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Farmácias vão realizar testes que ajudam a detectar sinais suspeitos na pele
Cerca de 15 farmácias de vários pontos do país vão disponibilizar até ao final do ano exames para ajudar a detectar sinais suspeitos na pele (siascopias), que «serão mais uma arma na prevenção de cancro da pele».
A siascopia é um exame que é feito com um aparelho ligado a um computador que recolhe e digitaliza a imagem de um sinal suspeito na pele, penetrando nas suas camadas mais profundas.
Essa imagem é depois enviada para uma base de dados que mais tarde será consultada e examinada por um médico à distância, através da telemedicina. Se o resultado ao exame for suspeito o médico entra em contacto com o doente.
Em declarações à agência Lusa Miguel Barreiros, presidente da Life Beat – Centro de Diagnóstico Avançado, responsável pela importação do equipamento, disse que o projecto-piloto deverá arrancar antes do final do ano em cerca de 15 farmácias de Lisboa, Porto, Guarda e Madeira, que já mostraram interesse em participar, com o auxílio de dois dermatologias.
O exame, com um custo de 35 euros, deveria ter sido disponibilizado nas farmácias portuguesas no final de Setembro, contudo o projecto sofreu «um atraso» porque ainda decorrem os contactos com o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, Porto e Coimbra, com dermatologistas e com a Associação Nacional de Farmácias (ANF) para parcerias.
Miguel Barreiros adiantou que a sociedade Screencancer Portugal (uma parceria entre a Screencancer Europa e a Life Beat) que vai financiar o equipamento em Portugal foi constituída esta semana.
De acordo com Miguel Barreiros, a intenção da Screencancer Portugal é disponibilizar o rastreio ao cancro de pele gradualmente até ao final de 2012 na rede de farmácias portuguesas, um investimento que rondará os 600 mil euros, e colocar «na estrada» unidades móveis de rastreio para conseguir chegar ao maior número possível de pessoas.
«Para já o equipamento está disponível na Life Beat.
Não temos capacidade de investimento para cobrir toda a população. Temos um investimento do nosso parceiro (Screencancer Europa) na ordem dos 2,5 milhões de euros», contou.
O responsável contou que o equipamento não é novo, tendo surgido em contexto universitário no Reino Unido nos anos 1980/90 e mais tarde «levado» para a Noruega, que é considerado o país europeu com maior índice de casos de cancro de pele.
De acordo com estatísticas da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, existem em média dez mil casos de cancro de pele no país.
A nível mundial, os números indicam que uma em cada cinco pessoas corre o risco de ter cancro de pele e uma em cada 50 poderá ter melanoma (o cancro mais grave).
Lusa/SOL