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O primeiro-ministro Mariano Rajoy e o líder socialista Pedro Sánchez. Podemos e Ciudadanos não querem ficar de fora de eventual debate televisivo
Podemos e Ciudadanos convidaram PP e PSOE, após notícia de que poderiam ficar de fora do embate
Contam-se pelos dedos de uma mão os debates eleitorais em Espanha desde o regresso da democracia, em 1977, tendo o primeiro ocorrido apenas durante a campanha para as legislativas de 1993. Dez milhões de pessoas viram então o líder da oposição, José María Aznar, arrasar o chefe do governo, Felipe González, num duelo em que tudo foi negociado a priori. As próximas eleições estão marcadas para 20 de dezembro e os debates já estão a fazer correr tinta. É que os partidos emergentes Podemos e Ciudadanos não querem ficar de fora e esse cenário não agrada a populares e socialistas - apesar de o líder do PSOE ter dito que está disposto a sentar-se com toda a gente."A tentação de impedir estes debates ou limitá-los (...) supõe não só um desprezo pelo protagonismo político mas revela também um temor e nervosismo inaceitável frente à sociedade espanhola", lê-se na carta enviada pelo líder do Podemos, Pablo Iglesias, aos dirigentes do PP, PSOE e Ciudadanos, convidando-os para um debate a quatro. "É fundamental que estes debates não sejam negociados em pactos prévios entre as equipas dos candidatos, mas que neles se possam colocar todas as questões", acrescentou, lembrando que "ao contrário dos partidos velhos", o Podemos não teme "debater a sério".Também o líder do Ciudadanos, Albert Rivera, anunciou que propôs à Academia de Televisão (instituição sem fins lucrativos que junta os principais operadores de televisão em Espanha) um debate a quatro. "Ninguém imagina um presidente do governo do século XXI a esconder-se de um debate", disse à rádio Onda Cero, referindo-se a Rajoy, mas deixando claro que o recado é também para Sánchez, já que quem quer governar um país "não se pode esconder".
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