• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Dono da Conforlimpa acusado de lesar Estado em 42 milhões

billshcot

Banido
Entrou
Nov 10, 2010
Mensagens
16,633
Gostos Recebidos
156
Megaprocesso relacionado com alegadas fraudes fiscais que lesaram Estado num esquema de facturas falsas. São acusados 11 arguidos.

O Ministério Público (MP)já deduziu acusação dos 11 arguidos do designado caso Conforlimpa, que tem como seus principais clientes o sector empresarial do Estado, como hospitais, centros de saúde, tribunais e instalações policiais. Em causa está o crime de associação criminosa para a prática de fraude fiscal qualificada, que lesou os cofres do Estado em cerca de 42,4 milhões de euros na sequência de facturação falsa para contabilização de custos inexistentes e dedução indevida do IVA.

Com data de 6 de Fevereiro, a acusação do MP requere julgamento em tribunal colectivo contra 11 arguidos, dos quais sete são pessoas colectivas, pela prática dos crimes de associação criminosa e de fraude fiscal qualificada.Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, "os arguidos principais desenvolveram um esquema fraudulento labiríntico e sofisticado com base na criação de empresas fictícias que montavam múltiplas operações comerciais com facturação forjada para contabilização de custos inexistentes e dedução indevida do IVA".

O MP explica que, deste modo estruturado e no período compreendido entre os anos de 2004 e 2012, obtiveram vantagem indevida nos valores de IVA, prejudicando o Estado no valor total de 42, 4 milhões de euros.

Pedido de indemnização cível a favor do Estado
O MP deduziu pedido de indemnização cível em representação do Estado Português pelos valores apurados desta fraude. E promoveu ainda ao juiz de instrução criminal o arresto preventivo de património de alguns dos arguidos e empresas por "fundado receio de perda de garantias patrimoniais".

A investigação foi dirigida pelo DIAP de Lisboa, 3ª secção, tendo contado com a colaboração pericial de elementos da autoridade tributária e a coadjuvação operacional da PJ.

Principal arguido em prisão domiciliária
A 11 de Outubro de 2012, durante a operação ‘Clean', a Polícia Judiciária fez buscas domiciliárias e em empresas do universo empresarial da Conforlimpa, tendo detido o presidente do grupo, Armando Cardoso, a fim de ser submetido a primeiro interrogatório judicial, em Lisboa.

A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa informa agora que o principal arguido, que se encontrava em prisão preventiva, encontra-se agora nesta fase em regime de obrigação de permanência na habitação.

É o primeiro cidadão português preso preventivamente por suspeitas de fraude fiscal em Portugal, na sequência da Lei do Orçamento de Estado de 2012, que passou a prever no caso uma moldura penal de máximo de oito anos, admitindo-se assim prisão preventiva.

Armando Cardoso é presidente da Conforlimpa, o sétimo empregador em Portugal e um dos maiores grupos empresariais na área das limpezas industriais, sedeado em Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira. Com cerca de 25 anos de existência, a Conforlimpa tem como seus principais clientes diversas empresas públicas e o sector empresarial do Estado, como hospitais, centros de saúde, tribunais e instalações policiais - responsáveis por cerca de três quartos do seu volume de facturação.

de
 
Topo