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GF Platina
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Titã é o maior satélite natural de Saturno e o segundo maior de todo o sistema solar, depois de Ganímedes, tendo quase uma vez e meia o tamanho da Lua. Titã é o sexto satélite elipsoidal de Saturno. Frequentemente descrito como uma lua-planeta, Titã tem um diâmetro cerca de 50% maior que a Lua terrestre e é 80% mais massiva. É a segunda maior lua do Sistema Solar, após a lua de Júpiter, Ganimedes, e tem mais volume que o menor dos planetas, Mercúrio, apesar de ter somente metade da sua massa. Este é o único satélite no sistema solar a ter uma atmosfera densa, sendo até mais densa que a da Terra. Pensa-se que possui lagos de hidrocarbonetos, vulcões gelados, e que o metano comporta-se quase como a água na Terra, evaporando e chovendo num ciclo interminável.
Titã é um mundo que se manteve oculto até muito recentemente, coberto por uma neblina densa e alaranjada. Em Janeiro de 2005, foi lançada a sonda Huygens por entre a neblina, que tirou as primeiras fotografias da superfície de Titã, mas devido ao nevoeiro, e mesmo com fotografias, muito ficou por saber. Esta sonda levou consigo um milhão de mensagens de pessoas à volta do mundo. As mensagens foram enviadas pela Internet, gravadas num CD-ROM e lançadas com a sonda em 1997, e poderão permanecer no solo titânico durante milhões de anos e serem descobertas por turistas espaciais do futuro. De passagem por Saturno, a Pioneer 11 inaugurou assim os estudos feitos por sondas espaciais em 1979 e confirma a existência de uma atmosfera bastante densa. A 12 de Novembro do ano seguinte chega a sonda Voyager 1 que passa propositadamente a 7000 km de Titã, de forma a olhar mais de perto. A combinação dos dados obtidos pela Voyager 1 revelaram que Titã teria uma atmosfera semelhante à da Terra primitiva, rica em azoto, árgon, metano e hidrogénio, numa pressão de 1,5 bar, o que implicava que havia dez vezes mais gás na superfície de Titã do que na Terra, mesmo com uma gravidade muito mais fraca (14% a da Terra). As imagens da Voyager 1 não mostraram características da superfície. Em 1981, a Voyager 2 atinge Titã, mas faz apenas uma visita ao longe, prosseguindo sua viagem para Urano e Neptuno. Todas as imagens obtidas mostraram um mundo envolto em neblina o que tornava a superfície invisível. Carl Sagan demonstrou que Titã poderia ter moléculas orgânicas, incluindo constituintes de proteínas (como os aminoácidos). Devido a estes dois motivos, é criada a missão da sonda Cassini-Huygens (da NASA e ESA), um esforço conjunto entre norte-americanos e europeus para estudar Titã e o resto do sistema saturniano. Depois de quase sete anos de viagem, a sonda chega a Saturno no dia 1 de Julho de 2004, e começa por cartografar a superfície por radar. A Cassini sobrevoou Titã a 26 de Outubro do mesmo ano e tirou imagens de alta-resolução a apenas 1200 km do planeta, discernindo bocados de claridade e escuridão que seriam visíveis ao olho humano. O módulo de Exploração Huygens (da ESA), que se destinava inteiramente ao estudo da atmosfera e superfície de Titã, desceu por entre a neblina e pousou na superfície a 14 de Janeiro de 2005; as imagens mostraram uma superfície alienígena e adversa, moldada por fluidos líquidos, mas a presença de líquidos nas imagens não foram confirmados.
Não existem planos ou estudos para missões tripuladas por seres humanos a Titã, ou a colonização deste mundo, pelo menos fora da ficção científica. O que não surpreende, dado o nosso conhecimento muito limitado de Titã. Aparentemente a superfície de Titã é muito jovem e activa, e contém bastante gelo de água e talvez oceanos e canais de compostos orgânicos líquidos. A lua Titã de Saturno possui reservas de hidrocarbonetos superiores a todas as reservas de petróleo e gás natural conhecidas na Terra, segundo observações realizadas pela sonda Cassini. Segundo cientistas do Laboratório de Físicas Aplicadas da Universidade de Johns Hopkins, esses hidrocarbonetos caem do céu e formam grandes depósitos em forma de lagos e dunas. A temperatura média em Titã é de -179ºC e em vez de água, sua superfície está coberta por hidrocarbonetos na forma de metano e etano. Até agora, a Cassini realizou uma prospecção de 20% da superfície da lua Titã, e foram observados centenas de lagos e mares. A sonda Cassini descobriu também uma formação que pode ser um vulcão de gelo. Da mesma forma que os vulcões terrestres expelem lava incandescente, o vulcão "titânico" cuspiria gelo. Dados da topografia e da composição da superfície permitiram aos cientistas identificar um local com grande probabilidade de acomodar o vulcão de gelo. Os cientistas têm debatido à anos se vulcões de gelo - também chamados de criovulcões - existiriam em luas ricas em gelo, e quais seriam suas características. As hipóteses levantadas especulam que algum tipo de actividade geológica subterrânea aqueceria o ambiente frio o suficiente para derreter parte do interior do satélite e enviar gelo fofo ou outros materiais através de uma abertura na superfície. Vulcões na lua Io, de Júpiter, e na Terra, cospem lava quente rica em silicatos.
Titã - Satélite Natural de Saturno.
Este desenho artístico mostra a sonda Huygens na superfície da lua de Saturno
Titã, depois de ter sido libertada pela sonda Cassini da NASA.
Concepção artística da Nasa mostra como seriam as reservas de hidrocarbonetos na lua Titã.
Mares de hidrocarbonetos em Titã, lua de Saturno.
Lago de hidrocarbonetos em Titã.
Visão artística: montanhas e vulcões na paisagem
gelada de Titã.
Titã é um mundo que se manteve oculto até muito recentemente, coberto por uma neblina densa e alaranjada. Em Janeiro de 2005, foi lançada a sonda Huygens por entre a neblina, que tirou as primeiras fotografias da superfície de Titã, mas devido ao nevoeiro, e mesmo com fotografias, muito ficou por saber. Esta sonda levou consigo um milhão de mensagens de pessoas à volta do mundo. As mensagens foram enviadas pela Internet, gravadas num CD-ROM e lançadas com a sonda em 1997, e poderão permanecer no solo titânico durante milhões de anos e serem descobertas por turistas espaciais do futuro. De passagem por Saturno, a Pioneer 11 inaugurou assim os estudos feitos por sondas espaciais em 1979 e confirma a existência de uma atmosfera bastante densa. A 12 de Novembro do ano seguinte chega a sonda Voyager 1 que passa propositadamente a 7000 km de Titã, de forma a olhar mais de perto. A combinação dos dados obtidos pela Voyager 1 revelaram que Titã teria uma atmosfera semelhante à da Terra primitiva, rica em azoto, árgon, metano e hidrogénio, numa pressão de 1,5 bar, o que implicava que havia dez vezes mais gás na superfície de Titã do que na Terra, mesmo com uma gravidade muito mais fraca (14% a da Terra). As imagens da Voyager 1 não mostraram características da superfície. Em 1981, a Voyager 2 atinge Titã, mas faz apenas uma visita ao longe, prosseguindo sua viagem para Urano e Neptuno. Todas as imagens obtidas mostraram um mundo envolto em neblina o que tornava a superfície invisível. Carl Sagan demonstrou que Titã poderia ter moléculas orgânicas, incluindo constituintes de proteínas (como os aminoácidos). Devido a estes dois motivos, é criada a missão da sonda Cassini-Huygens (da NASA e ESA), um esforço conjunto entre norte-americanos e europeus para estudar Titã e o resto do sistema saturniano. Depois de quase sete anos de viagem, a sonda chega a Saturno no dia 1 de Julho de 2004, e começa por cartografar a superfície por radar. A Cassini sobrevoou Titã a 26 de Outubro do mesmo ano e tirou imagens de alta-resolução a apenas 1200 km do planeta, discernindo bocados de claridade e escuridão que seriam visíveis ao olho humano. O módulo de Exploração Huygens (da ESA), que se destinava inteiramente ao estudo da atmosfera e superfície de Titã, desceu por entre a neblina e pousou na superfície a 14 de Janeiro de 2005; as imagens mostraram uma superfície alienígena e adversa, moldada por fluidos líquidos, mas a presença de líquidos nas imagens não foram confirmados.
Não existem planos ou estudos para missões tripuladas por seres humanos a Titã, ou a colonização deste mundo, pelo menos fora da ficção científica. O que não surpreende, dado o nosso conhecimento muito limitado de Titã. Aparentemente a superfície de Titã é muito jovem e activa, e contém bastante gelo de água e talvez oceanos e canais de compostos orgânicos líquidos. A lua Titã de Saturno possui reservas de hidrocarbonetos superiores a todas as reservas de petróleo e gás natural conhecidas na Terra, segundo observações realizadas pela sonda Cassini. Segundo cientistas do Laboratório de Físicas Aplicadas da Universidade de Johns Hopkins, esses hidrocarbonetos caem do céu e formam grandes depósitos em forma de lagos e dunas. A temperatura média em Titã é de -179ºC e em vez de água, sua superfície está coberta por hidrocarbonetos na forma de metano e etano. Até agora, a Cassini realizou uma prospecção de 20% da superfície da lua Titã, e foram observados centenas de lagos e mares. A sonda Cassini descobriu também uma formação que pode ser um vulcão de gelo. Da mesma forma que os vulcões terrestres expelem lava incandescente, o vulcão "titânico" cuspiria gelo. Dados da topografia e da composição da superfície permitiram aos cientistas identificar um local com grande probabilidade de acomodar o vulcão de gelo. Os cientistas têm debatido à anos se vulcões de gelo - também chamados de criovulcões - existiriam em luas ricas em gelo, e quais seriam suas características. As hipóteses levantadas especulam que algum tipo de actividade geológica subterrânea aqueceria o ambiente frio o suficiente para derreter parte do interior do satélite e enviar gelo fofo ou outros materiais através de uma abertura na superfície. Vulcões na lua Io, de Júpiter, e na Terra, cospem lava quente rica em silicatos.

Titã - Satélite Natural de Saturno.

Este desenho artístico mostra a sonda Huygens na superfície da lua de Saturno
Titã, depois de ter sido libertada pela sonda Cassini da NASA.
Concepção artística da Nasa mostra como seriam as reservas de hidrocarbonetos na lua Titã.

Mares de hidrocarbonetos em Titã, lua de Saturno.

Lago de hidrocarbonetos em Titã.

Visão artística: montanhas e vulcões na paisagem
gelada de Titã.
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