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Ex-espiões vendem serviços a políticos e empresários

Feraida

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Secretas privadas disponibilizam serviços a "políticos ambiciosos". Um dos dirigentes foi quadro superior do SIED

Ex-espiões estão a dar apoio a políticos e empresários no domínio das gestão e recolha de informações. O ex-quadro superior do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), Rúben Ribeiro, é um dos dirigentes da Intellcorp uma empresa recém-criada que vende serviços de intelligence - uma espécie de secretas privadas - a "políticos com ambição de ascensão a qualquer tipo de poder e a políticos já estabelecidos", mas também a "empresários que querem estar preparados para os desafios com que se comprometeram". O DN sabe que além do partner Rúben Ribeiro, cuja foto e curriculum está bem à vista no site oficial, há pelo menos outros dois ex-espiões entre os colaboradores que foram do SIED e outro do SIS.

A divulgação da empresa, a primeira em Portugal com estas características e que assume a participação de ex-espiões ainda não foi feita oficialmente, mas segundo David Santos, cofundador, "vai naturalmente chegar a políticos no activo e a partidos". Por enquanto, assinala "estamos ainda numa fase low profile , apenas divulgando aos nossos contactos privilegiados". Apesar disso já começou a atingir os seus potenciais clientes, como políticos no activo. "Posso confirmar que já temos alguns políticos e empresários clientes, em Portugal e no estrangeiro", admite David Santos, cujos nomes não revela "por uma questão de confidencialidade".

Este dirigente não esconde, até exibe, as vantagens de ter como colaboradores ex-espiões. "O que eles fazem é a recolha de informações, não só através de fontes abertas, mas também através dos canais próprios e contactos que têm. Conseguimos em poucas horas saber tudo ou quase tudo sobre alguém", garante.

Exemplo? "Imagine-se uma pessoa com ambições políticas, filiado em determinado partido. Neste caso ter à sua disposição um serviço de intelligence significa ter do seu lado uma empresa que é capaz de responder com clareza, por exemplo, quem é quem dentro dos ambientes com quem este indivíduo se cruza no seu dia a dia. É a possibilidade também de abrir canais, com contactos estratégicos na política ou até na cúpula da empresa para que trabalha para que o seu caminho seja mais fácil". Ou ainda: "um empresário que tem vindo a sofrer bastante com a concorrência pessoal ou empresarial de outro indivíduo, ou de um determinado grupo de interesses. Um bom serviço de intelligence aplicado a este contexto permitirá ao nosso cliente tomar consciência das fragilidades da empresa ou do indivíduo alvo, de modo a que este possa ser ultrapassado sem mais problemas", é explicado no site.

Um consultor de comunicação da área da política ficou "surpreendido" com a "frontalidade" da apresentação que recebeu no seu email. "É importante, na economia como na política, termos o máximo de informação de antemão sobre os decisores com os quais há ou irá haver um relacionamento.

É útil a recolha de informação através de fontes públicas dispersas ou de testemunhos diretos, que deem informação sobre a vida profissional e os círculos em que se movem os mencionados decisores", explica João Villalobos. Considera "inovadora a forma como esta empresa se apresenta e a lista de serviços que presta, fora do território da consultoria de comunicação e antes no campo da segurança e da Intelligence, tal como a tratam os serviços de informação do Estado".

Quanto aos limites legais que esta actividade suscita, o constitucionalista e ex-presidente do Conselho de Fiscalização das secretas, Jorge Bacelar Gouveia, considera que a lei devia ser "mais apertada". Por um lado, assinala, "é um serviço que se assemelha ao dos detectives privados, uma actividade que não está legislada e permite alguma liberdade de acção". Por outro, "apesar de os ex-espiões estarem sujeitos a um período de "nojo" até aos cinco anos antes de irem para o privado, é de muito difícil controlo saber que segredos, contactos, fontes, trouxeram dos serviços e utilizam os ex-espiões e que estão sujeitos à lei do segredo de estado".

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Secretas

Ex-espiões em empresa que vende informações a políticos e empresários


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"Políticos com ambição de ascensão a qualquer tipo de poder" entre os potenciais clientes da Intellcorp
Foto: Orlando Almeida / Arquivo Global Imagens

É recente e ainda pouco divulgada.

A Intellcorp conta com, pelo menos, quatro ex-espiões na actividade de gestão e recolha de informações para "políticos com ambição de ascensão" e empresários.

O ex-quadro superior do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), Rúben Ribeiro, é um dos dirigentes da Intellcorp, uma empresa recém-criada que vende serviços de "intelligence" (informações).

"Há pelo menos outros dois ex-espiões entre os colaboradores que foram do SIED e outro do Serviço de Informações de Segurança (SIS)", noticia o "Diário de Notícias" (DN) esta quinta-feira. "Estamos ainda numa fase low profile, apenas divulgando aos nossos contactos privilegiados", explicou o cofundador David Santos.

Em poucas horas saber tudo ou quase tudo sobre alguém

Estes ex-espiões fazem "recolha de informações, não só através de fontes abertas, mas também através dos canais próprios e contactos" que têm. "Conseguimos em poucas horas saber tudo ou quase tudo sobre alguém", garante o cofundador da Intellcorp.

E quem são os potenciais clientes?

Desde "políticos com ambição de ascensão a qualquer tipo de poder e políticos já estabelecidos", mas também "empresários que querem estar preparados para os desafios com que se comprometeram".

"Posso confirmar que já temos alguns políticos e empresários clientes, em Portugal e no estrangeiro", garantiu David Santos ao DN.

Segundo o constitucionalista e ex-presidente do Conselho de Fiscalização das secretas, Jorge Bacelar Gouveia, este "é um serviço que se assemelha ao dos detectives privados, uma actividade que não está legislada e permite alguma liberdade de acção". A lei devia ser "mais apertada", defende.

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