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Recep tayyip Erdogan hoje no Parlamento Fotografia © REUTERS/Umit Bektas
As autoridades turcas anunciaram hoje a detenção de 67 membros da polícia. A maioria dos detidos participou no inquérito de corrupção que envolveu o círculo próximo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.
Sessenta e sete membros da polícia, no ativo e reformados, foram hoje detidos sob suspeita de espionagem, escutas ilegais, uso de documentos oficiais falsos, violação da vida privada, fabrico de provas e violação do segredo de justiça. Entre eles estão dois responsáveis da polícia antiterrorista, Omer Kose e Yurt Atayun.
Segundo o gabinete do procurador de Istambul fez saber em comunicado, foram emitidos 115 mandatos de captura. As imagens de televisão do dia de hoje mostravam altos responsáveis da polícia turca algemados, ao serem levados pelas autoridades. "Eu entreguei-me mas, como veem, puseram-me algemas. Tudo isto é político", afirmava Yurt Atayun, citado pela AFP
Em dezembro de 2013 foi aberto um inquérito de corrupção que resultou na detenção de dois filhos de três ministros e na demissão de quatro ministros. Erdogan, que tal como todos os seus ministros esteve sob escutas ilegais, afirmou por várias vezes que a investigação, que resultou num enorme escândalo de corrupção, foi lançada por apoiantes do imã Fethullah Gulen. Este que, radicado nos Estados Unidos desde 1999, continua a figurar como um forte opositor de Erdogan. Os seus seguidores são conhecidos como a Cemaat, ou Assembleia, e defendem a separação entre o Islão e a política, assim com o diálogo inter-religioso, ao contrário da política governativa de Erdogan.
No início do ano, Fethullah Gulen dizia em entrevista à BBC que as alegações de Erdogan acerca do seu envolvimento na investigação servem para "assustar as pessoas com este teatro fantasma que não existe". Erdogan, por sua vez, afirmou ontem numa entrevista à televisão turca que a luta contra o movimento de Gulen continuará "sem parar", assim como a reclamação aos EUA da sua extradição.
Em fevereiro, escutas telefónicas entre o primeiro-ministro e o seu filho, Bilal, revelavam uma conversa que denunciava o desaparecimento propositado de uma grande quantia de dinheiro. Ora, um dos detidos de hoje era então delegado da unidade de crimes financeiros de Istambul, de acordo com a estação britânica BBC.
dn