Nelson14
GF Platina
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Descoberta do ‘Homo naledi’ mostra que é preciso rever toda a evolução humana.

Uma caverna na África do Sul, na região conhecida como “Berço da Humanidade”, revelou o que parece ser o maior grupo de vestígios de uma nova espécie do gênero humano. Ali, entre 2013 e 2014 um grupo de cientistas coletou 1 .550 ossos de 15 indivíduos que foram anunciados nessa quinta-feira (10) como o Homo naledi, nosso mais novo ancestral. De acordo com os cientistas, sua interessante mistura de características de homens e macacos traz uma nova visão para a história da evolução humana – ela está cada vez mais longe de ser um desenvolvimento linear e mais parecida a um arbusto repleto de galhos onde convivem e competem as diversas espécies
O número incrível de vestígios encontrados pelo time de antropólogos da Universidade de Witwatersrand, em Johannesburgo, foi mais que suficiente para caracterizar o Homo naledi como um hominídeo de cérebro pequeno (é semelhante ao de um gorila), com pernas longas e pés que se assemelham aos humanos modernos – com exceção dos dedos curvos, característica de macacos que passam longo tempo nas árvores. É como se fosse um cérebro de macaco em “corpo de gente”, constituindo um curioso mosaico de características. Por essas qualidades, tanto Lee Berger, o paleantropólogo que liderou a equipe responsável pela descoberta, quanto outros cientistas que tiveram acesso aos dados dos fósseis publicados no periódico eLife, uma revista científica online e de conteúdo aberto, estão sendo cuidadosos ao chamar a nova espécie de “humana”. Alguns antropólogos suspeitam que os ossos pertençam a não uma, mas duas espécies diferentes de hominídeos (ainda não foi possível datar os fósseis). De toda forma, a descoberta deixou claro que o gênero Homo, ao qual pertencem os humanos modernos, não é suficiente para abarcar toda a complexidade da evolução humana, que inclui uma confusão de grupos que, provavelmente, viviam juntos lutando pela sobrevivência.



Fonte: Abril