à procura da sorte, missão a qual me propus
encontrei o meu norte, construí o meu forte
vou sonhando acordado, enquanto a vida me seduz


encontrei o meu norte, construí o meu forte
 

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Talento Clandestino
Dealema

não deixes de acreditar
procura o teu caminho
na estrada do destino
não deixes de acreditar
pois tu não tás sozinho
talento clandestino

temos carreiras preenchidas
com pensamentos erguidos
vão passando anos a dedicados a isto
colorir o lado obscuro desta vida
em que existe
se a música é crime
considera-me um bandido em estágio
a missão dá carinho e eu sigo o meu coraçao
ouvem a música de fundo
do hip-hop á clássica
do soul ao ragga
dos 60 aos 80
ou cubana ou frank sinatra
a felicidade é com uma batida
quando acaba sentes que algo falta na tua vida
às bolinhas, ás riscas ou acompanhadas com iscas
com poesia, sexo acredita para dar nas vistas
eu vim pra dar-te música dedicado ao combate
medicina alternativa em cada bafo fecha o tasco
melodia como cafoné para o ouvido
meu amigo procura também a tua fuga
acordo
dou graças por mais um dia
respiro fundo
sinto-me agarrado á vida
peço ao universo
por dádiva creativa
na música e pintura foco-me no que me cativa
poesia é minha sina, uma terapia
vida dominada pela vasta rotina
de madrugada em busca de adrenalina
que vicia, que pinta a vida mais colorida
é incrível quando nos sentimos únicos
nús de preconceitos
em momentos lúdicos
e aproveitamos até aos últimos segundos
livres sem rumo
como nobres vagabundos
sem algemas de tempo
ou grilhetas de medo
a desfrutar o sossego
no total desapego
não há nada como o pôr do sol à beira-mar
melhor só tendo alguém ao lado para abraçar

não deixes de acreditar
procura o teu caminho
na estrado do destino
não deixes de acreditar
pois tu não tás sozinho
talento clandestino

sessões de grupo
sentimentos em bruto
desde puto fizeram-nos crescer neste meio inabsoluto
esta ***** agora fez-me acordar para a vida
como um puto de 14 perdido sem rumo, á deriva
nascemos para isto
já me mentalizei disso
faço aquilo que gosto
tenha ou não tenha guito
não quero ser escravo
num estado desiquilibrado
a felicidade é crucial
o dia-a-dia é pra ser posto de lado
coca-cola, sumol são gostos supostos
num dia aplaudem noutro furam-te os bolsos
porque a miséria, não escolhe caras nem corações
sexos opostos raças ou defirentes religiões
somos a voz que não podem falar
encarcerados na luta
não deixes de acreditar
sem música não há vida
sem vontade não se realiza
e dás por ti desiquilibrado, levado ao sabor da brisa

não deixes de acreditar
procura o teu caminho
na estrado do destino
não deixes de acreditar
pois tu não tás sozinho
talento clandestino

não deixes de acreditar
procura o teu caminho
na estrado do destino
não deixes de acreditar
pois tu não tás sozinho
talento clandestino

o pessoal prima pela simplicidade
e tem autenticidade nos desejos
no nosso meio o estilo e a integridade
residem no interior
a fama e a imagem nada significam para nós
mas p´rós falsos e fraudes da música
é tudo um desfile de moda
é tudo um espétaculo
um show de marionetas
um contracto com as editoras
faz com que vendam a alma e o respeito próprio
dando a má influência
cada influência negativa não faz sentido
é tudo vazio, aparente e artificial
vê se tens mais palavras e menos desfiles de moda
é um show dos marretas...
não tens nada mais para dar não é??
 
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