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Estado já usou 19,5 mil milhões para ajudar os bancos

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Montante foi aplicado entre 2008 e 2014, segundo uma análise do BCE.

Nacionalização do BPN em 2008 foi a primeira grande intervenção do EStado NELSON GARRIDO

Desde o início da crise financeira, em 2008, até ao final do ano passado, o valor dao apoios do Estado português aos bancos atingiu 11,3% do PIB, ou seja, cerca de 19,5 mil milhões de euros.

Os cálculos, feitos pelo Banco Central Europeu e apresentados num estudo divulgado esta quarta-feira, mostram que, entre os países da zona euro com intervenções neste sector, Portugal foi o quinto que aplicou mais dinheiro em proporção da riqueza que produz (tendo por base o PIB do ano passado).

Este valor, líquido, engloba os diversos tipos de intervenção feitos pelo Estado ao longo da crise, desde a nacionalização do BPN até à intervenção no BES/Novo Banco, via Fundo de Resolução, passando pelo capital contingente emprestado ao BPI, CGD, BCP e Banif (que também teve uma injecção de fundos).

Embora não haja referências explicitas ao Novo Banco, uma vez a decisão de aplicar 3900 milhões no Fundo de Resolução, usando dinheiro emprestado pela troika de credores, foi feita em Agosto do ano passado, esta está abrangida pelo período de análise do BCE.

Já do ponto de vista do défice, a questão ainda está por analisar.

A maior parte das verbas, de acordo com a análise do BCE, intitulada The fiscal impact of financial sector support during the crisis, refere-se à aquisição de activos, com um peso de 8,4% do PIB.

Registou-se ainda um impacto negativo ao nível do défice orçamental correspondente a 2,9% do PIB no período em análise.

A actuação das entidades oficiais levou a um aumento da dívida que, na sua esmagadora maioria, teve impactos ao nível das contas reportadas a Bruxelas, correspondente a 11% do PIB até ao final do ano passado. Isto no período em que o total da dívida pública aumentou em 61,7%% do PIB.

Só em 2010, por exemplo, a incorporação nas contas públicas das sociedades veículo criadas para gerir os maus activos do BPN tiveram um impacto negativo de 1800 milhões de euros, equivalente a 1% do PIB. A este valor somam-se, no mesmo, outros 450 milhões relativos à execução de garantias do BPP.

De acordo com a análise do BCE, a política de compra de activos como medida de apoio ao sector financeiro foi "particularmente expressiva na Alemanha, Irlanda, Grécia, Chipre, Luxemburgo, Portugal e Eslovénia", com aquisições superiores a 5% do PIB.


In:público
 
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