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Estratégia "drástica" da Altice "vai provocar o desemprego"

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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[h=2]O sindicato dos trabalhadores das telecomunicações SINTTAV alertou hoje que a estratégia de "drástica redução de custos" da Altice, nova dona da PT, "vai provocar o desemprego de milhares de trabalhadores" temporários e em regime de 'outsourcing'.
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"Além dos trabalhadores que já foram para o desemprego, dos que estão em regime de 'outsourcing' circula a informação que, a partir de janeiro de 2016, muitos mais irão pelo mesmo caminho", lê-se num comunicado do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV) hoje divulgado.



Segundo o sindicato, "com a chegada da Altice foi implementada [na PT] uma política de drástica redução de custos" que "já está a fazer-se sentir de forma crescente em várias componentes", sendo "previsível que chegue aos postos de trabalho e se venha a verificar o desemprego de muitos trabalhadores que a PT ao longo dos anos tem vindo a utilizar abusivamente em regime de 'outsourcing' [contratação externa de serviços]".
"A designada 'reestruturação da PT 'está em marcha acelerada e a estratégia é a mesma que a Altice ensaiou assim que entrou nas empresas ONI e Cabovisão (Portugal), Numericable-SFR (França), entre outras: suspender e adiar pagamentos aos fornecedores, reduzir e reduzir custos como sendo 'os princípios orientadores dos acionistas' e engendrar planos para um possível vasto programa de desempregados", sustenta o SINTTAV.
Questionando o argumento do grupo francês de que "o objetivo é 'aligeirar' a empresa para a tornar mais operacional", o sindicato lamenta que quanto às consequências dessa política pareça "não haver qualquer preocupação" e alerta para os "sinais muito preocupantes acrescidos aos efeitos desastrosos da anterior gestão" que já se fazem sentir.
No comunicado, o SINTTAV acusa a PT de, ao longo dos anos, ter vindo a recorrer "abusivamente" a empresas de trabalho temporário "como forma de manter mais de metade da força do trabalho fora das contas da empresa", usando empresas como a PT Contact, PT Sales, PT PRO e outras como "um campo de concentração do trabalho precário" para dezenas de milhares de trabalhadores.
É o caso, esclarece, dos operadores de 'call centers', de 'backoffice' e de lojas, assim como dos técnicos qualificados, que, entre outros, têm vindo a ser "impedidos de aceder aos seus plenos direitos e salários justos em conformidade com a sua formação académica e profissional".
Recordando que "ainda continuam bem vivos os efeitos da gestão ruinosa da PT da responsabilidade da anterior administração/acionistas, que levaram para casa muitos milhões de euros acrescidos aos cerca de 900 milhões enterrados numa das empresas do grupo GES [Grupo Espírito Santo]", o sindicato avisa que, agora, "a estratégia dos novos donos da PT vai provocar o desemprego de milhares de trabalhadores que, durante anos, foram a voz da PT e mantidos em relações laborais muitas vezes ilícitas e fraudulentas".
"É inconcebível que uma empresa como a PT tenha durante décadas recusado reconhecer o direito destes trabalhadores a um posto de trabalho efetivo, em contraste com os muitos milhões de euros distribuídos pelas administrações e acionistas", considera o SINTTAV, que no dia 21 promove, em Coimbra, um encontro nacional de trabalhadores das empresas de trabalho temporário.



nm

 
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