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Doentes em risco de perder médico

billshcot

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Nov 10, 2010
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O Ministério da Saúde pediu a todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e aos centros de saúde uma lista com o número de profissionais que são considerados dispensáveis e quantos postos de trabalho são indispensáveis. No caso dos médicos, a avaliação das necessidades é feita por especialidades. Ao que o CM apurou, os profissionais que poderão ser despedidos numa primeira fase são todos aqueles que estão com licenças de longa duração, sejam médicos ou enfermeiros, e ainda administrativos, assistentes operacionais e auxiliares.

O objetivo da elaboração de listas de pessoal dispensável é, segundo fontes ouvidas pelo CM, uma "decisão política" com vista a reduzir despesa. O Ministério da Saúde tem de cortar 182 milhões de euros, dos quatro mil milhões de euros que o Governo é obrigado a cortar devido aos compromissos assumidos com a troika.

Os conselhos de administração dos hospitais e os sindicatos dos médicos e dos enfermeiros estiveram reunidos este mês para debater o assunto e parece haver consenso entre ambas as partes quanto à falta de profissionais.

É o caso do Centro Hospitalar de Lisboa Central, que inclui o Hospital de São José, que viu mais de cem médicos pedirem a reforma em 2012 (10 por cento do total de clínicos) e muitos outros mudarem-se para o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures.

Pilar Vicente, dirigente da Federação Nacional dos Médicos, afirmou ao CM que a "carência" de profissionais obrigou à contratação de médicos à revelia dos concursos, por não haver vagas. "Se avançam com a redução de pessoal as instituições entram em colapso", alerta a médica.

Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, também vê com preocupação a intenção da tutela em reduzir o número de profissionais, o que pode "pôr em causa" o SNS

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