Eles são candidatos nos EUA, mas a questão central é mesmo Obama

[kokas]

Presidente dos Estados Unidos Barack Obama, democrata, aqui em campanha eleitoral no Michigan

Um governador com ambições presidenciais, uma mórmon que quer ser a primeira negra republicana no Congresso e um agricultor lusodescendente vão a votos nas eleições intercalares norte-americanas desta terça-feira dia 4.
Numas eleições em que estão em causa 435 lugares na Câmara dos Representantes, 33 no Senado e ainda 38 governadores, há candidatos para todos os gostos. Mas com as atenções focadas no presidente Barack Obama e nas consequências que estas eleições intercalares de terça-feira nos EUA irão ter sobre os seus dois últimos anos de mandato - sobretudo se os democratas perderem o controlo do Senado. Aqui ficam algumas das figuras a seguir.

Um deles é Andrew Cuomo. Um nome que soará familiar para quem segue a política norte-americana, ou não se tratasse do filho de Mario Cuomo, governador de Nova Iorque entre 1983 e 1994. O mesmo cargo que o também democrata Andrew ocupa desde 2010 e que no dia 4 vai às urnas defender. A um jornalista do USA Today que o interrogava sobre as suas ambições presidenciais Cuomo respondeu: "Lição número 487, preocupar-se com o dia de hoje." Mas a verdade é que o lançamento, há uma semana, da sua biografia All Things Possible (Tudo É Possível)só veio alimentar quem aposta nele para a corrida à nomeação democrata em 2016. Uma tarefa difícil, pois Hillary Clinton seria a sua provável adversária caso decidisse avançar. Para já, o governador terá de convencer a ala esquerda dos democratas de que não "se apresenta como democrata mas governa como republicano", o que foi acusado de fazer pela sua adversária nas primárias do partido. Isto apesar de ter aprovado o casamento gay e autorizado a cannabis para fins medicinais.
Do lado republicano, também há quem vá a votos em 2014 com os olhos postos em 2016. É o caso de Paul Ryan, o congressista do Wisconsin que em 2012 foi candidato a vice-presidente de Mitt Romney, que procura um nono mandato. Mas caso avance para a Casa Branca terá de o interromper - um facto que o pode prejudicar junto do seu eleitorado.



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