kokas
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António Costa venceu as primárias com ampla maioria. Seguro demitiu-se. O líder da bancada parlamentar também. Até ao congresso que elegerá o novo secretário-geral, o PS fica entregue a Maria de Belém Roseira.
A noite eleitoral, que se antecipava longa, acabou afinal antes das 21 horas. Cinquenta minutos depois de as urnas terem fechado, António José Seguro admitia a derrota e, tal como prometera fazer, demitiu-se. "Cesso hoje as minhas funções de secretário-geral do PS", começou por afirmar o candidato derrotado, anunciando, num discurso emotivo e escrito, na sede do partido, o regresso "à condição de militante de base do PS", sem no entanto desvendar se se manterá como deputado na Assembleia da República.
Vinte minutos antes, à chega ao Fórum Lisboa, já António Costa dava a vitória como adquirida. "Os resultados que chegam de todo o país demonstram que o PS está unido e tem uma maioria muito expressiva, clara e inequívoca que apostou e votou na minha candidatura".
A confirmação chegaria pouco depois de forma tão expressiva - Costa venceu até nos distritos considerados bastiões de Seguro, como Braga - que o autarca de Lisboa decidiu formalizar a vitória. Eram 21.25 horas.
Num discurso curto, virado essencialmente para o país e para o futuro, o agora candidato socialista a primeiro-ministro traduziu os votos de quase dois terços como a "força de vontade de mudança em Portugal" e anunciou o fim do consulado de Passos Coelho. "Este é o primeiro dia de uma nova maioria de governo. E é o primeiro dos últimos dias deste Governo".
O candidato, que afirmou durante a campanha que rapidamente uniria o partido, considerou que "estas eleições não foram a derrota de ninguém" e que "o único vencedor das primárias foi o PS". Ainda assim, nos poucos minutos de discurso, nunca mencionou António José Seguro. Aliás, não só não cumprimentou o adversário como, chegado ao púlpito, ladeado pelo mandatário Carlos César, pela diretora de campanha Ana Catarina Mendes, pelo anterior líder socialista Eduardo Ferro Rodrigues e pelo histórico Manuel Alegre, retirou o cravo que tinha na lapela e atirou-o aos apoiantes: "isto é vosso".
jn
