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Especialistas dizem que Barroso beneficiou países mais fortes
30.10.2014 - 09:33
Três especialistas portugueses em assuntos europeus ouvidos pela Lusa sobre os dois mandatos de Durão Barroso na União Europeia estão de acordo num ponto: o português enfraqueceu a Comissão Europeia em benefício dos países mais fortes.
Viriato Soromenho Marques, Paulo Sande e Isabel Meirelles falam todos de "um apagamento" ou "um esvaziamento" do papel da Comissão no segundo mandato, embora o avaliem de forma diferente.
"Engana-se, tem mais competências. O poder é uma coisa e as competências são outra. O poder (agora) é dos outros, é dos Estados, e do Estado mais poderoso, que é a Alemanha", sustenta Soromenho Marques, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. "Nunca vimos no passado uma Comissão tão prostrada", acrescenta.
Para Paulo Sande, ex-diretor do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal e professor no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, "a Comissão não desempenhou aquele papel de grande motor, de geradora de iniciativas que pudessem contrariar a crise (...) Foi claramente incapaz de responder de uma forma ativa".
Isabel Meirelles, docente na Ordem dos Advogados, concorda que Durão Barroso "se apagou", mas pensa que fez bem.
A crise gerou "um caldeirão de problemas que Durão Barroso conseguiu gerir, enfim, apagando-se enquanto Comissão Europeia, é certo, mas aqui o protagonismo era dos Estados", disse a especialista, considerando que assim se conseguiu "a colaboração dos países mais fortes" e que, "em momentos de crise económica e financeira, os Estados têm a voz, porque de facto são eles que contribuem para o orçamento da UE".
Obs: Quem é que o colocou lá?
30.10.2014 - 09:33
Três especialistas portugueses em assuntos europeus ouvidos pela Lusa sobre os dois mandatos de Durão Barroso na União Europeia estão de acordo num ponto: o português enfraqueceu a Comissão Europeia em benefício dos países mais fortes.
Viriato Soromenho Marques, Paulo Sande e Isabel Meirelles falam todos de "um apagamento" ou "um esvaziamento" do papel da Comissão no segundo mandato, embora o avaliem de forma diferente.
"Engana-se, tem mais competências. O poder é uma coisa e as competências são outra. O poder (agora) é dos outros, é dos Estados, e do Estado mais poderoso, que é a Alemanha", sustenta Soromenho Marques, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. "Nunca vimos no passado uma Comissão tão prostrada", acrescenta.
Para Paulo Sande, ex-diretor do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal e professor no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, "a Comissão não desempenhou aquele papel de grande motor, de geradora de iniciativas que pudessem contrariar a crise (...) Foi claramente incapaz de responder de uma forma ativa".
Isabel Meirelles, docente na Ordem dos Advogados, concorda que Durão Barroso "se apagou", mas pensa que fez bem.
A crise gerou "um caldeirão de problemas que Durão Barroso conseguiu gerir, enfim, apagando-se enquanto Comissão Europeia, é certo, mas aqui o protagonismo era dos Estados", disse a especialista, considerando que assim se conseguiu "a colaboração dos países mais fortes" e que, "em momentos de crise económica e financeira, os Estados têm a voz, porque de facto são eles que contribuem para o orçamento da UE".
Obs: Quem é que o colocou lá?