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Países da Europa de Leste e do Báltico continuam preocupados com as movimentações de Moscovo e pedem uma presença militar "robusta e sustentável" da organização na região
Depois de concentrar as suas atenções no leste da Europa por causa da intervenção da Rússia na Ucrânia, a NATO vai virar as suas atenções para o sul do Velho Continente e as ameaças jihadistas que chegam através do Mediterrâneo. A vigilância desta zona será feita através de cinco drones Global Hawk, de fabrico norte-americano, escreveu ontem o jornal El País."A instabilidade e os riscos do flanco sul estão já muito perto das fronteiras da NATO", algo que até há pouco anos "ninguém podia ter imaginado", reconheceu esta quarta-feira o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, numa conferência de imprensa em Espanha, um dos três países onde decorreu o exercício Trident Juncture 2015 (ver fotolegenda).Esta instabilidade, criada após a Primavera Árabe, atinge o Norte de África e Médio Oriente, desde a guerra civil da Síria, a presença da Al-Qaeda no Mali ou a erupção do Estado Islâmico na Líbia.De acordo com o El País, a vigilância do Sul da Europa será feita através do reforço do programa AGS (Vigilância Aérea do Terreno) com o envio de cinco drones Golden Hawk norte-americanos para a base italiana de Sigonella, na Sicília. Uma medida que , na opinião de Stoltenberg, será "a chave para proteger os países aliados do sul".Itália recebe luz verdeO Departamento de Estado norte-americano aprovou o pedido feito por Itália em 2012 de armar os seus dois drones MQ-9 Reaper com mísseis Hellfire, bombas guiadas por laser e outras munições, anunciou esta quarta-feira o Pentágono. Este negócio está avaliado em 129,6 milhões de dólares (cerca de 119,1 milhões de euros).O Congresso norte-americano foi notificado do negócio na terça-feira à noite e tem 15 dias para o vetar. No entanto, tal não deverá acontecer pois estas transações são escrutinadas antes da notificação oficial.Esta será a primeira venda efetiva de drones armados desde que, em fevereiro, o governo dos Estados Unidos estabeleceu regras para a exportação de novos tipos de armas que tiveram um papel-chave nas ações militares norte-americanas no Afeganistão, Iraque e Iémen.Com esta aprovação a Itália passa também a ser o segundo país a conseguir comprar drones armados, a seguir ao Reino Unido - fontes militares norte-americanas adiantaram à Reuters que Londres os usa desde 2007.Itália requisitou os drones para apoiar as operações da NATO, aumentar a sua flexibilidade operacional e melhorar a defesa das tropas italianas.Unidos contra a RússiaOs líderes de nove países da Europa Central e de Leste e do Báltico afirmaram numa declaração conjunta estarem seriamente preocupados com a "postura agressiva continuada" da Rússia e apoiaram uma presença sustentável da NATO na região."Vamos permanecer firmes sobre a necessidade da Rússia voltar a respeitar as leis internacionais bem como as suas obrigações internacionais, responsabilidades e compromissos como uma pré-condição para uma relação NATO-Rússia baseada na confiança e segurança", refere a declaração.Esta declaração foi divulgada após uma reunião em Bucareste com os líderes da Lituânia (Dalia Grybauskaite), Letónia (Raimonds Vejonis), Estónia (Toomas Hendrik Ilves), Eslováquia (Andrej Kiska), Bulgária (Rosen Plevneliev), Hungria (Janos Ader), Roménia (Klaus Iohannis), Polónia (Andrzej Duda) e o presidente do Parlamento da República Checa (Jan Hamacek). O vice-secretário-geral da NATO, Alexander Vershbow, também participou no encontro.A anexação russa da Crimeia e o apoio de Moscovo aos separatistas ucranianos no ano passado deixaram em alerta os países do Báltico e do Leste da Europa. Os líderes da NATO também mostraram a sua preocupação com a crescente presença militar da Rússia, dos Bálticos à Síria.Por isso, a declaração de quarta-feira defende um esforço conjunto para garantir uma presença militar aliada na região "robusta, credível e sustentável" e uma cooperação mais profunda entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte e a União Europeia.
dn

Depois de concentrar as suas atenções no leste da Europa por causa da intervenção da Rússia na Ucrânia, a NATO vai virar as suas atenções para o sul do Velho Continente e as ameaças jihadistas que chegam através do Mediterrâneo. A vigilância desta zona será feita através de cinco drones Global Hawk, de fabrico norte-americano, escreveu ontem o jornal El País."A instabilidade e os riscos do flanco sul estão já muito perto das fronteiras da NATO", algo que até há pouco anos "ninguém podia ter imaginado", reconheceu esta quarta-feira o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, numa conferência de imprensa em Espanha, um dos três países onde decorreu o exercício Trident Juncture 2015 (ver fotolegenda).Esta instabilidade, criada após a Primavera Árabe, atinge o Norte de África e Médio Oriente, desde a guerra civil da Síria, a presença da Al-Qaeda no Mali ou a erupção do Estado Islâmico na Líbia.De acordo com o El País, a vigilância do Sul da Europa será feita através do reforço do programa AGS (Vigilância Aérea do Terreno) com o envio de cinco drones Golden Hawk norte-americanos para a base italiana de Sigonella, na Sicília. Uma medida que , na opinião de Stoltenberg, será "a chave para proteger os países aliados do sul".Itália recebe luz verdeO Departamento de Estado norte-americano aprovou o pedido feito por Itália em 2012 de armar os seus dois drones MQ-9 Reaper com mísseis Hellfire, bombas guiadas por laser e outras munições, anunciou esta quarta-feira o Pentágono. Este negócio está avaliado em 129,6 milhões de dólares (cerca de 119,1 milhões de euros).O Congresso norte-americano foi notificado do negócio na terça-feira à noite e tem 15 dias para o vetar. No entanto, tal não deverá acontecer pois estas transações são escrutinadas antes da notificação oficial.Esta será a primeira venda efetiva de drones armados desde que, em fevereiro, o governo dos Estados Unidos estabeleceu regras para a exportação de novos tipos de armas que tiveram um papel-chave nas ações militares norte-americanas no Afeganistão, Iraque e Iémen.Com esta aprovação a Itália passa também a ser o segundo país a conseguir comprar drones armados, a seguir ao Reino Unido - fontes militares norte-americanas adiantaram à Reuters que Londres os usa desde 2007.Itália requisitou os drones para apoiar as operações da NATO, aumentar a sua flexibilidade operacional e melhorar a defesa das tropas italianas.Unidos contra a RússiaOs líderes de nove países da Europa Central e de Leste e do Báltico afirmaram numa declaração conjunta estarem seriamente preocupados com a "postura agressiva continuada" da Rússia e apoiaram uma presença sustentável da NATO na região."Vamos permanecer firmes sobre a necessidade da Rússia voltar a respeitar as leis internacionais bem como as suas obrigações internacionais, responsabilidades e compromissos como uma pré-condição para uma relação NATO-Rússia baseada na confiança e segurança", refere a declaração.Esta declaração foi divulgada após uma reunião em Bucareste com os líderes da Lituânia (Dalia Grybauskaite), Letónia (Raimonds Vejonis), Estónia (Toomas Hendrik Ilves), Eslováquia (Andrej Kiska), Bulgária (Rosen Plevneliev), Hungria (Janos Ader), Roménia (Klaus Iohannis), Polónia (Andrzej Duda) e o presidente do Parlamento da República Checa (Jan Hamacek). O vice-secretário-geral da NATO, Alexander Vershbow, também participou no encontro.A anexação russa da Crimeia e o apoio de Moscovo aos separatistas ucranianos no ano passado deixaram em alerta os países do Báltico e do Leste da Europa. Os líderes da NATO também mostraram a sua preocupação com a crescente presença militar da Rússia, dos Bálticos à Síria.Por isso, a declaração de quarta-feira defende um esforço conjunto para garantir uma presença militar aliada na região "robusta, credível e sustentável" e uma cooperação mais profunda entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte e a União Europeia.
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